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Terça-feira, 17/12/2002
O novo 007
Clarissa Kuschnir

Ondas Gigantes, carros possantes, aviões explodindo e muitas mulheres bonitas. Só há um personagem capaz de passar por todas essas aventuras e ainda por cima sair vivo, o nome dele como já sabemos é Bond, ou James Bond, como ele mesmo se apresenta.

O mais famoso agente britânico do cinema está de volta às telas em seu mais recente filme, "007 - Um Novo Dia para Morrer". Dirigido por Lee Tamahori de No Limite (filme com Anthony Hopkins e Alec Baldwin), "007- Um Novo Dia para Morrer" chega como adrenalina pura para os fãs do espião. É o vigésimo filme da série que também completou 40 anos com "O Satânico Dr. No".

Como sempre fui fã de 007, não tenho como colocar defeitos em "Um Novo dia Para Morrer". É para mim um dos melhores da série desde "O Espião que me Amava", com o ator Roger Moore na pele de James Bond.

Pierce Brosnam, o atual James Bond (que está em seu quarto filme), prova que tem talento e fôlego para viver o agente secreto, principalmente quando fuma um dos seus charutos cubanos em uma de suas viagens nesse novo episódio e tenta conquistar as mocinhas.

É claro que há sempre um pouco de apelação, como quando Bond junto e sua companheira conseguem escapar de um avião quase explodindo e através de um helicóptero. Mas achei, mesmo assim, tudo muito divertido. A fita é longa, com 132 minutos, mas nem deu para cansar (quando percebi já estava no final).

Bond, desta vez, tem de desmascarar um traidor coreano que está disposto a destruir o mundo com uma arma nuclear poderosa. Sem contar que Bond, logo no começo, vira um prisioneiro, passando muitos meses sem poder atuar. (Essa foi uma das partes do filme que achei bem diferente dos demais, ver James Bond preso sem poder usar de seu artifícios.)

O agente também parece que decidiu não obedecer tanto às ordens de "M" e agir por conta própria. Fugindo, por exemplo, de um hospital depois de praticamente sofrer um ataque cardíaco (depois de receber ordens expressas de não se envolver com o caso).

Como todos seus filmes, esse não poderia passar sem mulheres belas. "Um Novo dia para Morrer" tem no elenco a oscarizada Halle Barry, no papel de Jinx (a primeira cena em que ela aparece, saindo do mar de biquíni em Cuba, faz referência à primeira Bond Girl, Ursula Andress em "O Satãnico Dr. No". Aliás a fita em si faz uma série de referências satirizando a própria série.)

Bonita e talentosa, Jinx adora aparecer quase e é mais do que uma Bond Girl: além de feminina e sensual, ela consegue ser durona, justamente por saber que está correndo sempre risco de vida. São muitas as seqüências de ação em que Jinx aparece lutando como um homem (o que seria bom de vez em quando: imagine se nós, mulheres, pudéssemos ser desse jeito. Só na ficção mesmo...)

Outra Bond Girl é a estreante atriz Rosamund Pike, de apenas 22 anos, mas que nas telas parece uma mulher feita. No papel de Miranda Frost, braço direito do poderoso inimigo de Bond, Gustav Graves, interpretado pelo jovem ator Toby Stephens.

Madonna, responsável pela trilha sonora, não poderia deixar de dar o ar da graça em uma pequena ponta do filme, como uma poderosa professora de esgrima.

Agora para os fãs de 007 é sentar e esperar para ver "Um Novo dia para Morrer", que estréia só dia 10 de janeiro em tela grande.

Para ir Além
007 - Um Novo Dia Para Morrer
(Die Another Day, EUA, 2002)
Direção: Lee Tamahori
Elenco: Pierce Brosnan, Halle Berry, Toby Stephens, Rosamund Pike, Rick Yune, John Cleese, Judi Dench
Gênero: Aventura
Duração: 132 minutos
Distribuição: Fox

Clarissa Kuschnir
São Paulo, 17/12/2002

 

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