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Terça-feira, 18/11/2008
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Eu tive medo de morrer
Estávamos, eu e meu companheiro, atravessando a Ilha de Marajó, meados dos anos 90. Ficamos retidos por uns 17 dias na Ilha do Nascimento por falta de barcos para pedir carona. Quando surgiu um barco boieiro (carregador de búfalos) para sairmos daquele isolamento, era noite e havia morrido um búfalo a bordo e os navegantes decidiram salgá-lo na mesma hora. Estávamos hospedados na mercearia local onde o capitão foi buscar umas 5 sacas de sal grosso. Decidimos viajar de barco para a costa do Pará. Eu estava carregando nossa bagagem e Sérgio carregou uma saca de sal. A aventura e a situação-limite foi a ida até o barco, a maré havia enchido e os troncos que serviam de caminho estavam já cobertos de água. Estava escuro e havia somente duas lanternas. Os homens caminhavam muito rápido com suas sacas pesadas e eu fiquei para trás. No mais absoluto escuro da Floresta Amazônica eu tive medo de morrer e não conseguir atravessar os caminhos da água e pisar fora dos exí­guos troncos de apoio. Havia andado por ali em horários de maré baixa, mas nunca havia ido tão longe. Lembro-me de que na hora não conseguia ouvir nada, os homens caminhavam em silêncio e já bem adiantados no caminho cheio de curvas e eu fiquei no mais absoluto escuro sem saber nadar. Equilibrei-me desajeitadamente e parei, respirei e cogitei largar minha carga para me salvar. Não larguei minhas três mochilas e continuei. Desliguei e me senti nas mãos de Deus, me conduzindo por pura intuição. Vi clarões e bichos tentando me derrubar e comecei depois de uma eternidade a ouvir o vozerio do barco, quando cheguei próxima das lanternas vi o enorme búfalo pendurado e já começando a ser estripado. Me sentei no chão do barco e comecei a chorar, não acreditando ainda que estava viva e naquela cena insólita... [Santo André - SP]

[Sobre "Promoção André de Leones"]

por Regina Miguel
18/11/2008 às
11h30

O Paul Rodgers não tem culpa
Putz, essa coluna foi certeira. E na qualidade de um fãzaço do Queen (o verdadeiro), que foi a banda que me fez gostar de música pra valer, me sinto tão ultrajado que tenho vontade de encontrar Roger Taylor e Brian May na frente de algum hotel paulistano para alvejá-los com alguns ovos podres. Consegui escutar apenas 3 faixas do álbum e chega a doer de tão constrangedor. O Paul Rodgers não tem culpa, está fazendo o que era de se esperar. A vergonha e o peso dessa profanação cabem inteiramente a May e Taylor. Também partilho da opinião de que, já que é pra cometer essa heresia de botar o nome Queen em algo sem Freddie Mercury, que o escolhido fosse o George Michael. Salve Freddie e salve John Deacon! Belo texto! Longa vida ao verdadeiro Queen!

[Sobre "Necrófilos da vanguarda roqueira"]

por Francisco Del Rio
18/11/2008 às
02h42

Mergulho
Muito bem! Você conseguiu expressar com palavras justamente o que o filme mostra de maneira tão encantadora. Um belo problema que algumas pessoas costumam "pairar na superficie". Não entendem do que realmente se trata a coisa toda... Parabens!

[Sobre "Uma defesa de Juno"]

por Carolina
18/11/2008 às
02h20

Lott: um verdadeiro líder
Emocionante! Uma pequena mas valiosa resenha que nos estimula a ler o livro. O Marechal Lott, de quem eu ouvia falar quando criança, sempre me despertou admiração por conta da atitude de todos em minha casa, que o idolatravam. Depois, lendo a biografia de outros grandes homens, pude ver o respeito com que a ele se referiam, mesmo os que lhe eram contrários. O Brasil sente falta de um líder assim.

[Sobre "O soldado absoluto"]

por Miguel Accacio
17/11/2008 às
21h54

Ser e não ser...
Vivi, entre tantas situações-limite, a de fingir ser alguém que não era e, quando essa mentira já não podia mais ser levada a diante, tive de me despir de toda a encenação. Nesse momento, eu já não sabia exatamente quem eu realmente era. [Brumado - BA]

[Sobre "Promoção André de Leones"]

por Ronaldo Amara
17/11/2008 às
16h19

Sou funcionária pública
Eu sou funcionária pública. A maioria dos casos que vemos nos jornais a gente fica sabendo que estão acontecendo na nossa cara, todo mundo sabe, mas ninguém viu. É muito desgostoso. [Guararema - SP]

[Sobre "Promoção André de Leones"]

por Marcela Arantes Maga
17/11/2008 às
16h18

somos o que não jogamos fora
"Genial" esse teu texto, Pilar. Linhas, bordados, lembranças, fuxico, vida, enfim. Lixo? Ah, isso também é possível, às vezes, de se encontrar perdido em meio a tantas recordações. Mas, por que passaram a ser lixo? Antes, não eram - certamente. Que bom, quando as reencontramos, porque assim temos a oportunidade de perceber, o quanto um dia elas já foram valiosas para nós (por isso foram guardadas). Mas foi Ítalo Calvino que isse, que somos aquilo que não jogamos fora. Nossos melhores "lixos" são aqueles que mantemos em nosso poder, fazendo-nos companhia, como a linha, a agulha e o crochê deixados por tua avó. Mais uma vez, tu nos dá a chance, com esse texto, de rever pessoas e lembranças tão estimadas por nós. Obrigado e parabéns.

[Sobre "Os pontos de um crochê"]

por Américo Leal Viana
17/11/2008 às
10h19

Preguiça: maior pecado
O pecado mais grave que cometi foi o da preguiça, porque a preguiça é o único pecado que te impede de cometer os outros 6. [Niterói - RJ]

[Sobre "Promoção Satã: uma biografia"]

por Danielle Alvares
17/11/2008 às
09h40

Experência de quase morte
Certa vez, hospitalizado e desenganado pelos médicos, senti a curiosa sensação de total desapego à vida. Fechei os olhos e fiquei ouvindo meu coração bater - nada pensava ou sentia. Acabei dormindo e sonhei que caminhava por um bosque de árvores gigantescas. Recebi alta dois dias depois de uma equipe médica incrédula com a recuperação de minha saúde. [Londrina - PR]

[Sobre "Promoção André de Leones"]

por João de Paula
17/11/2008 às
09h38

Veio como um estalo
Fazia eu o 2º grau em Madureira e normalmente chegava atrasado devido trabalhar na Zona Sul. Uma certa professora, pequenina de um ar triste, quase sempre era dela o 1º tempo de aula. Sempre a encontrava sentada a mesa dos professores. Um belo dia, cruzei com ela nos corredores na hora do recreio e notei que ela mancava. E perguntei: Professora, tudo bem! A senhora machucou-se? Ela fez dois movimentos de cabeça, abaixando e levantando, ao levantar os seus olhos fuzilavam-me. O mundo girou velozmente em minha cabeça e compreendi a gafe de não ter percebido, até aquele momento, que ela tinha uma deficiência. E, ao que parece, pelo seu jeito de ser, não lidava muito bem com essa situação. E eu, numa de quebrar o gelo, quebrei a cara. Desculpei-me e sumi o mais rápido possivel. Isso tem mais de trinta anos e veio à memória assim como um estalo ao buscar algo que marcou-me pela minha indiscrição. [Rio de Janeiro - RJ]

[Sobre "Promoção Contos Indiscretos"]

por Oswaldo Ferreira
17/11/2008 às
09h38

Julio Daio Borges
Editor

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