busca | avançada
63387 visitas/dia
2,0 milhão/mês
Terça-feira, 14/8/2001
Pílulas
Sol Moras

Yara Mitsuishi

Depois de Pelé
O que é Gustavo Kuerten senão o maior brasileiro vivo?

Não Aprende
Luciano Huck, o Rogerio Ceni da Globo, esteve no Palácio do Planalto. Não para entrevistar o presidente, ou algo do genero, mas para fazer gracinha com os Dragões da Independência. Reportou o "O Globo": "Vestido como um dos soldados, Huck mostrou a língua para eles, cutucou o ouvido de alguns com uma pena e chegou a pôr um pequeno rato no ombro de um soldado". E é esse o homem que comanda a tarde de sabado da família brasileira.

O Nome da Chita
De Vera Loiola sobre um filhote de chimpanzé: "Olha, que criancinha linda!".

Zap
Vera Loiola tem vários girassóis cenográficos ao redor, muito despenteada. Ela conversa com seu convidado, um "underwear designer". "Você cuida da roupa total do presidente? Digo, você escolhe as cuecas do nosso presidente?", ela pergunta, cheia de más intenções. Ele nega essa informação, mas ressalta que a do Chiquinho Scarpa é ele quem escolhe. Que bom.

Lúcia Guimarães
Um dos destaques da mesa redonda "Manhattan Connection", a jornalista Lúcia Guimarães prova que "joga nas 11", e produz um caderno cultural também no GNT, o "Carlton Arts". Esse programa pretende discutir os temas relacionados a arte de forma aprofundada, com estilo e sem pressa. O modo mecânico dos desfiles de moda, por exemplo, foi um dos tópicos. "Os desfiles estão parecendo partidas de tênis", disse o Sommer, estilista revelação, que gosta de usar em suas coleções os tênis conga e bamba. ("Dá um toque retrô", a Érica Palomino deve escrever na Folha.) Vale a conferida, com a mente e os olhos abertos, porque a direção do canal pensou na gente, programando essa atração para toda quinta-feira, 4 da matina.

Bola Fora
Não entendi o projeto de lei do deputado paulista Aloísio Mercadante. Esse economista pretende instaurar uma reserva de mercado para os filmes brasileiros, e até para as TVs por assinatura. Diz o Mercadante: "Todos os canais que operam no Brasil devem ser controlados por brasileiros". Aí gelei, imaginando as Sheilas do Tchan contracenando com o cigano Igor num seriado do Sony Entertainment Television. Estou apenas concatenando pensamentos, mas fica o aviso aos amigos.

Chama o Síndico
Ed Motta foi ao programa da Lorena Calabria e deu uma interessante entrevista. Vai completar 30 anos e está muito maduro, contestando a postura corporativa que alguns artistas assumem ao fazer sucesso. Reclamou também das cantoras que "interpretam" ao invés de cantar, da postura adolescente do mercado fonográfico e lançou uma máxima: "Quanto mais o artista se aprofunda musicalmente, mais afastado do público ele fica". Difícil contestar.

Post-rock
Há algum tempo uma nova estética vem dominando o underground mundial. Talvez entediados com o formato limitador da canção, com as formulas pré-concebidas do que é rock, vários selos e bandas criaram espontaneamente uma espécie de movimento. O post-rock. Nessa cena, uma gravadora de Chicago, EUA, se destaca: a Kranky records. Lançando CDs desde 94 e contando já com um acervo considerável, a Kranky virou, da mesma forma que a 4AD e a Creation anos atrás, selo de qualidade.

Choque de Virtuose
Cruzei outro dia no Humaitá com o Yamandú Costa. Esse gaúcho de 22 anos é a grande promessa da música instrumental brasileira, sendo incesado por gente do naipe de Guinga e Armandinho. Sua técnica no violão de 6,7 ou 10 cordas, é exercitada nas diversas rodas de choro e samba que pipocam pela cidade. Nesses ensaios abertos, Yamandú conjuga Radamés Gnatalli com Astor Piazzolla, Borghetinho com Pixinguinha. Vale uma parada no Bar Semente na Lapa, onde esse "piá" exercita o ofício dia sim, dia não.

É só para lembrar que...
Não é o dólar que sobe, é o real que desce.

Para ir além
http://sol_moras.blogspot.com/

Sol Moras
Rio de Janeiro, 14/8/2001

 

busca | avançada
63387 visitas/dia
2,0 milhão/mês