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Quarta-feira, 26/10/2005
Comentários
Leitores

Quem tem medo de Nietzsche?
Bacana o texto. Nietzsche é ótimo, tão bom que chega a dar medo. Quando o ano estiver para acabar vou começar a ler a Genealogia da Moral... talvez seja um bom jeito de recomeçar.

[Sobre "A Auto-desajuda de Nietzsche"]

por Ana Claudia
26/10/2005 às
16h26

A burrice está na moda
Cara: sou advogado professor de história e lingüista formado em línguas indo-européias e em línguas mortas. Há 37 anos leciono latim, grego clássico e hebraico antigo - além do português. Acrescento, além da bandidagem glorificada, mais uma categoria de pessoas à lista dos anti-heróis do mundo moderno: os semianalfabetos diplomados. Em um foro de discussão na Internet sobre política internacional notei que a maioria das pessoas não brigava comigo por causa de minha visão anti-Bush mas por causa (pasmemos nós!)... do meu bom português. Uma delas implicou direto com minhas mesóclises, tachando de "barroco" e de "rococó" aquilo que em mim nunca passou do português bem escrito de qualquer pessoa que terminou, como eu, um bom ginásio antes de 1960. Hoje escreve-se tão mal que qualquer português bem escrito e sem muitos floreios passa por barroquismo à padre Antônio Vieira. Os jornalistas e advogados dão a tônica no analfabetismo diplomado que ora campeia. Não sabem numerais ordinais, erram em concordância verbal e nominal, transitivam (e, pior ainda, apassivam!) verbos intransitivos, usam anglicismos idiotas com eqüivalentes vernaculares e - para espanto nosso - erram até mesmo em ortografia! Passo intermináveis minutos corrigindo petições de colegas advogados, que além de não saberem português, ainda copiam muito mal os aforismos latinos com que enchem suas petições, na errônea presunção de que saber citar frases latim decorado seja prova de erudição. Também pudera: em um país onde uma nulidade como Paulo Coelho é tido por "literato" e no qual a cultura televisiva substitui os livros que quase ninguém lê, é bem difícil falar em cultura de massas. A burrice está na moda e dá "status" a quem dela desfruta. Fazer o quê? Continuar a luta inglória pelo resgate da língua e para que a cultura seja mais valorizada em uma sociedade em que o ter ou não ter parece ser mais importante do que o ser ou não ser. Eis a questão... Hamilton Carvalho, Petrópolis - RJ

[Sobre "O país dos imbecis"]

por hamilton carvalho
26/10/2005 às
14h48

As palavras e as coisas
Adriana, o Veríssimo escreveu, há muuito tempo, uma crônica bem humoradíssima sobre isso. Me lembro que ele falava sobre palavras como sílfide, borboleta, falava sobre palavras leves e pesadas, tudo com muito bom humor e criatividade. Só que eu tb sofro dessa sua doença: leio leio e leio e depois procuro procuro e procuro onde foram parar os textos mas nunca encontro. Abs.

[Sobre "A importância do nome das coisas"]

por Ana Claudia
26/10/2005 às
10h47

Wagner e o nazismo
Caro: A admiração de Hitler por Wagner não deve ou, pelo menos, não deveria depor contra a obra musical do grande nome do neo-romantismo alemão, até mesmo porque nenhum deles foi contemporâneo um do outro. A "culpa" por todo tipo de "sentimentos pró-nazistas" supostamente existente na obra de Wagner deve ser creditada apenas ao limitado círculo de admiradores daquilo que Otto Maria Carpeaux chamou de a "religião wagneriana", cultuada por causa de Cosima Wagner, "née" Cosima Liszt, no "santuário" do mundo musical wagneriano, que é o Festspielhaus de Bayreuth. Culpar Wagner pela barbárie nacional-socialista que acometeu a Alemanha de 1933 a 1945 é falsear a própria história, do mesmo modo como, a exemplo do que você colocou, igualmente é um absurdo vincular ao nazismo os pensamentos de Nietszche e de Schoppenhauer. Hoje é preciso "reabilitar" Wagner e remover, nem que seja à força, este ranço de "nazismo" que incompreensivelmente cerca a obra do mestre alemão, vinculando-a erroneamente aos delírios de grandeza do genial músico que ele foi. Sou advogado, também formado em história e em línguas indo-européias e em línguas mortas e, além do latim, do grego e do hebraico, leciono também o alemão. Aliás, minha tese de mestrado em história versou exatamente sobre a Primeira Guerra Mundial e o pan-gemanismo que arrastou o "kaiser" a uma aventura militarista nos Bálcãs que terminaria, após o atentado em Sarajevo em 1914, evoluindo para um conflito armado em escala mundial. Mas se Hitler gostava mesmo de Wagner - e sobre isto não pairam dúvidas - pelo menos não se pode acusar o tirano de ter tido mau gosto musical. Pelo menos isto... H. Carvalho, Petrópolis - RJ

