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Terça-feira,
29/5/2018
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Reflexões sobre a Liga Hanseática e a integração
>>> Situados para além dos limites do Império Romano e separados pela península dinamarquesa, o Mar do Norte e o Mar Báltico compunham na aurora do século IX uma grande via, unificada pelo comércio, pela geografia e pela cultura, em grande medida oposta a outra grande via, também unificada pelo comércio, pela geografia e pela cultura, onde Roma e seu vasto Império nasceram: o Mar Mediterrâneo.
por Celso A. Uequed Pitol
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O massacre da primavera
>>> A rinha aconteceu no Théâtre des Champs Élysées, à noite, em Paris. "A estreia resultou no mais famoso escândalo da história da música", diz Harold C. Schonberg, em A vida dos grandes compositores (2010). "Praticamente ninguém no público estava preparado para tamanha dissonância e ferocidade, tamanha complexidade e estranheza rítmica". A plateia xingava e gritava, rebelando-se contra a música e a dança.
por Renato Alessandro dos Santos
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Raio-X do imperialismo
>>> Ao terminar a leitura de A política externa norte-americana e seus teóricos, de Perry Anderson, não pude deixar de lembrar de uma frase pichada em vermelho nas paredes do velho Viaduto Otávio Rocha, que se destaca em meio às outras pichações ali presentes. A frase pichada é "O imperialismo é um tigre de papel". A lembrança veio justamente porque, logo em seguida, imaginei o que Perry Anderson diria diante dela. Algo me diz que sorriria ironicamente, como bom britânico.
por Celso A. Uequed Pitol
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A Fera na Selva, filme de Paulo Betti
>>> Com adaptação da novela A Fera da Selva, de Henry James, eis que chega aos cinemas brasileiros um filme que é uma lufada poesia no nosso tão desencantado e comercial cinema atual. O filme tem tripla direção: Paulo Betti, Eliane Giardini e Lauro Escorel, que participa como diretor e fotógrafo do filme. Um trio de criadores para lá de inventivos e que fez da novela de James uma belíssima "transcriação".
por Jardel Dias Cavalcanti
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Cães, a fúria da pintura de Egas Francisco
>>> Na sua obra denominada Cães (2105), Egas decidiu dar forma à fúria animal. Para isso, colocou no centro da tela dois grupos de cães que parecem prontos para se enfrentarem numa luta enraivecida. Com pinceladas indomesticáveis, o artista cria o grupo dos animais com suas bocas arregaladas, exibindo dentes poderosos, olhos insanos e línguas expostas como se babassem a sua ira.
por Jardel Dias Cavalcanti
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O Vendedor de Passados
>>> "O Vendedor de Passados", romance do angolano, de ascendência brasileira e portuguesa, José Eduardo Agualusa, publicado em 2004 pela editora Gryphus, é um livro fininho e divertido, mas essa primeira impressão engana. Não é uma leitura simples. Cada palavra, cada imagem vem carregada de simbolismos, reflexões, sentimentos que ficam repercutindo em nossa mente, pedindo uma leitura mais atenta.
por Marilia Mota Silva
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A confissão de Lúcio: as noites cariocas de Rangel
>>> Quem gosta de cultura popular não pode deixar de conhecer o que escreveu Lúcio Rangel (1914-1979), cronista da música brasileira que, quando o relógio do século XX marcava por volta de meio-dia, cobriu com suas colunas nas revistas A cigarra, Manchete, Senhor, Revista da Música Popular, que lançou em outubro de 1954, com Pixinguinha na capa, e em outras, o panorama do samba e do jazz que encantava toda a gente que, do texto elegante dele, se aproximava.
por Renato Alessandro dos Santos
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Primavera para iniciantes
>>> Depois de seis meses com os pés calçados com meias e botas, embora o inverno não tenha sido nada rigoroso, é com uma estranheza que se cogita sair de casa com os dedos de fora. DEDOS de fora. Acaso isso é permitido? Parece-me que não mais. Exibir unhas encravadas, dedões com micose amarelada, calcanhares ásperos e cinzas? Há uma repentina dificuldade imensa em decidir o que vestir, o que calçar.
