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Segunda-feira, 30/7/2007
Comentários
Leitores

O mito da auto-ajuda
Pilar, gostei tanto do tema, quanto da abordagem a um tema tão polêmico neste momento. Tenho percebido de parte de alguns jornalistas da área cultural uma ansiedade em dirigir o leitor, classificar as escolhas do leitor e intervir nos seus processos de escolha. O mercado editorial classifica de um jeito um determinado livro, a livraria procura a estante adequada para o produto, tal como numa gondola de supermercado e todos comungam com o engodo da definição mercadológica e ideologica de determinado livro. Penso que, depois de escrita, a obra pertence aos seus leitores, não ignoro que nem todos os que se aventurem pelas possíveis leituras de um texto estejam de todo preparado para lê-lo. Então, quem está? Uma análise academica não é o julgamento definitivo sobre nada, apesar de não se poder dizer irrelevante. Quando os livros são classificados como auto-ajuda estamos diante de um eufemismo carregado de preconceitos dos consumidores da dita alta literatura...

[Sobre "Auto-ajuda e auto-engano"]

por Carlos E.F.Oliveira
30/7/2007 às
19h00

Mazelas Terceiro-mundistas II
Isso sem falar do manual que foi entregue a todos os atletas da delegação americana, e advertia para os perigos das favelas, seqüestros-relâmpago e frisa que "a violência na cidade não tem hora e nem local para acontecer". A única falha do manual talvez tenha sido não alertá-los para os perigos que os policiais brasileiros representam. Como podemos reclamar? São realidades que insistimos em esconder, que fingimos ignorar, mas que não temos como negar. Se lançam um filme em que turistas vêm ao Brasil e são dopados, roubados e mutilados; se lançam manuais de sobrevivência às delegações; se policiais brasileiros representam tanto perigo quanto os bandidos, o que nos restou? Welcome to the Congo!

[Sobre "Pan-pouco-pan e nação top top"]

por Diogo Salles
30/7/2007 às
18h48

Mazelas Terceiro-mundistas I
Pilar, voce nao é antipatriota. Voce só teve coragem de dizer a realidade. Nossas mazelas terceiro-mundistas nunca ficaram tão expostas. A decana e ultrapassada “Lei de Gérson” ganhou nova roupagem e se revigorou. Na novíssima “Lei de Oscar Schmidt”, o que vale é ganhar a todo custo. Viva o “jeitinho brasileiro”! Nosso ufanismo jeca só não foi maior porque aconteceu o desastre do Airbus da TAM, mas a falta de respeito e educação com os atletas estrangeiros beirou a obscenidade. Pelo menos o crime organizado no Rio deu uma trégua. Diante de toda aquela calmaria, havia espaço para os policiais militares darem a sua mordiscada e nossos gloriosos PMs foram formalmente acusados de extorquir dinheiro de dois turistas norte-americanos.

[Sobre "Pan-pouco-pan e nação top top"]

por Diogo Salles
30/7/2007 às
18h47

Mais do mesmo
O problema da auto-ajuda, que vi mais claro no seu texto, é o mesmo problema da literatura em geral, como você conclui um pouco no final. A quantidade absurda de títulos, de livros. É tanta coisa ruim que o que é bom se perde ali no meio, e acaba que a auto-ajuda se tranforma num engodo em nossas vidas, pois tudo é feito para sermos felizes, ricos, amados e satisfeitos. Talvez o mais engraçado seja que a realidade passa longe da maioria dos livros de auto-ajuda. E você está certíssima, qualquer livro pode transformar a vida de uma pessoa, os livros de Caio Fernando Abreu transformaram a minha de uma maneira única. Mas é claro que também já li Paulo Coelho, Lya Luft e outros, porque para dizer que não se gosta é sempre bom ter experimentado. E adoro a Linda Godman.

[Sobre "Auto-ajuda e auto-engano"]

por Bia Cardoso
30/7/2007 às
16h31

Frescor na literatura infantil
Os adultos costumam subestimar as crianças e sua capacidade de compreensão e interpretação. Os adultos apenas esqueceram que no mundo da fantasia vale tudo, não só coisas boas e cor-de-rosas. É bom ver um livro de Tim Burton sendo lançado no país, ainda mais sendo um livro de poesias. Se despertar o gosto dos pequenos pela leitura já é um desafio, este o é ainda mais no campo da poesia. A Índigo é mesmo um frescor na literatura infantil, sinto nela a mesma falta de medo que há em Lygia Bojunga. Escrevem para crianças sem pensá-las exclusivamente como crianças, mas sim como leitores, que merecem boas tramas e histórias sem fingimentos.

