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Segunda-feira, 13/12/2004
Perguntas & Respostas
Julio Daio Borges


Como fica a revista e como fica o site depois deste primeiro encontro?
A idéia é manter a Parceria Digestivo CulturalGV-executivo em 2005. Para isso, a partir desta edição da revista, e da sua divulgação, o Digestivo Cultural vai buscar outros Parceiros que viabilizem, por meio de anúncios na GV-executivo, sua permanência lá. Por enquanto, existe o desejo de ambas as partes de continuar – mas ele só se converte em realidade se puder sustentar as colaborações e o trabalho adicional de produção da GV-executivo.

E o site segue no mesmo ritmo? Qual é o futuro do Digestivo Cultural depois dessa primeira incursão em papel?
O Digestivo sempre alimentou essa ambição saudável de “virar papel” – e, desde o primeiro convite que recebeu em 2002, é um grande feito que isso tenha acontecido em apenas dois anos. Lógico que o nosso negócio continua sendo a internet; e lógico que mantemos o desejo de, um dia, editar uma revista inteira do Digestivo Cultural. Trocando em miúdos: o site segue como sempre seguiu e a revista será levada em paralelo, com conquistas passo a passo.

Quais as grandes diferenças entre editar o Digestivo Cultural na internet e editá-lo dentro de um suplemento na GV-executivo?
Primeiro, o timing. Na internet, optamos pela atualização diária e os textos seguem ainda “quentes” para os Leitores. Na revista, trimestral, havia mais tempo, mas, em contrapartida, tínhamos de trabalhar pautas mais perenes, que não ficassem velhas no próximo mês ou na próxima semana. Depois, em termos de estrutura. O Digestivo, como toda iniciativa digital, sempre teve uma estrutura enxuta, onde cada colaborador era, além de redator, um pouco editor, publisher, revisor e, de certa forma também, ilustrador e diagramador. Na revista, tivemos o apoio do Pedro F. Bendassolli, nos ajustes de formato, e do José Rubens Izzo, em toda a parte gráfica. Sem contar a supervisão do próprio Thomaz Wood Jr. e as ilustrações da Yara Mitsuishi (antiga colaboradora do Digestivo). E sem contar, é claro, o staff da FGV.

O Digestivo Cultural, nesta Parceria com a GV-executivo, pode estar inaugurando uma tendência para outros sites e iniciativas eletrônicas?
É possível. E isso já acontece, por exemplo, com o No mínimo – que vende seu conteúdo para jornais, como O Estado de S. Paulo (a coluna do Arthur Dapieve, por exemplo, é publicada simultaneamente na internet e no Estadão). A renovação da imprensa escrita acontece hoje através da internet, e disso ninguém duvida. A mídia impressa, no Brasil, permaneceu anos estagnada ou desmantelando suas redações, de tal forma que os quadros se mantiveram os mesmos embora novas gerações tenham chegado. É consenso, por exemplo, que a grande mídia, se quiser se manter forte, terá de dialogar com o público da internet – as novas gerações de leitores já estão aí, batendo à porta...

Assim sendo, não é um contra-senso sair da internet (digamos, do “futuro”) para o papel (o “passado”)?
Não, porque o Digestivo não acredita que as publicações em papel vão se extinguir. Elas vão apenas se adaptar – e essa adaptação passa pela absorção da chamada “geração internet”. Embora a mídia impressa tenha combatido muito, no início, a Web, vai, como disse o Zagalo, “ter de engoli-la”, no bom sentido. E o Digestivo também acredita num público que preferirá consumi-lo em forma de revista. Um público que pode ser atingido preferencialmente através desse meio. Fora que a “sustentação” de uma versão em papel talvez permita vôos mais altos em termos de jornalismo. A internet, naturalmente, tem outras limitações que o papel não tem. Em resumo, ao contrário do que muitos acreditavam, a internet não matou o papel – apenas o modificou. São diferentes mídias – e o Digestivo tem interesse em trabalhar com as duas.

Quais são os próximos projetos para o Digestivo Cultural em 2005?
Além da manutenção do suplemento cultural dentro da revista GV-executivo, o Digestivo está se preparando para editar antologias de seus textos (em livro) em seu aniversário de 5 anos, no segundo semestre de 2005. Já no primeiro semestre do ano que vem, estamos estruturando uma idéia, junto com a Livraria Cultura, de lançar algumas iniciativas, digamos, “ao vivo” (fora da internet), como entrevistas, debates, palestras, etc. Como são projetos ainda embrionários, não temos muito mais detalhes para passar. Aguardem e, por enquanto, leiam a GV-executivo...!


Julio Daio Borges
Segunda-feira, 13/12/2004

 

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