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Sexta-feira, 10/9/2010
Comentários
Leitores

Ler desperta a curiosidade
Quando há filhos que comportam-se, que leem, estes com certeza tiveram o privilégio de um processo educacional, que é cada vez mais raro. Continuar a educar os nossos filhos pra terem uma leitura de mundo que privilegie o respeito ao próximo é ótimo, e, quando é alguém que lê, é excelente. Desperta a curiosidade e refina a intelectualidade.

[Sobre "A Bienal do Livro ― diário de bordo"]

por Manoel Messias Perei
10/9/2010 às
16h02

Feliz escolha do tema
Caro Rafael, maravilha de texto! Lá no EAE (Escritores, Autores e Editores) temos conversado sobre isso. Surgiram até ideias de eventos abertos em locais públicos, como o Metrô, com palestras ou debates com o autor. Você foi muito feliz na escolha do tema. Abraços.

[Sobre "Escrevemos para nós mesmos (?)"]

por Silvio T Corrêa
10/9/2010 às
15h47

Os meus estão encalhados
Oi, Rafael. Sempre achei que a humanidade tem muita violência porque "dizem" que o homem comecou "primitivo" e "ignorante". Como não penso assim, escrevi um livro em que descrevo um comeco com homens que viviam em harmonia e usavam a telepatia, comiam pouquíssimo e que foram dispersos por cataclismas inevitáveis, e, por isso, tornaram-se cruéis. Já enviei o livro para o Mel Gibson, para fazer um filme sem violência, mas como nao é "tema atual" ou porque está em português, não deu resultado. Meus 300 livros editados pela Scortecci estão encalhados, debaixo da cama. Acabei dando muitos para amigos. Abracos, M'Anna.

[Sobre "Escrevemos para nós mesmos (?)"]

por Maria Anna Machado
10/9/2010 às
13h43

Ato de pura vaidade
A maior parte das centenas ou milhares de criaturas que se pretendem escritoras sabe, muito bem, que não tem a menor chance de "emplacar" um trabalho qualquer, seja uma coletânea de contos, um ensaio, um romance ou mesmo uma autobiografia. A facilidade de se produzir um objeto-livro, independente do conteúdo, bastando pagar e receber qualquer tiragem que caiba no bolso do pretenso autor, está ajudando aos egos mais afoitos, na grande façanha de tornar-se "escritor". O oportunismo também produz "autores" escondidos na sombra dos "ghost-writers" e, aí, tome "celebridade" contando a própria historia de sucesso, meretrizes descrevendo sua gênese profissional etc. e tal... Escrever para si mesmo é catarse, é purgação, é um prazer ingênuo ou um ato de pura vaidade. Se não for para ser lido, pra que escrever? A outra ponta também precisa ter qualidade. Com 51% de adultos sem o ensino médio completo, a coisa fica difícil. Não dá para comparar os mercados brasileiro e americano.

[Sobre "Escrevemos para nós mesmos (?)"]

por Raul Almeida
10/9/2010 às
12h31

Só agradam aos críticos
Caro Rafael Rodrigues, andei pensando sobre este assunto hoje pela manhã, e, posteriormente, ao receber o e-mail do Digestivo Cultural, encontrei o seu texto, por pura coincidência. Estive exatamente pensando, e me indagando, por que alguns autores, especialmente poetas e contistas, fazem questão de escrever apenas para si, para críticos literários e para alguns outros escritores que gostam do que eles escrevem. Não pensam em momento algum, pelo que percebo, ou se pensam não fica patente este pensamento, no público leitor. Mas eu me refiro sem demagoria, ao cidadão comum, que em sua maioria acaba se distanciando dos autores por acharem os textos de difícil entendimento. Longe de ser político, mas se um escritor não consegue se comunicar com um leitor comum, é porque seu texto está complexo, prolixo, pedante, enfim, creio que só serve para agradar críticos literários, e outros autores que apreciam o mesmo estilo. Bom, por falta de espaço vou ficando por aqui. Abraços.

