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Quinta-feira, 19/12/2002
Comentários
Leitores

Liberdade de Expressão
Prezado Eduardo Carvalho, Li pela primeira vez um artigo seu e gostei do português, muito raro, hoje, ver alguém escrever bem o nosso idioma. Estando distante do Brasil, moro em Montreal, nem ao menos sei quem seja este senhor Mário Prata, mas as minhas experiências de ter vivido a famigerada ditadura militar no Brasil e a de hoje viver num país que prima pela liberdade de expressão, fazem-me pensar que aquele senhor tem --aasim como o senhor o tem para criticá-lo-- o pleno direito de pensar não importa o quê, votar não importa em quem, escrever e/ou publicar seja lá o que for e, óbviamente, agradar ou não a esta minoria de brasileiros leitores que têm acesso a literatura. Achei, portanto, esse seu artigo muito positivo no especto crítico, porém agressivo demais, impondo uma tamanha chafurdação e humilhação ao senhor Prata que assim sugere o seu fim como escritor, o desincentivo dos leitores a lê-lo e, por fim, criando um clima inadequado à liberdade de expressão e de desenvolvimento da boa ou má literatura brasileira. Gostaria ainda de dizer que num dos comentários ao seu texto, alguém referiu-se ao famoso poeta Tom Jobim, que foi e é uma das maiores personalidades e genialidades brasileiras à nível internacional. Sucesso! Continuarei a lê-lo. Normando

[Sobre "Prata de tolo"]

por Normando Lima
19/12/2002 às
11h50

baudelaire e benjamim
Seu texto é interessante. Poderia ter ficado melhor ainda se avançasse uma pequena crítica à interpretação de Baudelaire feita por Benjamim. Como deve saber, Adorno não aceitou seu texto para publcação. Sua crítica era de que Benjamim não conseguia analisar dialeticamente Baudelaire. Exemplo: na análise do poema "a uma passante", benjamim deixa de lado as intricadas relações estilísticas de Baudelaire para somente se apegar à temática da perda da mulher amada na multidão. O poema mostra a multidão não no tema (ela nem é citada) mas na aliteração em "R" que produz o ruído das pessoas na rua, percebido faclmente ao se recitar o poema original francês. Isso Benjamim não viu, preocupado com questões mais marxistas que estilísticas - mas nada de denegrir benjamim, pois tornou "popular", ao menos ns meios acadêmicos, um poeta aristocrático como o maldito baudelaire. espero que as pessoas não leiam baudelaire apenas com a lupa de benjamim - bauelaire vai mais longe, em profundidades mais temerosas que as análises sociológicas de benjamim. parabéns pelo texto

[Sobre "Benjamin e Baudelaire"]

por jardel
19/12/2002 às
12h08

Espetacular
Espetacular este artigo!

[Sobre "Novas leis de Murphy"]

por Vinicius Brown
19/12/2002 à
00h47

critica a oiticia
caros renata e eduardo, vocês contribuem para um momento importante: iniciar uma crítica à obra de oiticica. está, realmente, na hora de avaliar algumas obras "pobres" do hélio. coisas que se fazia em 1920 e que o Hélio só descobriu em 1960-70, repetindo o procedimento. projetos que aparentam uma inovação, quando na verdade não passam de apropriações de idéias já "antigas" dentro do projeto das vanguardas internacionais. mas é bom que a crítica seja consistente. um abraço, jardel

[Sobre "Parangolé: anti-obra de Hélio Oiticica"]

por jardel
18/12/2002 às
18h40

Xuxa merece alguma crítica ?
Sr. Lucas. Não acha que seu texto, mesmo tecendo críticas à Xuxa e seus filmes ridículos, deu até grande valor a essa "lixaiada" toda que temos que aturar em nossa midia ? Considero que os atores da rede globo, bem como amigos, filhos e apradinhados desta tal "Rainha Xuxa", um bando de hipócritas e infelizes; acho que não merecem crítica alguma, detalhada ou não, .. porque não passam de "NADA" do ponto de vista cultural; apenas continuam sujando a imagem da cultura construtiva, na qual estamos em falta ultimamente.

