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Quarta-feira, 19/4/2006
Companhia das Letras no Digestivo Cultural
Julio Daio Borges


Sailing Ships In Harbor, óleo da Dargate Auction

Eu já contei, aqui, que gastei meu primeiro salário em uma loja da Livraria Cultura, logo que o saldo bateu na minha conta. (Saquei no caixa eletrônico.)

Antes, porém, eu, como quase todo mundo na minha geração, quis ser escritor e publicar um livro pela Companhia das Letras.

Na época da faculdade, passei tardes inteiras lendo Rubem Fonseca. Cada livro anterior dele que eu encontrava, e que havia saído pela Companhia, era uma festa.

Via o Ruy Castro na televisão (sim, eu já assisti a televisão) e descobria o Nélson Rodrigues graças às suas coletâneas de Mau Humor.

Fui um dos primeiros a comprar o Chatô, do Fernando Morais, e foi esse um dos livros que mais me marcou. (Vinte e sete reais, no Carrefour.)

Paulo Francis, Waaal – li até em mesas de restaurante. Diogo Mainardi se proclamando O Pior Escritor do Mundo. Shaw. Mencken. Piza.

E, de repente, o Digestivo começou a receber os livros da Companhia das Letras. Eu ia lá e pegava o que eu queria. Simplesmente não era possível...

Hoje, desde a semana passada, na verdade, somos Parceiros da Companhia das Letras. Uma das maiores editoras do Brasil – junto com a Record, outra Parceira.

O Luiz Schwarcz conseguiu fazer, de uma editora, uma grife; e, de um livro, um objeto de desejo. Não é à toda que todo mundo quer ser escritor (ainda)...!

Julio Daio Borges
Quarta-feira, 19/4/2006

 

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