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Terça-feira, 15/5/2007
Comentários
Leitores

Ao inferno o mercado!
Pena Julio, que pessoas que lêem, que as vejo nos ônibus, trens e lotações lendo, ou escolares em lugares outros, não tenham o tempo e o computador para acessar mesmo os clássicos, grátis, em vários sítios. Pena que nem o Overmundo.com, que tem uma excelente produção, de vários colaboradores sobre cultura brasileira e cultura feita no Brasil, seja acessível ao povo esse que falei acima e a outros. Pena que não haja um computador com banda larga em cada casa do Brasil e uma casa para cada família brasileira. Pena que que haja poucos novos escritores que ainda não se desiludiram antes ou por ler o que escreves sobre a desnecessidade do livro em papel. Inda bem que acabo de publicar em papel minha primeira novela (petulância!) antes de te ler, mas podes acessá-la no blog listado neste postado. Ainda assim, concordo que a Literatura não tem muito apoio do mercado. Até porque, não é Julio?, os produtores não tem muita vez no mercado, não é fato?

[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]

por Adroaldo Bauer
15/5/2007 às
14h37

Livro é rádio, internet é TV
A realização plena de qualquer autor é ver sua obra publicada em papel, em livro, revista ou jornal, não numa página virtual. A internet ajuda a divulgar o nome do autor, não há dúvida. Ocorre que os dois formatos vão correr sempre juntos, assim como o rádio enfrentou a televisão e ainda existe. Alguém já imaginou ir à piscina ou à praia com um laptop para acessar um texto literário? Um livro a gente folheia, apalpa, abre em qualquer página, lê em qualquer local. É mais ou menos como acariciar uma mulher. O que não se pode fazer com o laptop.

[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]

por Félix Maier
15/5/2007 às
13h35

Texto Definitivo
Luís Eduardo, sou escritor, como você já sabe (mas quero deixar registrado aqui no Digestivo este pequeno detalhe) e gostaria de afirmar que, em décadas de labuta literária, poucas vezes li um texto mais sincero e lúcido a respeito da cultura humana. Desejo que seus leitores saibam que não é nada fácil fazer declarações como as feitas por você, pois represálias haverá com certeza, por meio de portas fechadas em círculos literários ou comentários depreciativos por parte dos doutos. Estudo a possibilidade de me associar a um blog de teatro (sou dramaturgo também) e deixo registrado que este seu texto será uma espécie de epígrafe de minha seção. Forte abraço a você e a seus afortunados leitores.

[Sobre "O desafio de formar leitores"]

por mauro judice
15/5/2007 às
13h22

Caminhos de suplício
É interessante ler uma opinião de alguém que não gosta e não conseguiu ler uma obra que, para mim, é magnífica. Mas ainda bem que você falou que ele é um livro cansativo pelo menos pra você. Porque eu o li em um dia só, enquanto não cheguei ao final não consegui desgrudar. Talvez aquela loucura me fizesse enxergar a vida com outros olhos, ver que também nos comportamos assim, inocentes em certos aspectos enquanto outros querem comer o nosso fígado; fantasiando amores, quando estamos sós; encontrando um bobo para ser nosso escudeiro, a fim de termos com quem falar nesse deserto de vida; enxergarmos beleza e força, quando os outros só vêem um velho moinho de vento. Enfim, para mim foi arrebatador! Mas não há problemas, o dilema que você viveu tentando ler o Cavalheiro Andante, eu também vivi tentando ler Grande Sertão. Mas eu "vim, vi e venci", porque encarei como um desafio e depois de centenas de tentativas eu consegui lê-lo em alguns dias... e até que tirando as infinitas descrições.

[Sobre "Quixote que nada"]

por Fabíola Barreto
15/5/2007 às
11h19

Considerações ao léu
Fico pensando na quantidade de aspirantes a escritor que procuram o Digestivo em busca de uma "luz"... Talvez falte mercado para a literatura de entretenimento no país, como sugerem alguns. Fora da "grande" Literatura, eu prefiro perder tempo com filosofia, ciência, semiologia, fotografia ou coisas afins (em livros e na web). Entretenimento, também, é uma mercadoria e, como tal, dificilmente "consagra" alguém. Mesmo a consagração não significa autógrafos, money e uma vida à la Paulo Coelho (o que os aspirantes - interessante - mais parecem desejar). Talvez, penso, faltem críticos que ralhem mais, que digam na cara do estreante que ele não tem talento. Como dizem para alguém numa escolinha de base de Futebol ou, sei lá, de Tênis, que o sujeito não presta praquilo. Quantos, afinal, chegam no ranking mundial? E olha que Tênis dá mais dinheiro que Literatura...

