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Terça-feira, 15/5/2007
Comentários
Leitores

como uma caixa de bombons
Fantástico, Luís Eduardo! Lembro de uma entrevista que vi com a Adélia Prado, em que ela diz que a literatura e os livros devem ser oferecidos aos jovens leitores como uma caixa de bombons, devem ser atraentes dessa forma. Concordo totalmente que, apesar da importância dos clássicos brasileiros da literatura, há tempo para que eles cheguem aos jovens leitores. Eu incluiria até gibi nas salas de leitura das escolas, Harry Potter, Desventuras em Série e tudo que possa deliciar e cultivar o gosto da leitura entre as crianças. Eu mesma devorei quase toda a coleção da Agatha Christie na adolescência, para mim era divertido ficar trancada no quarto tardes e tardes lendo os livros de mistério. E nem por isso deixei de ler e curtir Machado de Assis depois. Assim como na alimentação, onde não é só o conteúdo que interessa, mas o modo como se come, o prazer, a reunião à mesa, na literatura não interessa só o conteúdo, mas também o gosto pela leitura, o prazer e o interesse.

[Sobre "O desafio de formar leitores"]

por Adriana Carvalho
15/5/2007 às
18h39

Um Anti-herói
Algumas coisas fazem com que nos sintamos estranhos, diferentes. Experimentei sensação semelhante com Graciliano mas não sei se era o livro ou, quem sabe, eu. Acho que a figura do anti-herói tende a esta depressão e o ritmo não ajuda muito no caso de Cervantes. Sempre que penso no Quixote vem à tona a figura de Gandhi, uma potência sem agressividade, uma essência sem o juízo das mitologias ocidentais; exemplar único na força não belingerante um paradoxo e como tal sem par, sem referência analógica. Odisseu é em contra-partida a potência do mito, um arauto dos deuses; a ousadia do homem e sua vontade. Ao apontar um paralelo entre o Nazareno e Don Quixote talvez fique apontado na necessidade que alguns sentem de retirá-lo da cruz ou mostrar piedade pelo seu destino, quando de fato ele é refém do seu destino e a sua verdade se funda nisto; existir post-mortem e ad aeternum. A loucura em Don Quixote é paixão suspensa, a sua jornada é a de todos nós, desumanizados pelas nossas incoerências...

[Sobre "Quixote que nada"]

por Carlos E. F. Oliveir
15/5/2007 às
17h21

Você não está só
Isso, isso, isso!

[Sobre "Quixote que nada"]

por andré henriques
15/5/2007 às
15h50

Dom Quixote ainda vive
É inegável a influência que o livro de Cervantes, publicado há mais de 400 anos, exerceu em todos as áreas da cultura - literatura, artes plásticas, música (sonhar mais um sonho impossível... vencer o inimigo invencível...), nas artes cênicas, no cinema, etc. O fato é que passado esse longo tempo, Dom Quixote ainda vive e pulsa, e continua a comover, a intrigar e a encantar milhões de pessoas em todo o mundo, com exceção de alguns poucos críticos, como Guga Schultze. Tudo bem, posso não concordar com uma só palavra sua, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la. Agora, que o livro é magnífico, ah, isso é.

[Sobre "Quixote que nada"]

por Henrique Godoy
15/5/2007 às
15h04

Escrever requer paciência
Meus amigos, pais e professores me admiram por eu ter uma facilidade enorme em escrever. Comecei um livro há pouco, mas admito que é MUITO DIFÍCIL. Às vezes parece fácil você chegar e "ah, já sei tudo". O pior é que não! E quando você acha que está legal, está um saco. Escrever requer paciência, aprendi isso. Um dia ainda me verão autografanfo um livro de minha autoria... AGUARDEM!

[Sobre "Como escrever bem – parte 3"]

por Anna Carolina
15/5/2007 às
14h45

Ao inferno o mercado!
Pena Julio, que pessoas que lêem, que as vejo nos ônibus, trens e lotações lendo, ou escolares em lugares outros, não tenham o tempo e o computador para acessar mesmo os clássicos, grátis, em vários sítios. Pena que nem o Overmundo.com, que tem uma excelente produção, de vários colaboradores sobre cultura brasileira e cultura feita no Brasil, seja acessível ao povo esse que falei acima e a outros. Pena que não haja um computador com banda larga em cada casa do Brasil e uma casa para cada família brasileira. Pena que que haja poucos novos escritores que ainda não se desiludiram antes ou por ler o que escreves sobre a desnecessidade do livro em papel. Inda bem que acabo de publicar em papel minha primeira novela (petulância!) antes de te ler, mas podes acessá-la no blog listado neste postado. Ainda assim, concordo que a Literatura não tem muito apoio do mercado. Até porque, não é Julio?, os produtores não tem muita vez no mercado, não é fato?

