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Quarta-feira, 20/11/2002
Comentários
Leitores

resposta ao Giovanni (m. 51)
Giovanni, obrigado pela sua resposta. Continuo achando que, num site como esse, o debate entre esquerdistas e direitistas é perfeitamente possível. E ninguém precisa se definir previamente, pois as diferenças aparecem ao longo do debate. Desde que se esteja disposto a debater e não a colocar em prática o binômio maniqueísta de argumentos que o mestre ensinou. Francis riria disso, já que era um sujeito inteligente. Já outros...

[Sobre "Filhos de Francis"]

por Helion
20/11/2002 às
10h52

Programa de idéias
A ausência de Raymond Aron (m. 52) deve ter uma explicação muito simples: aguardam a sua inclusão na lista dos 1O Mais exaltados e recomendados pelo Grande Astrólogo. Como os direitutchos rejeitam o saber acadêmico “tomado pelo esquerdismo” e consideram que todas as editoras só fazem ecoar o pensamento comuna, em que irão se basear, a não ser naquelas indicações? Você pode achar que essa direita não tem um programa de idéias, mas uma coisa eles poderiam ter: um pensamento autônomo. Ah sim, e não se levar excessivamente a sério. Tomam o Francis como guru, quando a sua característica era a irreverência e a provocação. Ele era de um grupo que criou o Pasquim, enfrentando pelo humor o conservadorismo de então. Como pode compreender essa irreverência quem é leitor do Mídia sem Máscara ou do Ternuma? E ainda se achar seu seguidor? Waal, como diria o próprio.

[Sobre "Filhos de Francis"]

por Helion
20/11/2002 às
10h18

Os donos do campo e da bola
Antes, o colunista Alexandre Silva tentou me desqualificar para o debate devido ao meu nome (cf. comentário 39). Agora, lendo o comentário do acreditável Felipe Ortiz, percebo que fui censurado. Diante de tais atitudes, percebo que neste "Digestivo" a liberdade de opiniões funciona em apenas um sentido. Assim sendo, retiro-me deste debate, entregando-o às louvações recíprocas e ao pensamento único.

[Sobre "Filhos de Francis"]

por Irã Dudeque
20/11/2002 às
07h55

Debater como, meu Deus do céu?
Quanto ao prof. Helion e a Irã Dudeque, faltam-lhes os requisitos morais mínimos para a participação num debate. O prof. Helion, esse mestre da novilíngua, gasta a maior parte de seus comentários queixando-se da "truculência" e da "hipocrisia" de seus interlocutores, distraindo o leitor da verdadeira motivação de seus comentários, revelada em frases cautelosamente isoladas e breves, mas constantes: ora se mostra frustrado com o que chama de "pensamento (quase) único" do Digestivo Cultural, ora parabeniza o editor Júlio Daio Borges pela "limpeza étnica" supostamente dirigida aos colunistas "de direita", ora cobra do mesmo editor uma definição para a "situação esquizofrênica" em que vive este jornal, afirmando antes que este site "só tem a ganhar" com a saída desses colunistas... Prof. Helion, da próxima vez, iguale-se ao menos a Salomé: seja franco e direto ao pedir a cabeça de Alexandre Soares Silva. Restou o inacreditável Irã Dudeque, cujo comentário mais relevante foi a divulgação dos resultados de seu teste de Rorschach, apagado pelo editor do site - que percebeu, melhor do que o comentarista, que suas projeções mentais em forma de pirulito eram de interesse exclusivo do autor e de seu psicólogo. Sem conhecimento e boa-fé, não houve e não haverá qualquer debate de idéias neste fórum - apenas esta interminável e chatíssima festa de insultos, às vezes quebrada por uma ou outra mensagem honesta ou bem-humorada.

[Sobre "Filhos de Francis"]

por Felipe Ortiz
20/11/2002 à
01h52

meias verdades
Só agora li este texto. Bom, vc esqueceu o escultor Bernini, Lampedusa, Umberto Eco, e muitos outros. Mas nos concentremos apenas em sua primeira frase: “Há um lobby italiano no mundo, e no Brasil, que chega a ser quase mais poderoso do que o famoso lobby israelense.” Vc sabe que isso não é verdade. Porque em todo o cinema americano há muito mais espaço para indivíduos do segundo grupo citado por vc. Porque Roberto Benigni com aquele filminho idiota – e ainda assim bem melhor que o Central do Brasil – pra ganhar o Oscar teve que falar do Holocausto. Assim como Spielberg, que apesar de ser da “comunidade” e ter revitalizado o cinema de entretenimento e rendido milhões para a indústria não era levado em consideração e só o passou a ser a partir de A Lista de Schindler. Agora, por que vc não cutuca a verdadeira onça com sua curta vara?