[Sobre "Escrevemos para nós mesmos (?)"]

por Sergio Tavares
10/9/2010 às
12h23

Movimento literário constante
As imagens que marcaram: autor de quadrinhos tratado como popstar e milhares de pessoas consumindo literatura, concordo, são imagens de Bienal. Mas note, o nome já diz: Bienal, movimento a cada dois anos. A educação que transforma o bruto tem que ser diária, cotidiana. A Bienal, sem desmerecê-la, é elitizada, para poucos. Precisamos que saraus, feiras de livros, movimentos literários periféricos sejam incentivados, precisamos que a literatura não tenha apenas palco para estrelas, estas ficam longe da terra. Há que se trabalhar na comunidade em que se vive, juntando a família e amigos para ler uns aos outros, tal qual fazemos para jogos de futebol e último capítulo de novela. Isto, sim, seria impressionante. A Bienal é maravilhosa, mas também, com as verbas e incentivo que tem, não poderia ser diferente. É um evento livreiro que marca a vida, precisamos de movimento literário que componha a vida.

[Sobre "A Bienal do Livro ― diário de bordo"]

por Eliana de Freitas
10/9/2010 às
11h48

É preciso pensar nos leitores
Há uma diferença entre escrever para si mesmo e não importar-se com os leitores. Melhor dizendo, escrever para si mesmo é mais "escrever o que quer, sem preocupar-se em agradar", o que é uma atitude correta por parte do escritor, que não se vende a um segmento qualquer, social, político, ou de consumo. Mas preocupar-se com leitores é essencial. No entanto, a dificuldade principal continua sendo a distribuição: eu publiquei um romance às minhas custas, tenho distribuído gratuitamente, pois essa era a finalidade: divulgação. Mas mesmo uma distribuição gratuita é problemática, e, por incrível que pareça, há veículos de divulgação cultural que se recusam a ajudar um empreendimento assim, e mesmo o livro sendo gratuito cobram para divulgá-lo!

[Sobre "Escrevemos para nós mesmos (?)"]

por Gil Cleber
10/9/2010 às
11h41

Não é tão simples assim
Caro Rafael, querer ser lido é inerente à maioria dos autores, mas atingir este objetivo não é "simples assim". Se você não é um autor conhecido, vai à Bienal para autografar e fica horas sem vender um único livro. Mesmo que você bata altos papos com leitores, troque ideias incríveis, somente um, outro ou mais provavelmente nenhum, comprará o seu livro. A não ser que, além de escritor, você seja bom vendedor. E note que, para chegar lá, no Anhembi, você teve que ter agenda livre, pagar combustível, estacionamento e, se passar o dia, terá que comer. Sem nenhum livro vendido, a verba terá de ter vindo de outra fonte de renda. Outro ponto: se você não está estabelecido por uma editora, não tem ponto de venda na Bienal, nas livrarias ou na Flip. Em Paraty, autores que vendiam seus livros na rua foram repreendidos por policiais. Esses são os fatos que não nos permitem sermos lidos.

[Sobre "Escrevemos para nós mesmos (?)"]

por Eliana de Freitas
10/9/2010 às
11h08

Circo político brasileiro
Parabéns pelo excelente texto, Marcelo! Concordo com grande parte dos comentários, mas percebo, infelizmente, que o quadro traumático vivenciado pela política continuará ainda o mesmo enquanto nós, integrantes de uma "elite escolarizada", segundo o comentário feito por Regina acima, formos minoria. Li uma estatística assustadora que reforça os comentários: apenas um em cada quatro brasileiros é completamente alfabetizado, de acordo com pesquisa da INAF de 2005 sobre os indicadores de analfabetismo funcional (Fonte: "Analfabetismo e a Inviabilidade do Brasil", Gustavo Ioschpe). Enquanto for este o quadro, sinto que teremos diversos palhaços fazendo sucesso no circo político brasileiro.

[Sobre "A quem interessa uma sociedade alienada?"]

por Gabriel Marques
10/9/2010 às
11h00

Luta contra a moda e a mídia
Olá, sou poeta gaúcho e muito apreciei o ritmurbano deste teu texto. Uma viagem de comparações e de possibilidades num universo onde a poesia está em primeiro plano. Foi legal saber que no México a vida cultural acontece e é valorizada. Nestes Brasis continuamos lutando contra a moda e a mídia, na sua (des)função diária de alienação popular. Abraço.

[Sobre "Tempo vida poesia 3/5"]

por Ricardo Mainieri
10/9/2010 às
10h53

Julio Daio Borges
Editor

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