por Elisa Andrade Buzzo
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De Middangeard à Terra Média
>>> O nome de J.R.R. Tolkien provavelmente ressoa no ouvido da maioria das pessoas como o autor de O Senhor dos Anéis, a trilogia épica adaptada para o cinema em 2001 pela mão competente de Peter Jackson. Entretanto, poucos saberão que se trata também do reconhecido professor de Oxford, colaborador do monumental Oxford English Dictionary e figura de grande destaque em sua disciplina de atuação, a filologia germânica.
por Celso A. Uequed Pitol
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Nobel, novo romance de Jacques Fux
>>> O escritor Jacques Fux acaba de publicar Nobel, romance editado pela José Olympio. O autor publicou anteriormente três outros romances: Antiterapias (Scriptum), Brochadas (Rocco) e Meshugá (José Olympio). Em Nobel, o autor decide fazer-se de premiado e em seu discurso pelo prêmio coloca-se como "ventríloquo da memória e da obra dos outros" contemplados. Mais do que isso, decide revelar o lodaçal da vida sobre a qual se constitui a obra prima dos grandes autores premiados.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Dos sentidos secretos de cada coisa
>>> Nunca mais uma fotografia será apenas uma fotografia. Papel, tinta, borda, textura. Uma fotografia será um universo inteiro. Fechado nele mesmo, enquanto formos nós. Aberto ao infinito, se for qualquer leitor. Nunca mais uma fotografia tirada de uma sacada de um prédio de apartamentos para alugar será só ela. Uma fotografia da vista acima das casas, dos edifícios, da torre da igreja. Rio ao fundo, o rio da Prata. Ou qualquer rio que fosse, estivéssemos nós prestes a nos despedirmos. No céu, na terra, no inferno. Uma fotografia para ser lida vida afora.
por Ana Elisa Ribeiro
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O pai da menina morta, romance de Tiago Ferro
>>> O romance O pai da menina morta, de Tiago Ferro, publicado pela editora Todavia (2018), é um interessante mergulho naquilo que resultou das propostas vanguardistas para todas as artes. Aqui se encontram todas as vertentes de uma literatura que dilui a narrativa em cortes e recortes, montagens e desmontagens, fragmentos e colagens e uso artificial da memória (como reconstrução de um passado por escolhas que atravancam qualquer tentativa de ordenação lógica).
por Jardel Dias Cavalcanti
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Joan Brossa, inéditos em tradução
>>> Joan Brossa (1919-1998) nasceu em Barcelona. Poeta, dramaturgo e artista plástico, sua juventude foi marcada pela participação na Guerra Civil Espanhola e nos anos 40 integrou o restrito grupo de intelectuais, escritores e artistas que resistiram ao declínio da vida cultural na Catalunha sob o governo de Franco.
por Jardel Dias Cavalcanti
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40 anos sem Carpeaux
>>> O Brasil perderia Carpeaux em 1978. Há mais ou menos quinze anos teve início um revival de sua obra. Revival muito bem vindo, mas um tanto atrasado - afinal, foi preciso esperar duas décadas para que, sob o comando de Olavo de Carvalho, fosse publicado o primeiro volume dos "Ensaios Reunidos" pela editora Topbooks. O lançamento foi um imenso sucesso e, com toda a justiça, tratado pela imprensa como um marco na vida cultural brasileira da virada do milênio.
por Celso A. Uequed Pitol
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Sebastião Rodrigues Maia, ou Maia, Tim Maia
>>> Nas mãos de Nelson Mota, mesmo reduzida à linguagem coloquial e, talvez justamente por isso, a biografia transborda, e é com satisfação que o leitor atravessa o livro inteiro. O autor não lapida o texto, como um ourives, uma joia; em vez disso, opta por lugares-comuns, chavões, frases feitas. Fora coisas assim, que não diminuem o prazer da leitura, a biografia flui, feito jangada no azul do mar, cerveja goela abaixo, frio embaixo da porta.
por Renato Alessandro dos Santos
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Julio Daio Borges
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