[Sobre "Amor e dor para crianças em três passos"]

por Bia Cardoso
30/7/2007 às
16h13

Cada época deixa sua marca
A literatura de ficção não morreu. Pode ter se transformado. Se antes os períodos eram longos, agora são curtos. E por aí vai... Cada época deixa sua marca. Assim sempre vai haver essas afirmçaões, quando algo de novo acontecer. Preconizar a morte do velho, quando aparece o novo, é uma característica do ser humano?

[Sobre "A literatura de ficção morreu?"]

por Anna
30/7/2007 às
13h36

depois vem neguim reclamar...
Pilar, compartilho com vc minha indignacao com relacao ao pior do Brasil: o brasileiro hehe... Vaias, desrespeito, máscaras, tomei ojeriza desse pan-americano. Nao me importo de ser chamada de anti-patriota, pq ser anti-patriota é expor ao mundo (mesmo com o descaso da imprensa americana aos jogos) um brasileiro q se orgulha de atrapalhar o adversario para beneficio proprio. Entao, quem quer vir competir em nosso pais? Onde venezuelanos, americanos e qualquer adversario é tratado desrespeitosamente??? Ai', depois vem "neguim" reclamar q é maltrado no exterior... Isso fora outros questionamentos... ate postei agora um artigo (mal-feito by mylself) para um processo seletivo no Rio..seu texto me inspirou a posta-lo blog.

[Sobre "Pan-pouco-pan e nação top top"]

por Camila
30/7/2007 às
13h18

Eu comecei pelo Paulo Coelho
Eu comecei lendo o PC e acabei indo parar no Cem Anos de Solidão. Foi uma grande evolução. Os livros de auto-ajuda me ajudadaram a descobrir a literatura. Depois que li Gabo nunca mais precisei de "auto-ajuda" alguma.

[Sobre "Auto-ajuda e auto-engano"]

por Carol
30/7/2007 às
11h32

Blogs e auto-ajuda
A internet não acabou com a escrita, mas democratizou a edição. Todos nós podemos escrever e publicar o que desejamos a um custo baixo. O que acaba ocorrendo é um mar de blogs onde cada um diz o que quer da maneira que quer. Estes textos acabam vez por outra se agrupando e tomando a forma de um volume impresso. Que talvez seja lido. Quando a auto-ajuda, apontado por João Macedo como responsável pelo assassínio da literatura, não creio ser este o caso. A literatura de auto ajuda ainda assim é literatura (sem julgamento de valor, se boa ou má). Uma literatura que reflete a realidade de nosso tempo. Há escritores sem leitores, porque todos escrevem, há psicólogos sem clientes, porque todos se auto-ajudam. Lembro-me que o primeiro romance em português foi um livro de auto ajuda: "Máximas de Virtude e Formosura", de Tereza Margarida da Silva Horta. Que talvez percebendo a possivel má recepção (especulo...), mudou o nome do livro para "Aventura de Diófanes".

[Sobre "A literatura de ficção morreu?"]

por Alvao
29/7/2007 às
11h58

Antítese da metodologia
Ana, a prática da redação, como tudo nos direciona para um sentido de excelencia insuspeitado. A nossa formação sebastianista ou messianica aponta para uma valorização do talento em detrimento do trabalho arduo de desenvolver um pendor ou uma vocação. Alguns professores que tive primavam por me apresentar os obstáculos para a produção de textos, eram geniais ao demolir qualquer tentativa de expressão, que é o possível naquela idade, e com a frágil relação com a produção de textos. Os canones eram adorados, e aquela época se falava pouco do texto contemporaneo. Tínhamos professores avaros que eram bem sucedidos no intento de constranger a iniciação de futuros redatores. Foi então que abandonei a mão dos professores e busquei o ambiente do leitor obsessivo que consolidou por intuição e por contato com outros como eu, num estudante que poderia experimentar a produção de textos, partindo de uma relação mais aberta e independente com a literatura, então por isso lhes sou grato.

[Sobre "Dar títulos aos textos, dar nome aos bois"]

por Carlos E.F. Oliveira
29/7/2007 às
11h44

Julio Daio Borges
Editor

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