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Quinta-feira, 13/5/2004
Comentários
Leitores

Love, love, love
Teoriza-se muito sobre o amor. Tudo já foi dito e explicado. Dissecaram o amor feito rã de laboratório. As mulheres -por exemplo- se tornaram tão obcecadas com esse "negócio" de amor e romantismo que perderam a essência de fêmeas que são, para se tornarem moçinhas casadoiras (como se diz lá em Portugal) com faro aguçado para enlaces financeiramente promissores. Esse troço de "Antropologia do Amor" é conversa pra boi dormir. O que todos nós queremos -Homens e mulheres- de verdade é descobrir os segredos da paixão. Ou seja, uma coisa bem diversa do amor.

[Sobre "Amar é..."]

por Gui
13/5/2004 às
14h50

Literatura e a dura realidade
Gostei de seu artigo e entendo perfeitamente a aflição que toma conta dos escritores, quando outras circunstâncias impedem de continuar escrevendo... lendo... escrevendo... lendo... E mesmo quando os mesmos se tornam "bichos estranhos", "alienígenas", que não seguem as regras dentro da normalidade social. Como casar, escolher certas profissões, ter filhos, usar roupas de grife e outros ornamentos da moda, enfim... uma infinidade produtos da indústria cultural, que os meios de comunicação nos empurram goela abaixo. E os sonhos e desejos de escrever nos jogam num abismo que não sabemos onde vai dar. Mas é um vício maravilhoso, que eu também não quero deixar e aprimorar cada vez mais. E, como no texto de Flaubert que você citou, cinema e literatura me fazem suportar a existência que me desvia de meus desejos mais secretos. Abraços, Nádia Costa

[Sobre "Escrever para não morrer"]

por Nádia Costa
12/5/2004 às
11h57

Roberto Carlos
Uriano, apesar de concordar que nos momentos mais cruéis da ditadura militar, de 1965 a 1974, Roberto Carlos compunha as melhores canções de seu repertório, não posso achar que ele fazia tudo que os mestres militares, com suas botas pisando duro em qualquer manifestação crítica ao regime, desejassem. Daí fazer uma comparação entre sua arte e o regime, vai uma grande diferença. Muitos músicos criativos na época também não faziam nenhuma menção à ditadura, como os próprios Mutantes, Jorge Ben e até a Elis Regina, que resolveu manifestar-se bem depois. Não é porque é um músico de sucesso que o sujeito precisa se manifestar politicamente. Até hoje o "Rei" é assim, nunca mostrou nenhum engajamento político. E como você colocou, foi o único a mostrar solidariedade através de sua arte, ao exilado Caetano Veloso, com uma linda canção, que, acredito, emocionou o remetente. Beijos, Nádia Costa (Assessora de Comunicação da Fundação de Saúde de Mato Grosso do Sul, Funsau/MS)

[Sobre "O Rei Roberto Carlos e a Ditadura"]

por Nádia Costa
12/5/2004 às
11h39

Demo o q?
Adriana, concordo em parte quando se afirma que a democracia, apesar de muito ruim, é o melhor sistema existente. Q a democracia é muito ruim basta ver a nossa, q só poderá funcionar bem o dia em q não for mais necessária, ou seja, quando formos todos cidadãos de primeiríssima qualidade. O parlamentarismo monárquico, tipo ingles, com uma câmara dos lords totalmente antidemocrática, e direitos medievais q um soberano ainda pode usar (não tem usado), parece-me o caminho a seguir. É o único sistema natural, criado aos poucos, pelos "ires e vires" da História. Sem muita teoria e incapaz de resistir a "críticas intelectuais", mas q funciona bem há uns 800 anos.

[Sobre "Detefon, almofada e trato"]

por pedroservio
11/5/2004 às
11h05

Fora de vista o que importa
Gente, essa discussão como um todo não procede, assim como o texto do colunista (ainda que bem colocado). É claro que ninguém se expôs com exaustão, para ficarem claras as opiniões, mas não faz sentido pensar em ditadura em detrimento de outro regime, que TALVEZ seria igual ou pior. É preciso trabalhar com o que temos em mãos. Todo mundo sabe que a esquerda mundial sempre foi burra e pouco preparada para implementar o que ela mesma propõe, mas, por outro lado, sabemos que a direita é extremamente bem preparada para fazer valer seus interesses, SOB QUAISQUER MEIOS. Isso é importante. Um erro não anula ou justifica outro. E é isso que parece no texto (apesar de que quero crer que não é a real opinião do autor). Classificar o AI-5 meramente como reação a quaisquer que fossem as pressões sobre os generais, por exemplo, me parece um atentado contra a democracia. Aquele foi um ato atroz, e pronto. Se havia outros atos atrozes na época, é outra conversa.

