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Sexta-feira, 19/8/2011
Comentários
Leitores

Pra ficar só na Literatura
Crítica honesta anda meio escassa, por toda parte. Creio que se vê comprometimento pessoal (ou empregatício) com patotas ou carteirinhas ideológicas por toda parte num grau nunca visto. Ademais, há "impressionismo" excessivo na era digital - pra ficar só na Literatura, vê-se em alguns lugares resenhas que deixam óbvio que o resenhista leu quando muito a orelha de um livro e se deixou levar por uns fragmentos de enredo, juntando cacos e construindo uma peça unitária cujo fundamento básico foi a preguiça e o palpite, não mais. Como sou escritor (e também comento livros alheios), sei que é assim. Muitas vezes li comentários sobre livros meus que me deixaram fulo da vida pela imprecisão, pelos chutes... (enumerando influências de escritores que nem li). Jamais comentei um livro que não houvesse lido cuidadosamente, e isso me parece o fim da picada. Mas parece que hoje em dia a crítica, se for elogiosa, é considerada sempre benvinda pelo escritor, ainda que parta de alguém que nem o leu.

[Sobre "O Crítico, em Exercício Findo, de Décio de Almeida Prado"]

por francisco lopes
19/8/2011 às
12h41

Enxergar claro
Que bom! Serenidade e estoicismo são aconselháveis em alto grau, principalmente quando se vai envelhecendo e se entende que nossas queridas ilusões sobre as pessoas (mesmo as que mais amamos) e sobre nós mesmos (principalmente) se dissipam irremediavelmente. No entanto, são substituídas por uma capacidade maior de enxergar claro, isto é, com uma desilusão objetiva e tranquila. Aí os ideais de Bem ou Mal enfáticos já não nos pegam mais...

[Sobre "Sobre os enganos do mundo, de Sêneca"]

por francisco lopes
19/8/2011 às
11h00

Títulos assim
Ana Maria Machado disse uma coisa curiosa num programa de televisão, a respeito desse livro: que ele vinha numa linha de títulos como "Desonra", de Coetzee, "Reparação", de Ian McEwan, "Humilhação", de Roth, e outros. Verdade: o que será que leva tantos autores de países diferentes a criar títulos assim, em onda mundial?

[Sobre "A realidade, na verdade, é mentira"]

por francisco lopes
19/8/2011 às
10h54

Irresponsabilidade total
Isso de fato é constrangedor, e os equívocos pipocam o tempo todo. As pessoas não querem conferir a origem clara do que dizem, não querem ouvir os autores, só querem mesmo é propagar suas ideias através de citações incompletas, errôneas ou até mesmo deliberadamente adulteradas. A Internet é um território democrático, e democracia, no Brasil, parece ter sempre soado como permissão para a total anarquia. Irresponsabilidade total.

[Sobre "Textos mortos vivos"]

por francisco lopes
19/8/2011 às
08h25

Rumo ao refinamento e à poesia
Pura verdade. "Abraços partidos" foi mal compreendido, porque sempre se espera exotismo e humor escrachado, além de toques pornográficos, em Almodóvar, enquanto ele foge cada vez mais de qualquer vulgaridade rumo ao refinamento e à poesia.

[Sobre "Abraços Partidos, de Pedro Almodóvar"]

por francisco lopes
19/8/2011 às
08h02

Um filme de guerra às avessas
Discordo totalmente. A graça do filme está na subversão das personagens históricas. Não estamos falando de "O resgate do soldado Ryan", que tinha outro propósito e, ainda com toda aquela produção realista, falha em várias verdades históricas, a ponto de tratar os alemães, em algumas cenas, como crianças brincando de guerra. Tarantino, melhor que Spielberg (e Rodat), cumpre seu propósito inicial: um filme de "guerra" às avessas. Quem se incomoda com a história corrompida que vá assistir a documentários.

[Sobre "Inglourious Basterds, de Quentin Tarantino"]

por Nathalia
18/8/2011 às
15h08

Nossa mente plástica
Acho que o ser humano está constantemente se re-inventando, desde as cavernas, desde o evento (explosao, era glacial ou quente) que provocou o nascimento da linguagem. Não dá pra saber que neuronios, que sinapses surgirao ou desaparecerao de nossa mente plástica. É uma extraordinária aventura, imprevisivel de mtas formas, que essa nossa espécie bárbara vai vivendo. Gostaria de viver mais cem anos pra ver isso.

[Sobre "The Shallows, by Nicholas Carr"]

por Marilia Mota
18/8/2011 às
14h05

A capacidade de raciocinar
Entendo a argumentação de Carr e seu tom apocalíptico, numa sociedade onde as informações chegam e são esquecidas com uma velocidade incrível poucos pararariam pra ler uma informação que não tivesse um teor de fim do mundo. O tom apocalíptico serve pra chamar a atenção das pessoas num mundo onde as pessoas estão perdendo a concentração e interesse. Porém é bom entender que não só de escolas se baseia a salvação do mundo, seres humanos são moldados desde que nascem e o exemplo em casa ainda é muito importante. O Google é uma empresa porém tem sim responsabilidade pelo conteúdo que oferece aos usuários. Num mundo onde as leis não cooperam com a melhora da educação, tudo que se lê, se ouve e se comenta pode ser utilizado para ajudar as pessoas em seu crescimento intelectual. O que Carr mostra é simplesmente algo muito simples de se verificar no twitter ou mesmo nas escolas, nossas crianças sabem ler mas estão perdendo a capacidade de raciocinar e argumentar sobre o que foi lido.

[Sobre "The Shallows, by Nicholas Carr"]

por Samantha
18/8/2011 às
11h47

A ocorrência de um excesso
"Ir ao cinema é ficar perto do esquecimento, levado pela esperança de transformação. Ninguém vai ao cinema para se tornar mais sensível, experiente e culto, ainda que pense estar fazendo isso. Todos querem ser arrebatados para a terra de um milagre inexorável. Entram no cinema ainda escuro, como num lugar em que se pode contar com a ocorrência de um excesso." Frank Böckelmann,(autor do libro Kafka e o Cinema) Ins Kino (Ir ao Cinema), 1994.

[Sobre "Inglourious Basterds, de Quentin Tarantino"]

por Caulos
18/8/2011 às
11h28

Anúncio do fim do mundo
O problema de uma opinião assim são seus precedentes, tão apocalípticos quanto. Pelo que parece, na época dos gregos se dizia que a palavra escrita prejudicava o pensamento; depois de Gutenberg, que a palavra impressa tinha menos valor que a anterior, escrita, e que a imensidão de livros surgidos geraria confusão para sempre. Foi criado um personagem que afirmava que, a partir daí, só deveríamos ler catálogos. Quer dizer, é o mesmo anúncio do fim do mundo de sempre.

[Sobre "The Shallows, by Nicholas Carr"]

por Duanne Ribeiro
18/8/2011 às
10h06

Julio Daio Borges
Editor

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