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Quarta-feira, 19/4/2006
Vivo e leve

Julio Daio Borges




Digestivo nº 275 >>> Começou com uma homenagem a Magda Tagliaferro, que havia acabado de falecer. Gilberto Tinetti preparou uma série de gravações e montou programas para a Cultura FM de São Paulo. Fez sucesso; gostaram. Ficou. Está lá há quase 20 anos, à frente do Pianíssimo, de segunda a sábado, nos 103.3 Mhz, às 14 horas. “Tinetti, tem repercussão?” “Lógico! Se não tivesse, eu não faria aquela edição semanal só pedidos dos ouvintes...!” Gilberto Tinetti se aposentou das aulas, pela ECA/USP, e agora só dá cursos de interpretação em sua residência. É de 1932, passa, portanto, dos 70 anos, mas, se você o visse, continua lépido. E suas mãos ainda voam sobre o piano. Quem esteve no segundo concerto da Temporada 2006, da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano – que ele, há anos, comanda –, pôde apreciar duos de Schumman, Debussy, Ravel e Brahms. Ao lado de Watson Cis, seu colega de Trio Brasileiro (Erich Lehninger não compareceu, por conta de um mal súbito, mas já anuncia que está recuperado). Sob os aplausos, voltaram, e uma senhora, na segunda fila, com certa intimidade perceptivelmente sussurrava: “Qu’est-ce que tu vas jouer maintenant?”. Mendelssohn, n’est-ce pas? Pena que o Trio Brasileiro tenha gravado tão pouco. 5 LPs (!) e 1 CD. O último é de 2004, pelo selo Lami, inteiro dedicado ao repertório brasileiro contemporâneo. Nas ondas do rádio, em compensação, Tinetti se espraia sem concorrentes. E ao contrário dos apresentadores de outros gêneros musicais – que se acomodam sob o jabá, sob as amizades ou sob a própria preguiça –, Gilberto Tinetti sempre tem uma boa novidade para mostrar.
>>> Trio Brasileiro - Concertos 2006 - Fundação Maria Luisa e Oscar Americano
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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