[Sobre "Grandes Carcamanos da História"]

por Ana Couto
20/11/2002 à
01h21

Debate de idéias? Mas como?
Inicialmente disposto ao debate de idéias, dele desisti completamente assim que meu interlocutor Marcelo Barbão iniciou sua "argumentação" chamando Aristóteles de babaca. O projeto de vida contemplativa a que me referi, dezenas de comentários atrás, como o modo de vida liberal por excelência, é o da "Ética a Nicômaco" (livro X, cap. 8), sumariamente desclassificado pelo sr. Marcelo Barbão como um conjunto de "baboseiras nas quais ninguém acredita". É interessante lembrar que é justamente este filósofo grego - e exatamente esta obra (livro V, cap. 5) - que Karl Marx cita logo no capítulo I (!), seção 3, letra A, subitem 3 ("A Forma Equivalente") do "Capital", dedicando ao Estagirita adjetivos como "grande" e "genial", raramente arrancados de sua pena. Aristóteles era, na opinião de Marx, o maior de todos os pensadores antigos, maior ainda do que Heráclito (Carta a Ferdinand Lassale, 21 de dezembro de 1857). Para mim, isto é perfeitamente compreensível. Afinal, Marx ainda era um filósofo - perdido em equívocos fundamentais, mas ainda um filósofo, e não dos menores, perfeitamente capaz de reconhecer-se entre os seus. Se ele entendeu bem Aristóteles é outra história, mas ele ao menos o leu, com atenção. Já seus seguidores, como o jornalista Marcelo Barbão, são apenas ideólogos. Recuso-me a acreditar que, se Marcelo Barbão tivesse passado das primeiras páginas do "Capital" e estudado as idéias e autores que Marx considerava importantes, ele teria feito os ridículos comentários que me afastaram daqui. (E depois somos nós quem não lemos ou não compreendemos os autores que admiramos, como Francis, no nosso caso.) Recuso-me ainda mais a crer que nossos interlocutores de esquerda, ignorantes de seu próprio pensamento, conheçam o pensamento liberal e estejam em condições de discuti-lo.

[Sobre "Filhos de Francis"]

por Felipe Ortiz
19/11/2002 às
23h28

musico independente
que bom ouvir belas palavras sobre um artista independente. parabéns ao autor do texto e ao músico.

[Sobre "Um contrabaixo na contramão"]

por claudia
19/11/2002 às
23h30

O analista de Pelotas
Isso mesmo, "Irã". Meus parabéns. Você nos dissecou, psicologicamente e intelectualmente. Fomos desmascarados. Que será de nós, impiedosos nazistas? Teremos de viver pelas sombras, escondidos, envergonhados, neste mundo maravilhoso de esquerdistas bondosos e piedosos, gênios altruístas (que, de tão preocupados em fazer o bem para os outros esquecem-se que não passam de um amontoado de idéias alheias sustentadas por dinheiro alheio). Meu Deus, só agora percebi - tudo o que falo são frases soltas! Não tenho um programa de idéias! Vivo numa baderna mental! Nem mesmo ler Francis, que eu pensava ter feito, li! Que São Lula me proteja! Que me conceda um quinto do talento de Hiram, o arquiteto de Jerusalém, ou Helion, o professor do Bracarense, ou um décimo da capacidade de argumentação brilhante deles! Ah, partilhar do sarcasmo, da ironia, da habilidade que o senhor Dudeca tem com as palavras!

[Sobre "Filhos de Francis"]

por Rafael Azevedo
19/11/2002 às
21h27

fingimentos e imitações
Enfim, Hélion, ao deixar tudo sem resposta, esses caras estão, tacitamente, aceitando que são trogloditas, sub-intelectualizados, "literatos" semi-alfabetizados, irresponsáveis, pré-iluministas, que escrevem sobre o que não entendem e que - o pior dos piores nessas alturas - sequer conhecem a obra do Francis. Não existe programa de idéias. Nem idéias. Só frases soltas, desconexas, citações sacadas a esmo e sem a menor necessidade. Na falta de talento e capacidade para formular análises estruturais, submergem num mundo de arremedos, de simulacros, paródias e caricaturas. E isso só pode ser entendido como um "programa" se tomarmos a palavra "programa" no mesmo sentido em que é utilizada por prostitutas. Ou seja, um conjunto de posições definidas ad hoc e cujo objetivo é um êxtase momentâneo e, quiçá, bem-remunerado.

[Sobre "Filhos de Francis"]

por irã dudeque
19/11/2002 às
20h46

Programa de idéias?
Helion, você diz que "é bom que a direita se manifeste e demonstre ter um programa de idéias". Programa de idéias? Esses caras? Eles podiam estar citando intelectuais conservadores e requintadíssimos como o Raymond Aron, por exemplo, mas estão fazendo o que? Prometendo murros nos dentes, guilhotina, limpeza étnica, bomba nuclear em cada capital árabe, chutes entre as pernas, fechamento de tribunais, mão na fuça, fechamento das Universidades Públicas. Isso é um "programa de idéias"? Isso aí é uma baderna mental que mistura positivismo, impressionismo intelectual e esnobismo. E além do mais, são uns sujeitos muito esquisitos. Afirmou-se por aqui que os caras são trogloditas, sub-intelectualizados, "literatos" semi-alfabetizados, irresponsáveis, pré-iluministas, que escrevem sobre o que não entendem, que sequer leram o Francis, e eles se fixam no quê? No adjetivo invertido (adjetivo, aliás, que eu aprendi com o Francis, que o usava a torto e a direito).

[Sobre "Filhos de Francis"]

por irã dudeque
19/11/2002 às
20h01

Julio Daio Borges
Editor

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