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Terça-feira, 1/1/2002
Ano Novo, vida nova, de novo!!!
Rennata Airoldi

É hora de mudar! Ou pelo menos querer mudar. Promessas não faltam no fim de ano. Perder uns quilinhos encarando de vez um regime, parar de beber, fumar, largar todos os tipos de vício, gastar menos e, se possível, ganhar mais. Como diz o ditado popular: dinheiro não trás felicidade, mas que ajuda, ajuda.

Está certo que não adianta sair por aí com dinheiro no bolso, achando que vai comprar um pouco de amor, saúde, paz, em frasquinhos o supermercado. Até que seria bom. Pensando bem, seria bem engraçado. Poderia ter frascos mistos como: um pouco de amor, um pouco de saúde, um pouco de paz por um preço mais acessível! Sonhar não custa nada. Há coisas que precisam ser conquistadas. Mesmo assim, há que se pensar; dinheiro não faz mal a ninguém. Com uma boa bolada hoje em dia, pode-se reconstruir o corpo. Um silicone aqui, um implante de cabelo ali, uma lipoescultura, dentes perfeitos e um nariz menor, por exemplo. Ganhar com isso novos amores...

Pode surgir, com essa mudança radical uma pequena crise de identidade, tipo: “quem sou eu aí no espelho”? Para isso, é só soltar mais umas notinhas e fazer muita terapia até se convencer que, na verdade, você sempre foi assim, só não havia notado ou dado vazão a sua beleza interior. Além disso, com o dinheiro, adquirir todos os bens materiais que não fazem mal a ninguém. Comprar muito!

Talvez pareça um pouco cruel, mas é a realidade. Todos querem estar nas melhores rodas, freqüentar o meio mais badalado e, acima de tudo, ser aceito e querido. O dinheiro pode proporcionar tudo isso, ou não? Dinheiro, a solução e o problema da humanidade.

Você deve estar pensando o que é que isto tem a ver com festas de fim de ano. É porque me deram a receita para se ganhar muito dinheiro o ano todo! Basta se vestir de amarelo, da cabeça aos pés e, de preferência, com detalhes em dourado. Ouro chama ouro! Dizem que é infalível! Mas preste atenção: não adianta usar aquela “blusinha” bege velha que está no armário e fingir que é amarelo. Tem que ir com fé no amarelão!!! Depois é só comemorar!

Adeus ano velho, feliz ano novo... Mas o ritual não pode parar na cor da roupa. Há que se pular sete ondas, jogar rosas para Iemanjá, comer romã, lentilha e por aí vai. Existem outros dados importantes. Se você está solteiro ou solteira, a primeira pessoa a quem você deve cumprimentar à meia- noite deve ser do sexo desejado para que surja o seu novo parceiro. Outra coisa, se você quer viajar no próximo ano, pegue uma mala e dê uma volta ao redor de um quarteirão com a mala na mão, assim que começarem os fogos.

Branco para paz, rosa para amor, vermelho para paixão. Acredite se quiser. Faça se tiver coragem. Na verdade, não importa se funciona ou não, o que importa é que todo ano repetimos o mesmo ritual e iniciamos com mais esperança um novo ciclo. Assim, passamos os últimos minutos de um ano velho, pensando saudosistas no que se foi e os primeiros minutos do ano novo, cheios de brilho nos olhos, lágrimas de esperança no que virá. Um novo sonho, uma nova conquista.

A realidade é uma só; pelo sim pelo não, melhor se precaver quando o assunto são crenças populares. Afinal, não custa nada tentar uma nova receita até achar o segredo. Nunca saberemos se é o ritual e as mandingas que fazem as com que nossos sonhos se concretizem ou se é simplesmente o impulso interno e o desejo da mudança que tudo isso nos proporciona. Assim, os anos vão passar e sempre haverá alguma nova receita, um novo ritual. Não tenha receio ou vergonha. Escolha o seu e tenha um 2oo2 iluminado! Feliz ano novo!!!

Rennata Airoldi
São Paulo, 1/1/2002

 

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