[Sobre "Desfazendo alguns mitos sobre 64"]

por Víktor Waewell
10/5/2004 às
20h11

Tenho dúvidas sobre 1964
Houve uma época, a do golpe ou revolução, como queiram chamar as ocorrências de 64, em que não se tinha dúvidas sobre a tomada de poder pelos militares - considerava-se que a atitude deles era correta. Alguns anos se passaram e a democracia voltou ao Brasil. Nessa época, tomei conhecimento do que havia ocorrido durante a ditadura militar (naturalmente tudo o que veio ao domínio público através de relatos pessoais, livros e mídia). Novamente não tinha dúvidas - fora um horror! Torturas, perseguições, mortes, arbitrariedades, etc... Não poderia concordar com tais fatos comprovados. Atualmente estou lendo o primeiro livro da série de Elio Gaspari, A Ditadura Envergonhada. Leio e reflito sobre o texto que me parece isento e imparcial. Sem dúvida, estávamos à beira de ingressar num regime que, na minha humilde opinião, seria um desatre onde haveria as mesmas perseguições e tudo o que aconteceu nos 21 anos de ditadura. Encontrávamo-nos entre a cruz e a caldeirinha... A cruz de um regime comunista onde os primeiros a desaparecerem seriam o Jango, acessores, Brizola e outras figuras que eram fantoches apenas. A caldeirinha representada pelos militares no poder. Venceu a caldeirinha... Pelo que tenho lido, a caldeirinha era uma desorganização sem par! Ninguém se entendia e havia entre eles uma luta pelo poder quase os levando a guerrear entre si mesmos. Às vezes, diante do que leio, chego a rir! O golpe ou revolução, excetuando-se a parte de violência, de censura burra a tudo o que cheirasse a esquerdismo, parece-me agora uma grande piada, bem à brasileira. O fato é que alguns militares mais sensatos não desejavam levar avante e permanecer no poder por 21 anos. Mas a confusão era tão grande que entraram e não sabiam como sair. Foi mesmo com esforço e passando por cima de alguns generais que a abertura teve início. Tenho dúvidas, sim... Será que havia necessidade de durar tanto? Seria necessária a tortura? Necessária??? Não,tortura nunca é necessária. Ela é, sim, condenável. Quanto à participação dos norte americanos, só não atuaram porque o Jango caiu sem mesmo dar um grito e a esquerda era tão desorganizada quanto o foi o golpe ou revolução. Realmente os EUA não precisaram "ajudar" em nada na queda do Jango. Mas caso fosse necessário, alguém tem dúvida de que eles estariam prontos a atuar? Creio que, na atual conjuntura, ninguém pode ter dúvidas quanto a isso. Minhas dúvidas são em relação ao ser humano. Até quando vamos tolerar a violência, parta de onde partir?

[Sobre "Desfazendo alguns mitos sobre 64"]

por Regina Mas
10/5/2004 às
04h36

Literatura futura
Creio que a salvação dos autores inéditos será com a revolução na internet, que possibilitará que sua obra seja conhecida fora de sua aldeia. Chegaremos lá.

[Sobre "Os desafios de publicar o primeiro livro"]

por Paulo Pegoraro
6/5/2004 às
17h00

Silvia Plath
Paulo: encontrei seu texto pesquisando sobre Silvia Plath, depois de ver o filme Silvia... Adorei seu senso de humor... me diverti muito e quis te dizer isso. Se não por outro motivo qualquer, pelo prazer da descoberta, por percorrer sua criação de caminhos através das palavras, que você usa tão bem, com sinceridade e parcimônia... Carmen

[Sobre "Está Consumado"]

por Carmen Teixeira
6/5/2004 à
00h01

Realidades
O sol nasceu para todos, a sombra só para alguns. Batido isso não? Mas uma grande verdade. Sonhar é bom, mas com os pés no chão. Desculpem mas sou muuuito realista. Boa Sorte. Su

[Sobre "Escrever para não morrer"]

por Suely
4/5/2004 às
21h25

grave erro: pluripartidarismo
Concordo com a tese de que, após tantos anos de autoritarismo, levaremos pelo menos o mesmo tempo para "iniciar" um processo de amadurecimento da democracia, que passa, não tenho dúvida, pela correçao de um grave erro: o pluripartidarismo. Essa forma de organização política, além de ser utilizada para o atendimento de interesses particulares ou coletivos de pequenos grupos políticos, impede a implementação de qualquer planejamento de governo, uma vez que o eleito não poderá, mesmo por aclamação, permanecer no governo mais que 8 anos consecutivos, o que considero muito pouco tempo para execução de projetos sociais ou não.

[Sobre "Detefon, almofada e trato"]

por Antonio Carlos
4/5/2004 às
20h46

Julio Daio Borges
Editor

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