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Terça-feira, 3/5/2011
Comentários
Leitores

Perdão pelo tamanho do texto!
Claro que não quero dizer, com essa argumentação, que eu acho que os universitários têm mais é que sujar as salas de aula e os corredores porque isso dá emprego q pessoas que precisam. Eu só não vejo com incoveniência o apoio a manifestação dos trabalhadores da limpeza pelos estudantes. Na verdade, penso eu, trata-se de um dos tipos de práticas sociais com maior "teor" de solidariedade da sociedade em que vivemos, se quisermos construir "um mundo sem amarras nem mordaças". obs: sendo o texto muito grande, quis pontuar as questões que me pareceram mais interessantes de por em discussão... peço perdão pelo tamanho do texto!

[Sobre "Um mundo além do óbvio"]

por Marquinhus Vinicius
3/5/2011 às
20h42

São questões salariais
Ao meu ver, a greve dos trabalhadores não tem como causa "a sujeira em demasia que os estudantes fazem na universidade". Mas são questões salariais (de acordo com vídeos e textos que li) que, na minha ótica, não podem ser solucionados se não pelo embate com quem os emprega, já que apenas pedir/implorar por um aumento do salário não adianta, como bem sabemos. Fazendo um esforço fantasioso, poderíamos até perguntar pra que serviria o trabalho dos que fazem a faxina se todos que utilizam a universidade não as deixasse com um pingo de sujeira. Pra quê faxineiros onde não existe sujeira? Mergulhando a fundo no imaginário da autora (que acha que os grandes problemas podem ter soluções minúsculas), e se vivessemos no Fantástico Mundo de Bobby, poderíamos ter, como consequência dessa educação integralmente higiênica dos estudantes, a eliminação dos empregos dos faxineiros.

[Sobre "Um mundo além do óbvio"]

por Marquinhus Vinicius
3/5/2011 às
20h40

Bem... como assim?
A maior prova do caráter liberal do texto é o final - que, na verdade, parece-me ser a "solução basilar" indicada pela autora. Depois de defender um mundo mais justo, sem salários, sem exploração, etc, a autora diz que a atitudade em apoio a greve de uma categoria da classe trabalhadora (no caso dos funcionários terceirizados da limpeza) é uma atitude egoísta e preguiçosa. Bem... como assim? "Ah, porque os estudantes poderiam fazer a limpeza do espaço que eles mesmo usam". E como isso ajudaria os funcionário terceirizados da universidade?

[Sobre "Um mundo além do óbvio"]

por Marquinhus Vinicius
3/5/2011 às
20h39

Basta um querer-bem a todos?
É como se, para que a sociedade fosse igualitária, bastasse uma vontade benévola generalizada em todos os cidadãos de um país, ou do planeta. Será que para mudar o meio social em que vivemos basta um querer-bem a/por todos? É aí que entra, ao meu ver, o maior (e mais antigo) debate sobre o assunto. Sendo bem franco, eu amaria se a sociedade moderna pudesse alcançar o seu "apogeu de solidariedade" apenas por pequenas boas práticas no cotidiano (não que eu discorde delas ou que ache que elas não contribuem para nada) de cada pessoa, mas tratar os problemas da atualidade por esse caminho me parece ser uma reformulação sofistacada (no sentido de que quer condições de vidas iguais para todas as pessoas) do pensamento liberal, que aponta o indivíduo como o último culpado pelos seus atos. Não que eu pense que as pessoas não podem ajudar umas as outras dentro da ordem que vivemos, mas penso que as pequenas ajudas não arrancarão a mais simples das raízes do caos e da miséria deste mundo.

[Sobre "Um mundo além do óbvio"]

por Marquinhus Vinicius
3/5/2011 às
20h38

Uma contradição absurda
Texto bem argumentado e escrito: convicente, eu diria. Acho legal ter contato com outras opiniões até pra entender melhor outras visões de mundo e poder criticá-las de modo mais certeiro. Embora a autora divague de forma interessante sobre o mundo melhor - quando imagina o "tratarmos de tocar nossos afazeres, só que sem salário, sem cartão de ponto, sem lucro, sem moeda nem esmolas", ela, no decorrer do texto, deixa bem claro, intecionalmente ou não, que pensa em mudanças radicais, mas dentro da ordem em que vivemos. Uma contradição absurda, temos que falar. Não é uma posição chocante - no sentido da inovação - querer transformar o mundo (com os milhares de problemas da fome, guerras, miséria, homicídios, repressão, etc.) sem abalar a ordem social em que vivemos. Na verdade, eu acho que a maior parte das pessoas que se preocupam durante toda a vida com as questões sociais veem a coisa dessa forma.