[Sobre "Santa Xuxa contra a hipocrisia atual "]

por David Samborn
18/12/2002 às
16h48

Tempestade em Copo D'água
Se na época de T.S. Eliot sentia-se como nunca que o homem havia perdido a grandeza, imagine nossa situação: se ser ególatra em nossos tempos é condição sine qua nom para se ser alguém! Nossa capacidade de compreender está na reserva: “não pode ouvir: porque quer falar”. ( Nietzsche ). Porque exaltar a fama póstuma na figura de apenas uma mulher indisciplinada, degenerada e acometida por rompantes de cio? É isso que a pode tornar digna de memória, sua sexualidade exacerbada? Se não, o que então? Mas O QUE ela produziu? Pessoas que querem viver o “glamour” são chatas, intrometidas e ansiosas. Mary McCarth, E. Wilson & Cia representam aquilo que Luckács chamou de o “carnaval do fetiche interior”. Também sintetizam muito do que há de tacanho e pequeno-burguês em termos de cultura, com a devida coloração da sobriedade pomposa característica do ambiente norte-americano. E. Wilson, atrás de seus ensaios românticos e dos relatos idiotas de suas experiências sexuais e “Mary”, a pop star “Madona” de sua época, não formam um lindo par de animais empalhados?

[Sobre "Mary McCarthy"]

por Diogo
18/12/2002 às
14h07

Errata
Prezado Julio, Gostaria de retificar o nome “ABC da Literatura” para “ABC da Relatividade”, este sim o “opúsculo” escrito por Bertrand Russel. Não obstante, o lapso não deixa de ser sugestivo, pois enquanto eu escrevia, pensava em Literatura, mais especificamente em Joyce, que por sua vez foi bastante ajudado por Ezra Pound, este sim autor do “ABC da Literatura” — livro que deveria ser pendurado no pescoço de todo pretenso literato. Não deixa de ser significativa também a tentativa do autor de “ABC da Literatura” de elevar as Letras ao status de Ciência, muitas vezes lançando mão de métodos comparativos utilizados pelos Biólogos para estudar Poesia, tomando os poemas por “lâminas” — o que deu a muitos ( inclusive aos três pedreiros patetas denominados “poetas concretos” ) ensejo para a comparação de Einstein com Pound. Disso tudo, podemos concluir: nossos lapsos nos instilam. No mais, Freud explica…

[Sobre "Einstein e os indícios do gênio"]

por Diogo
18/12/2002 às
11h07

Obrigado pela Dica!
Grande Dica! Conheço os roteiros de Moore (escritos, antes de serem desenhados) e já são uma obra de arte em si; vou correr atrás deste livro agora mesmo!

[Sobre "A Voz do fogo"]

por Alexandre Lobão
18/12/2002 às
09h49

Eu também prefiro
Hélio Oiticica era um artista medíocre, se chegou a tanto, e seu discurso era falho. Espero que o século 21 não tenha a mesma dificuldade para enxergar o óbvio que teve o século 20. Conceitos como "a obra de arte é apenas o ato artístico mumificado em um museu" não significam nada.

[Sobre "Parangolé: anti-obra de Hélio Oiticica"]

por Eduardo Arruda
17/12/2002 às
19h08

Valeu pela mensagem
Diogo, você me desculpe a demora na resposta. Obrigado por chamar meus textos de inteligentes. Agradeço igualmente a recomendação de Bertrand Russell (embora lembre sempre do conceito não muito elevado que Wittgenstein fazia desses volumes "não-filosóficos" do autor de Principia mathematica). De Elmann, tenho a biografia de Oscar Wilde; vou procurar a de Joyce. Abraços, valeu pela mensagem, Julio

[Sobre "Einstein e os indícios do gênio"]

por Julio Daio Borges
17/12/2002 às
11h15

Julio Daio Borges
Editor

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