[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]

por Rogério Kreidlow
15/5/2007 às
11h18

Em Portugal também!
Gostaria de lhe dar os parabéns por ter escrito este texto. Apesar de ser portuguesa, não me parece que a nossa realidade, no que toca à leitura, seja muito divergente. Muitas pessoas se admiram e me criticam por ler os livros do Harry Potter, mas a verdade é que o importante é adquirir o gosto pela leitura e eu adoro ler. Não leio apenas esse género de livros, gosto de Fernando Pessoa, Eça de Queiróz, Júlio Dinis (apenas para citar alguns), o que significa que o facto de se ler estes livros não impede o nosso crescimento intelectual, pelo contrário, abre portas a um magnífico mundo novo...

[Sobre "O desafio de formar leitores"]

por Ana Pires
15/5/2007 às
11h14

gostei muito de sair em livro
Bom texto, Julio. Concordo com voce em vários pontos, principalmente qdo disse que o blog pode ser um bom laboratório para o futuro escritor. Nao é a toa q vemos livros sendo editados como coletâneas de blogs. No meu caso, o caminho foi parecido. Publiquei charges atraves da internet durante anos e em 2006 lancei um livro (inteiro inédito) de charges e quadrinhos politicos. Não houve editora q se interessasse pelo meu livro, portanto publiquei sozinho, de forma independente. Já vendeu metade dos 2 mil exemplares, mas eu tenho um trunfo a mais q o escritor: os desenhos. Na livraria, o potencial leitor pode folhear o livro e visualizar a temática rapidamente, pois o traço dá esta dimensao e o leitor consegue saber do q se trata. Consegue atá fazer um julgamento se o livro é bom ou nao, se gosta do desenho etc. Eu gosto da internet, dos blogs e vou continuar nela pra sempre, mas não escondo q gostei mto de sair em livro. Foi uma experiencia nova e me levou para caminhos diferentes.

[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]

por Diogo Salles
15/5/2007 às
10h47

em meio à selva urbana
Elisa, admiro de forma discreta a elegância e estrutura dos seus textos e hoje em especial o exercício de fluir partindo de uma direção cotidiana, tornando eventos de importância reduzida, devido a sua exaustiva repetição, únicos em seus significados mais insuspeitados. Caminhar em meio à selva urbana é interagir e fazer parte de sua fantástica estrutura é ser simultaneamente pergunta e resposta para os cruzamentos de todos os desejos que se perpassam. Dentre todas as imagens que seu texto ressalta o que mais me encanta é a espontaneidade com que constrói o subjetivo, transformando a matéria fortuita do cotidiano em conexões singulares com nossa essência.

[Sobre "Permitir-se"]

por Carlos E. F. Oliveir
15/5/2007 às
10h10

Original ou cópia?
Interessante o texto "Sob o sol da crítica", do Edward Bloom. Recheado de ironia, o texto nos passa a impressão de que o autor escreve com propriedade, seguro de si. Parece, apenas. Afinal, como ele mesmo defende, quem garante que tudo o que se lê não são cópias maquiadas do que já foi escrito? Há muitos e muitos "escritores" mestres nessa arte. Repaginar, acrescentar parágrafos, incluir novos termos e mudar o título, mantendo a idéia central. Quantos já não utilizaram tal artimanha?

[Sobre "Sob o sol da crítica"]

por Remisson Aniceto
15/5/2007 às
09h48

Ler tudo, sem pudor
Admiro muito a precisão de seus comentários. Aos 9 anos conheci a coleção Vaga-lume. Iniciava a paixão pela literatura. Adolescente, sondava as prateleiras em busca de novos prazeres. Encontrei Sidney Sheldon, Danielle Steel e Ziraldo, lendo-os com um apetite voraz. Após anos de literatura técnica, retomei a necessidade furiosa da ficção, apaixonando-me por Machado de Assis e Fernando Sabino, percorrendo Clarice Lispector, C. Drummond, Guimarães Rosa, Lygia Bojunga (adoro literatura infanto-juvenil, para que possa indicar a meus filhos), Kafka e sim, Harry Potter, entre tantos outros. Concluo que temos que ler, sempre: clássicos ou folhetins; literaturas que nos ensinem ou que apenas divirtam. Sem medo. Sem pudor. Amando até a última linha. Meu filho de 9 anos já leu todos os livros do Harry Potter; todos do Sergio Klein; série Deltora; avança pela coleção Vaga-lume... e tenho certeza de que um dia chegará aos clássicos. No dia que os intelectuais entenderem isso, seremos livres para ler...

[Sobre "O desafio de formar leitores"]

por Ana Cristina Melo
15/5/2007 às
09h26

Julio Daio Borges
Editor

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