[Sobre "Um mundo além do óbvio"]

por Marquinhus Vinicius
3/5/2011 às
20h36

Sou saudosista assumido
Ah, o rock foi decididamente sublime naqueles anos. Toda vez que desejo comprar CDs, saio procurando pérolas daquele período que eu ouvia ainda no rádio e não podia comprar em disco. Sou saudosista assumido, ou talvez simplesmente ache esse rótulo, saudosismo, pouco significativo. Porque "a thing of beauty is a joy forever", coisas bonitas estão acima do tempo. Que dizer daquela banda fabulosa, Procol Harum, que fez uma mistura perfeita de rock e música clássica naqueles anos? E dos Moody Blues? Não troco nada do que ouço hoje em dia pelo simples piano inicial de "She´s leaving home" com os Beatles ou de Jagger cantando "Ruby Tuesday" pra Mariane Faithfull. Os velhos tempos não são velhos: são eternos...

[Sobre "O negócio (ainda) é rocão antigo"]

por chico lopes
3/5/2011 às
10h15

Cartas exemplares de Flaubert
Eu que venero as "Cartas exemplares" de Flaubert, adorei seu texto. Parabéns!

[Sobre "Maupassant e Flaubert"]

por jardel dias
3/5/2011 às
07h48

A música era melhor mesmo
Gostei do seu texto! Também sou fã da música dos anos 60/70, apesar de procurar conhecer mais as músicas da minha época, pois concordo com o seu "E nostalgia de um tempo que não se viveu, é uma coisa bem idiota." É verdade. Mas a música era melhor mesmo, e isso porque a música reflete o momento social da época. Nos anos 60/70, o mundo estava mudando, e os artistas acompanhavam essa mudança na sua arte. Hoje, o mundo ainda está mudando, mas de outra forma. Não são grandes mudanças sociais, políticas, ideológicas. Hoje, a mudança do mundo é na informação, na tecnologia, na velocidade com que tudo acontece. E a música acompanha. A música hoje é produzida e consumida rapidamente, perdendo, assim, na sua qualidade. Se você procurar, ainda vai encontrar bons músicos à moda antiga, mas infelizmente não dá pra esperar que a música volte a ser como antes. Infelizmente, ou não. Abs!

[Sobre "O negócio (ainda) é rocão antigo"]

por paula
2/5/2011 às
18h25

Uma ministra despreparada
Muito boa a tua perspectiva acerca do tema. Realmente esse projeto é vergonhoso! Apenas um detalhe: Vale lembrar que o problema aqui não é da dita "Era Lula", pois nos últimos oito anos o investimento principal foi na democratização do acesso aos bens culturais, havendo uma descentralização da aplicação dos recursos, e a valorização de artistas locais. Não esqueço da vergonha do Cirque du Soleil, mas de um modo geral a política cultural, inexistente na época do PSDB, melhorou muito com o governo do PT. O que acontece, agora, é que temos uma presidente mais preocupada com o desenvolvimentismo, e menos ligada aos aspectos culturais, e que colocou na direção do ministério de cultura uma pessoa despreparada, com um histórico mais do que discutível na área cultural, associada desde sempre aos grandes interesses. O problema, então, foi o afastamento do atual governo das antigas diretrizes adotadas pelo ministério nos últimos anos, e não a continuidade.

[Sobre "O escandaloso blog de poesia de Maria Bethânia"]

por Daniel
2/5/2011 às
11h22

Quadrante e Devaneio
Parabéns Julio, pelo tema, pelo texto e pela coragem de explicitar tua posição. Ao preço dessa pronúncia eu não gostaria de macular o lirismo e o despojamento da minha poesia. Saudades do "Quadrante" do Paulo Autran e parabéns ao "Devaneio" de Juca de Oliveira.

[Sobre "O escandaloso blog de poesia de Maria Bethânia"]

por Manoel de Andrade
1/5/2011 às
08h45

Julio Daio Borges
Editor

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