[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]

por Adroaldo Bauer
15/5/2007 às
14h37

Livro é rádio, internet é TV
A realização plena de qualquer autor é ver sua obra publicada em papel, em livro, revista ou jornal, não numa página virtual. A internet ajuda a divulgar o nome do autor, não há dúvida. Ocorre que os dois formatos vão correr sempre juntos, assim como o rádio enfrentou a televisão e ainda existe. Alguém já imaginou ir à piscina ou à praia com um laptop para acessar um texto literário? Um livro a gente folheia, apalpa, abre em qualquer página, lê em qualquer local. É mais ou menos como acariciar uma mulher. O que não se pode fazer com o laptop.

[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]

por Félix Maier
15/5/2007 às
13h35

Texto Definitivo
Luís Eduardo, sou escritor, como você já sabe (mas quero deixar registrado aqui no Digestivo este pequeno detalhe) e gostaria de afirmar que, em décadas de labuta literária, poucas vezes li um texto mais sincero e lúcido a respeito da cultura humana. Desejo que seus leitores saibam que não é nada fácil fazer declarações como as feitas por você, pois represálias haverá com certeza, por meio de portas fechadas em círculos literários ou comentários depreciativos por parte dos doutos. Estudo a possibilidade de me associar a um blog de teatro (sou dramaturgo também) e deixo registrado que este seu texto será uma espécie de epígrafe de minha seção. Forte abraço a você e a seus afortunados leitores.

[Sobre "O desafio de formar leitores"]

por mauro judice
15/5/2007 às
13h22

Caminhos de suplício
É interessante ler uma opinião de alguém que não gosta e não conseguiu ler uma obra que, para mim, é magnífica. Mas ainda bem que você falou que ele é um livro cansativo pelo menos pra você. Porque eu o li em um dia só, enquanto não cheguei ao final não consegui desgrudar. Talvez aquela loucura me fizesse enxergar a vida com outros olhos, ver que também nos comportamos assim, inocentes em certos aspectos enquanto outros querem comer o nosso fígado; fantasiando amores, quando estamos sós; encontrando um bobo para ser nosso escudeiro, a fim de termos com quem falar nesse deserto de vida; enxergarmos beleza e força, quando os outros só vêem um velho moinho de vento. Enfim, para mim foi arrebatador! Mas não há problemas, o dilema que você viveu tentando ler o Cavalheiro Andante, eu também vivi tentando ler Grande Sertão. Mas eu "vim, vi e venci", porque encarei como um desafio e depois de centenas de tentativas eu consegui lê-lo em alguns dias... e até que tirando as infinitas descrições.

[Sobre "Quixote que nada"]

por Fabíola Barreto
15/5/2007 às
11h19

Considerações ao léu
Fico pensando na quantidade de aspirantes a escritor que procuram o Digestivo em busca de uma "luz"... Talvez falte mercado para a literatura de entretenimento no país, como sugerem alguns. Fora da "grande" Literatura, eu prefiro perder tempo com filosofia, ciência, semiologia, fotografia ou coisas afins (em livros e na web). Entretenimento, também, é uma mercadoria e, como tal, dificilmente "consagra" alguém. Mesmo a consagração não significa autógrafos, money e uma vida à la Paulo Coelho (o que os aspirantes - interessante - mais parecem desejar). Talvez, penso, faltem críticos que ralhem mais, que digam na cara do estreante que ele não tem talento. Como dizem para alguém numa escolinha de base de Futebol ou, sei lá, de Tênis, que o sujeito não presta praquilo. Quantos, afinal, chegam no ranking mundial? E olha que Tênis dá mais dinheiro que Literatura...

[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]

por Rogério Kreidlow
15/5/2007 às
11h18

Julio Daio Borges
Editor

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