busca | avançada
63387 visitas/dia
2,0 milhão/mês
Sexta-feira, 12/4/2002
O injustificável
Rafael Azevedo

Mais um homem-bomba explode na Terra Santa. Estava dentro de um ônibus que levava pessoas para o trabalho, de manhã. O irracional parece dominar a mentalidade da região; impossível uma solução a curto e médio prazo para o problema. E a coisa só parece piorar, com o mundo espantosamente cada vez mais dando apoio ao lado que sempre começou toda a hostilidade - foram os "palestinos" nativos (que até 1937 não passavam de apenas 300.000, vivendo num território árido e infértil, e se beneficiaram das inúmeras melhorias feitas pelos judeus nas condições de vida no território para aumentar exponencialmente seu crescimento populacional) quem não quiseram atender aos pedidos dos judeus, quando estes lhes convidaram para fazer um país integrado, e decidiram fugir para os países vizinhos - e têm sido eles os que desde então mais violaram as leis da civilidade. Sem relativismos; let's face it, explodir bombas em lugares públicos, matando velhos, mulheres e crianças não pode ser chamado de tática de resistência - é crime, pura e simplesmente, condenável em todo e qualquer tribunal internacional. É diferente do exército israelense entrando em casas usadas como esconderijo de snipers, prendendo potenciais terroristas e revistando seus pertences em busca de provas que os levem para a cadeia (com truculência, é claro - mas o que esperar de um exército, do qual muitos de seus soldados tiveram parentes e conhecidos mortos em atentados... flores?), mas lendo-se os jornais do mundo inteiro tem-se a impressão de que os israelenses estão oprimindo terrivelmente um povo indefeso e naturalmente pacífico, e o que é pior, a troco de nada. Ninguém explica nada; as notícias são distorcidas, suas cores são constantemente diluídas pelos pincéis da desinformação e da parcialidade. Há pouco dizia-se que Arafat estava isolado em seu gabinete com seus partidários; agora sabe-se que esses "partidários" eram líderes perigosos de organizações terroristas, um dos quais teria sido responsável pelo assassinato do ex-ministro de Turismo. Na igreja da Natividade, a imprensa mundial avisava aos berros que lá estavam refugiados feridos, mulheres, crianças e idosos palestinos, fugidos do tiroteio; agora sai a notícia de que na verdade mais de 100 homens armados mantinham os padres, praticamente como reféns, dentro de um edifício sagrado (provavelmente na esperança de que Israel atingisse a Igreja e uma onda de reprovação aos judeus viesse do mundo cristão). Nessa avalanche de desconhecimento ninguém comenta a real motivação do exército israelense - que é acabar com o terrorismo palestino do mesmo jeito que os EUA acabaram com o terrorismo do Taliban e da Al-Qaida no Afeganistão - sugere-se até que eles estariam tentando reocupar o território palestino, o que quase seria uma piada não fosse tão sem graça. Em contrapartida, não se vê uma manchete de jornal clamando pelo fim dos atentados terroristas; não se vê uma passeata de desagravo na frente dos consulados árabes, ou de mesquitas. Porque os próprios muçulmanos não condenam atentados suicidas? O Islã não prega essa violência, e no entanto ninguém parece condená-la no mundo árabe. Muito pelo contrário, muftis e mulás pelo mundo inteiro pregam, estimulam, ordenam a morte de israelenses inocentes. Entretanto, é só aparecerem as corriqueiras imagens de palestinos sendo velados, com os também corriqueiros atiradores disparando metralhadoras e berrando palavras de ordem, e não são poucos os que se revoltam contra a "ocupação criminosa" do exército de Israel, sem que nem questionem em que contexto foram mortas essas "vítimas" sendo veladas de maneira tão peculiar (enfrentando os soldados ou atirando em mulheres e crianças israelenses nos assentamentos).

Os enterros mostrados na TV, aliás, são muito elucidativos para que se tracem perfis dos dois povos; enquanto os enterros dos judeus apresentam cerimônias tocantes, comoventes, imagens repletas de dor, mas profundamente civilizadas, no outro lado do rio Jordão vemos aquelas turbas enlouquecidas, descontroladas, de malucos atirando para o alto - com a tradicional parada para queimar as bandeiras americanas e israelenses. De um lado os valores da civilização ocidental, tal qual sempre a conheci, estimo e a cuja autoridade me submeto; de outro, um mundo que me é alheio, dominado por sentimentos baixos como vingança, ódio. Olho por olho. A sensação é de o tempo parou por aquelas bandas. Recentemente um inglês foi condenado por um tribunal, na Arábia Saudita, a tomar não sei quantas chibatadas em praça pública, porque tinha um bar clandestino onde seus amigos se reuniam para tomar umas cervejinhas, coisa proibida naquele país. Adúlteros são apedrejados nas ruas. Não parecem atos de gente inclinada à viver em paz. Gostaria de estar errado.