[Sobre "Beethoven"]

por hamilton carvalho
26/10/2005 às
08h52

Carne novinha é bom...
Caro: Sobre o fato de o Glauco namorar menina nova o ridículo está na diversidade de mundos em que ambos vivem e não na idade de ambos. Carne novinha é bom e todo mundo gosta. Mas a Globo parece mesmo ter um compromisso com a homossexualidade, que agora está caminhando para ser quase "compulsória" no Brasil. No afã de posar de "progressista" e de discutir o preconceito contra a homossexualdade, a Globo está caindo no outro extremo, a ponto de sutilmente estar começando a surgir no Brasil um outro preconceito contra o qual ninguém fala: o preconceito contra os heterossexuais. Outro dia, o cartunista de um jornal de minha cidade fez uma "charge" notável, em que colocava um papo entre o Júnior e o Tião. O Júnior dizia: "Ih, Tião. Você deve ser 'tarado'. Só pensa em mulher. Nunca pensei que você fosse tão 'careta'". É isto aí. Gostar de mulher hoje é sinônimo de caretice. Será que o pro-homossexualismo global tem a ver com o desregramento em que vivem diariamente os artistas nos estúdios da Globo? Não são poucas as pessoas conhecidas minhas que trabalharam lá e que reafirmam que os bastidores da "utopia" global são piores do que Sodoma e Gomorra. H. Carvalho, Petrópolis - RJ

[Sobre "A novela América e o sensacionalismo de Oprah"]

por hamilton carvalho
26/10/2005 às
08h27

Para que isso?
Adriana: vc vai no "ponto" certo. Também acho esquisito a pessoa dar depoimento no Orkut sobre amigos. Para que isso? Qual a finalidade? Quando temos um amigo, pega-se o telefone e conversa-se, não é? Nunca as pessoas ficaram tão expostas. Não sei se é bom ficar tão visível. O importante é que vc está com olhos atentos para o que anda acontecendo. Parabéns pela matéria. Carolina Falcone

[Sobre "Por que eu não escrevo testimonials no Orkut"]

por Carolina Falcone
25/10/2005 às
23h05

d-u-c-a-r-a-l-h-o
Antes de mais nada, você não imagina quantas vezes voltei no início do seu texto pra ver a que erro de português todo mundo estava se referindo... tem certeza que isso não é golpe seu pra gente ficar voltando e voltando e voltando no texto? Mas então, só entrei aqui pra dizer que amei o seu texto, bem escrito pra caraaaaaalho, adorei os argumentos e essa tática de refutá-los pra poder continuar a defendê-los, achei d-u-c-a-r-a-l-h-o. Bom mesmo. Meus filhos te chamaram de autista, faz sentido, faz sentido... mesmo assim, adorei (nada contra os autistas, ôôôô politicamente corretos de plantão !). Eu tenho um blog, e é isso mesmo que você falou aí, principalmente no que diz respeito ao reality show ao contrário. Ótimo! E o desenho do cara com a luneta virada pra ele no link assim blogava Zaratustra? Muuuito bom. P.S – gostaria de ter ido na festa... bem que vcs podiam fazer uma aqui no RJ

[Sobre "A internet e os blogs"]

por Ana Claudia
25/10/2005 às
22h59

Inocente ou culpado?
Séra inocente ou culpado? Isto era o que muita gente deveria perguntar. O problema é que as pessoas que nao perguntam apontam logo o dedo, mas isso está mal feito, como é evidente. Nao devemos acusar sem saber se na verdade sabemos o que estamos a dizer. Para podermos acusar temos que saber do que estamos a falar, principalmente quando se trata duma pessoa conhecida, temos que por em evidencia o que pode acontecer se lhe apontarmos o dedo, como no caso do michael perde o seu sonho, que era ser cantor, nós com certeza nao gostariamos que nos apontassem o dedo sem ser verdade o que se passa. Nós só vivemos 1 vez e que pelo menos 1 vez na vida consigamos acabar com o nosso sonho concretizado de forma saudavel, o que do mesmo modo o do michael nao tenha acabado. Gosto muito do michael, nao sou sua fã, mas aprecio muito as suas musicas, acho que foi um grande cantor que se perdeu, (e tambem acho que o michael jackson deveria voltar a cantar). Mas, se nós formos a ver, ele sempre se deu bem com crianças, o que nao possa dizer que é inocente, mas tambem nao possa dizer que é culpado. Neste comentário nao o estou a acusar nem a dizer que é inocente, mas a dizer que acusar numas simples palavras é facil, agora ter as provas é que é mais dificil. Faço a seguinte pergunta: Será que alguem que o acusou sabe do que falou, ou será que o fez por inveja?

[Sobre "O enigma de Michael Jackson"]

por Ana
24/10/2005 às
18h39

Resposta a João
Bela análise: os artistas estão se repetindo. Não sei se a arte, mas os artistas, sem dúvida. Talvez eu possa compreender isso como uma tentativa de afirmar identidade, marcar presença. Um filme do Woody Allen já é uma característica, uma marca. Sabemos o que esperar. Isso é bom ou ruim? Boa pergunta. Talvez se o Jô Soares parasse de se repetir, fizesse um belo romance. Então é ruim. Mas para que Saramago mudará seu jeito? Enfim, creio que a Globo poderia parar de se repetir porque pode --- isso pode ---, fazer belos trabalhos dramatúrgicos. Como tem feito bons filmes.

[Sobre "Bang bang: tiroteio de clichês"]

por Marcelo Spalding
24/10/2005 às
15h07

Cia. das Letras ou Record?
É inesgotável e fascinante o que você chama de Romance de Formação. Parabéns pela abordagem, captaste as angústias de quem aspira ser escritor sem, sequer, saber o que é ser escritor. Por acaso é publicar um livro pela Cia. das Letras ou Record? É ter seu livro na vitrine? É ganhar um prêmio? É simplesmente escrever? É ser bom ou é vender bem? Decerto que precisamos nos atualizar sobre essas questões, assim como a mídia e, especialmente, a academia.

[Sobre "J.M. Coetzee e o romance de formação"]

por Marcelo Spalding
24/10/2005 às
15h02

Julio Daio Borges
Editor

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