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Quarta-feira, 6/11/2002
Comentários
Leitores

E Martinha disse: meu Marido!!
Esposa é pavoroso, concordo, mas "minha mulher" é o fim da picada. Martinha disse: Favre é meu marido, marido, marido!!! Que falaríamos caso fossemos o Favre: Martinha é minha mulher, mulher, mulher!!! Admitamos que não temos alternativa. O fato é que esta lista é interminavelmente inútil e vulgar.

[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]

por José Maria
6/11/2002 às
10h39

a velha ordem estabelecida
[A votação de Luiz Inácio Lula da Silva] mantém sua alma rural, primeva, milenarista e tradicionalista. O Brasil que entregou ao retirante fugido da miséria do sertão o comando de uma das 12 maiores economias do mundo não é revolucionário: exige mudanças, mas não a ruptura com a velha ordem estabelecida.

Ao contrário do voto petista, de esquerda, o sufrágio lulista tem seu núcleo central em clãs culturalmente habituados a destinar sua prole ao clero ou ao serviço público. Em torno desse núcleo giraram os interesses da burguesia dependente dos favores do Estado, de um lado, e as carências do lúmpen desassistido, na face oposta. Não se trata de uma ruptura, mas de uma seqüência histórica natural: essa aliança foi forjada há 72 anos por Getúlio Vargas.

A diferença básica entre o ex-sindicalista, que antes criticava duramente o getulismo, e o "pai dos pobres" é que este era um positivista com tinturas anticlericais e o futuro presidente atou laços difíceis de desatar com a mais longeva e monolítica máquina política brasileira, a Igreja Católica.

Agora, o messianismo - idéia fundadora do cristianismo - ressurge numa forma de sebastianismo em que o mito arcaico e arraigado no imaginário luso-brasileiro da volta do rei português dom Sebastião para vingar a cristandade da humilhação foi incorporado pelo marketing político. [...] A avidez do cidadão comum em tocar o presidente eleito lembra a legitimidade que dava aos reis taumaturgos do Medievo o alarde de seus prodígios.

Para Lula e o PT será imenso o desafio de utilizarem os benefícios dessa unanimidade quase canônica que o Brasil profundo lhes lega para promover a união nacional, sem a qual a estabilidade da moeda e da democracia poderá desabar - e logo. Sendo certo que não obrarão milagres.

José Nêumanne, hoje, em "A revanche do Brasil profundo"

[Sobre "Lula: sem condições nenhuma*"]

por Julio
6/11/2002 às
09h29

Lista de Nabokov
Viram? Não é divertido? Essa lista nunca acaba - e concordo com a maior parte dos horríveis exemplos listados por vocês. Aos curiosos, eis uma lista feita por Vladimir Nabokov numa entrevista para a Vogue: "...nightclubs, iates, circos, shows pornográficos, os olhos cheios de sentimento de homens nus com montes de pêlos de Chê Guevara em vários lugares...". Obrigado a todos pelos elogios, pelo aumento da lista, ou pela simples leitura e presença. Quanto à sugestão do Haroldo, ele tem provavelmente razão, mas me deu preguiça. Muito ocupado lendo o volume dois do "Mar de Histórias", da Nova Fronteira. Quanto ao Dieter - a única resposta é "eu posso, você não". Quanto ao José Maria, 1)"neoliberal" é uma palavra vulgar - basta dizer "liberal". 2)Releia o que escrevi sobre Elis Regina. A pressuposição de que é obrigatório gostar dela é que é vulgar - não ela (se bem que cada vez que a escuto cantar sobre a volta do irmão do Henfil, sinto um arrepio que não é bem de prazer estético).3)"Minha mulher" é a única forma aceitável. Quem diz "minha esposa" diz "toalete" no lugar de "banheiro". Abraços...Ah, a pergunta do Sidney: é por essas e outras que sou a favor de educar os filhos em casa - e só em casa. Agora sim, abraços - Alexandre Soares.

[Sobre "Sinais de Vulgaridade - Parte II"]

por Alexandre Soares
6/11/2002 à
01h26

Psicologia
A lúcida Isabel dá uma bela mostra de como a inteligência é capaz de descobrir os fatos objetivos, acima de quaisquer idiossincrasias. Explico meu obscurantismo: ao ler os últimos comentários, tive a mesma percepção. E tive até a vontade de escrever algumas palavras intituladas "Psicologia" para dar conta desse curioso fenômeno. Pois há gentes que aqui vêm, dizem que detestam os colunistas, encontram-lhes mil falhas (embora nunca as enuncie completamente, limitando-se aos insultos de sempre), declaram em voz alta sua intenção de nunca voltar, e -pasmo-, voltam! Eu, pobremente, que não já havia compreendido as razões para tamanho desgosto (uma vez que nunca as fundamentam), compreendo pouco o porquê de tanta exibição de razões pouco exploradas, e compreendo menos ainda a teimosia do retorno.