Nome aos bois.
O ETA é uma organização criminosa, o IRA idem, e a ex-OLP (agora "Autoridade Palestina") também - seu líder Yasser Arafat um mentiroso de quinta categoria, com quem o mundo não deveria ter "negociado" desde o começo. É claro que Israel errou ao longo de sua história - como até hoje tem errado, e muito, com esse desastrado e truculento Sharon (radicais são sempre nocivos) - mas querer justificar esses ataques suicidas como uma reação válida dos palestinos ultrapassa em longe o limite do bom senso. É tentar justificar o injustificável.


Trecho da declaração de estabelecimento do Estado de Israel
WE APPEAL - in the very midst of the onslaught launched against us now for months - to the Arab inhabitants of the State of Israel to preserve peace and participate in the upbuilding of the State on the basis of full and equal citizenship and due representation in all its provisional and permanent institutions.
WE EXTEND our hand to all neighbouring states and their peoples in an offer of peace and good neighbourliness, and appeal to them to establish bonds of cooperation and mutual help with the sovereign Jewish people settled in its own land. The State of Israel is prepared to do its share in a common effort for the advancement of the entire Middle East.



Alegria, alegria
Por sinal, falando daquelas manifestações de ódio anti-EUA e anti-Israel corriqueiras pelo mundo... não tem um quê de homossexualismo naquela turba toda, barbados e suados, se esfregando e gritando? Toda aquela adrenalina correndo, muito daquilo me parece explicável somente pelo espectro de algo muito escondido ali, mas latente... militarismo em excesso é dos maiores indícios de homossexualidade; os uniformes são os primeiros a mostrar isso. Arafat nunca é visto sem sua farda, Hitler também quase nunca era. Fidel então, é um primor de viadagem, com aquelas ombreiras ridículas.



Coroné Antonio Bento...
A repulsiva Roseana não pára; agora, mexeu os pauzinhos para livrar a cara de seu marido trapalhão, colocando-o num cargo político a fim de dificultar seu julgamento. A posição dela é absolutamente indefensável; foi encontrado (muito) dinheiro suspeito na sua empresa, mas ainda assim ela se diz inocente, e alega em declarações cada vez mais exaltadas ser vítima de um terrível complô - e o pior é que seus brados histéricos encontram ecos em muitos irresponsáveis por aí. O PFL, partido dessa corja que desde que me conheço por gente vem saqueando o país, está totalmente queimado frente ao grande público, felizmente. É a pessoas assim, esses coronéis semiletrados do Nordeste (e alguns do Sudeste), que interessa a manutenção deste perpétuo estado de indigência social e cultural que vive o Brasil; diria "já vão tarde", mas estaria pecando por meu ímpeto. A saída de Mme. Sarney do páreo dificilmente afastaria essa gente do poder. Pelo contrário, virão com força total, infernizando a vida do novo presidente. Essa gente ainda está por aí, infiltrada em Supremos Tribunais e cadeiras do Senado. O que precisávamos é de uma faxina séria nessas eleições, que despachássemos essa gente, de uma vez por todas, de volta pros seus currais - mas alas!, está cada vez mais duro confiar na democracia... e enquanto o voto continuar a ser obrigatório a coisa não tem solução.

Mobral
Enquanto isso o analfabetismo cresce de maneira exponencial em nosso país, apesar de todos os esforços na parte da educação. Analfabetos e iletrados estão por toda a parte; agora temos uma no governo do Rio, e daqui a pouco até teremos um na presidência. É a maravilhosa sociedade brasileira, cada vez mais dando oportunidades aos menos favorecidos.



A pergunta que não quer calar
Por que é que temos que tolerar esses partidos comunistas - que deveriam estar banidos da legalidade - desancando e achincalhando a autoridade máxima da nação, o Presidente da República, de maneira desrespeitosa quase todo dia, em horário nobre na TV (horário esse que não é pago com dinheiro do bolso deles, obviamente), num claro ato de desrespeito e desprezo pela escolha democrática de uma nação? "Fora FHC" é um slogan que seria proibido por qualquer nação que deseja ser levada minimamente a sério - pode um partido político pregar abertamente o golpe de estado, e ainda sair impune disso? No Brasil, pode.


Dúvida cruel
Uma perguntinha: se o comunismo, com seus Stálins, Maos, Fidéis, Pol Pots et alii matou muito mais gente do que Hitler, por que é que não podem existir partidos nazistas, mas existem partidos comunistas?









Rafael Azevedo
São Paulo, 12/4/2002

 

busca | avançada
63387 visitas/dia
2,0 milhão/mês