[Sobre "Lula Já É Um Coitado"]

por Félix F.
5/11/2002 às
23h17

Humor involuntário
Manifestações como a dessa moça Vanessa são, de longe, o melhor momento de humor involuntário deste site. Ela anuncia a intenção de "nunca mais" ler o Digestivo, mas logo depois deixa três mensagens no fórum (duas aqui e uma sob o texto do Julio Daio Borges); afirma não estar "revoltadíssima", mas alinhava uma série de insultos ao colunista ("intelectualzinho ridículo", "ego inflado", "pretensioso" etc.). Querida, talvez você devesse recorrer a um analista para tentar resolver suas contradições -e ir embora mesmo, porque como leitora e "comentarista" você não faz falta nenhuma. Deixe este site para os maiores de 18 anos e/ou os que possuem mais de dois neurônios. Abraços da Isabel.

[Sobre "Lula Já É Um Coitado"]

por Isabel
5/11/2002 às
21h22

Elites querem mudanças.
Vanessa Rosa, não sei se lhe agradará,mas a mim agra- dou,ler no IG(Internet Group) notícia de que as elites brasileiras querem mudanças,incluindo-se o combate às desi gualdades sociais, criticando o atual governo em muitos aspectos e elogiando em poucos outros. A pesquisa foi feita pelo IDESP tendo como um dos coordenadores Bolívar Lamounier. O melhor é ler no IG do dia 04.11 (ontem) em Notícias Gerais das 16:29:32 às 20:50:43 Tenho a impressão de que gente das elites votaram no Lula.Acho que até FHC não gostou do governo dele tanto é que não de um apoio suficiente para Serra. Agora, o que percebo neste site é que muita gente está na contra-mão da histó ria.

[Sobre "Lula Já É Um Coitado"]

por Carmen Gomes Simioni
5/11/2002 às
15h18

Que bom que você entendeu
Vanessa,
Minhas afirmações e conclusões são assumidamente aleatórias, gerais e superficiais. Eu me baseei simplesmente em observações pessoais, e não em uma sistemática coleta de dados. Não era para ser diferente, portanto - que bom que, gostando ou não, você entendeu. Quanto a anacrônico e reacionário, bem - talvez eu seja mesmo. Ou é por pura falta de criatividade que 90% das pessoas que discordam ou não gostam de um texto repetem esses adjetivos? Obrigado pelo comentário, abraços,
Eduardo

[Sobre "Uma verdade incômoda"]

por Eduardo Carvalho
5/11/2002 às
14h14

Bela apresentação
Parabéns ao Jardel pela apresentação da renomada poetisa de Vila Viçosa. A mim chamam a atenção dois aspectos (possivelmente contraditórios) de Florbela Espanca, a saber, por um lado, o respeito e o culto à beleza da vida, patentes em seus poemas, e, por outro, a negação à própria vida, com seu suicídio aos 36 anos de idade. Pensando bem, talvez mais do que poetisa essa notável portuguesa tenha sido uma filósofa... (eles às vezes enxergam com clareza o que a maioria de nós, quando muito, apenas consegue tenuemente vislumbrar).

[Sobre "A Vagabunda Letrada e os Sentimentos Nobres"]

por Toni
5/11/2002 às
13h30

Polêmica = Sucesso
Caro Julio, Nelson Rodrigues, a quem eu admiro, escrevia odes anti-esquedistas, mas foi cozido num inferno pessoal, quando estupefato viu seu filho sendo torturado pelos direitistas da época. Nelson percebeu que tinha sido infantil e maniqueista em sua visão de mundo. Portanto é um equivoco recortar atemporalmente frases de Nelson tira-las de um contexto histórico e usa-las como escudo.

[Sobre "Lula: sem condições nenhuma*"]

por Francis
5/11/2002 às
11h43

Doutor Horroris Causa
E mais! e mais! Nosso "presidente eleito", como nos satura a mídia, Lulla, recebeu, há pouquíssimo tempo, o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia! E já está na Lista da de Pernambuco! É, realmente, um "pobrema prá nós resorvê"...

[Sobre "Lula: sem condições nenhuma*"]

por Fabio Ulanin
5/11/2002 às
09h58

Julio Daio Borges
Editor

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