Digestivo nº 275 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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DIGESTIVOS

Sexta-feira, 21/4/2006
Digestivo nº 275
Julio Daio Borges
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+ 1 Comentário(s)




Teatro >>> Corpo de Baile
O folheto fala da história de um casal, mas, no palco, estão só dois atores. Eles narram... No escuro. As vozes se intercalam. Aceleram; atrasam – é uma história. A do casal. As luzes vão se ascendendo e eles praticamente dançam enquanto ainda contam – e protagonizam – a tal história. Se você já ouviu falar de “linguagem” no teatro, mas nunca entendeu direito do que se tratava, aí está a sua oportunidade. Agreste é uma montagem consagrada, por público e crítica, que começou, para variar, sem apoio nenhum, e que, há três anos, se firmou. Está agora no Tuca(rena) e é o resultado do trabalho da Companhia Razões Inversas, que nasceu em 1990, com a primeira turma de artes cênicas da Unicamp. O minimalismo, se você quer uma aproximação cinematográfica, lembra Dogville (2003), de Lars von Trier. As marcações, também. Já a revelação post-mortem lembra o Grande Sertão: Veredas. Mas ao contrário do livro de Guimarães Rosa, depois da grande revelação Agreste ainda continua, e as reviravoltas, trágicas, então, acontecem. Paulo Marcello e João Carlos Andreazza, os atores, estão incrivelmente bem e – claro que com um texto bem trabalhado, de Newton Moreno (direção de Márcio Aurélio) – dão conta de uma multidão de personagens. Direta e indiretamente. Além da história do casal, você, espectador, “enxerga”, fora a vida num casebre ermo, a rotina numa cidade inteira, ou num povoado, com as tradicionais figuras: padre, coronel, etc. O virtuosismo é deles, Paulo e João Carlos. Se você não entende como alguém pode estudar artes cênicas, vendo Agreste, vai começar a entender. E, de repente, também vai querer estudar... [Comente esta Nota]
>>> Agrestes - Newton Moreno - Márcio Aurélio (entrevista) - Tuca
 



Música >>> Vivo e leve
Começou com uma homenagem a Magda Tagliaferro, que havia acabado de falecer. Gilberto Tinetti preparou uma série de gravações e montou programas para a Cultura FM de São Paulo. Fez sucesso; gostaram. Ficou. Está lá há quase 20 anos, à frente do Pianíssimo, de segunda a sábado, nos 103.3 Mhz, às 14 horas. “Tinetti, tem repercussão?” “Lógico! Se não tivesse, eu não faria aquela edição semanal só pedidos dos ouvintes...!” Gilberto Tinetti se aposentou das aulas, pela ECA/USP, e agora só dá cursos de interpretação em sua residência. É de 1932, passa, portanto, dos 70 anos, mas, se você o visse, continua lépido. E suas mãos ainda voam sobre o piano. Quem esteve no segundo concerto da Temporada 2006, da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano – que ele, há anos, comanda –, pôde apreciar duos de Schumman, Debussy, Ravel e Brahms. Ao lado de Watson Cis, seu colega de Trio Brasileiro (Erich Lehninger não compareceu, por conta de um mal súbito, mas já anuncia que está recuperado). Sob os aplausos, voltaram, e uma senhora, na segunda fila, com certa intimidade perceptivelmente sussurrava: “Qu’est-ce que tu vas jouer maintenant?”. Mendelssohn, n’est-ce pas? Pena que o Trio Brasileiro tenha gravado tão pouco. 5 LPs (!) e 1 CD. O último é de 2004, pelo selo Lami, inteiro dedicado ao repertório brasileiro contemporâneo. Nas ondas do rádio, em compensação, Tinetti se espraia sem concorrentes. E ao contrário dos apresentadores de outros gêneros musicais – que se acomodam sob o jabá, sob as amizades ou sob a própria preguiça –, Gilberto Tinetti sempre tem uma boa novidade para mostrar. [Comente esta Nota]
>>> Trio Brasileiro - Concertos 2006 - Fundação Maria Luisa e Oscar Americano
 



Cinema >>> Estrela Solitária
Prepare-se para a enxurrada de produtos no embalo da Copa do Mundo. Ainda estamos relativamente longe, mas já dá para sentir o cheiro... Boleiros 2. Ugo Giorgetti foi genial em retratar os tipos da metrópole, em Sábado (1995); foi interessante em Festa (1989); e foi engraçado em Boleiros (1998). Mas, não fosse a pressão da Copa 2006, não havia necessidade de uma seqüência... Já em Boleiros 1, algumas histórias, as últimas, se arrastavam um pouco – imagine, agora, num segundo Boleiros. A inspiração estava na primeira versão, não adianta; a segunda se apresenta apenas como uma piada forçada. Salva, claro, alguma crítica ácida (embutida). Como aquela, meio velada, meio aberta, aos Ronaldinhos da vida. Muita promoção, pouco futebol. Muito dinheiro e muito desprezo por parte dos craques do passado. Pouco cérebro, muito cerebelo, e dá-lhe maria-chuteira. Cicarelli, Milene... – estão todas ali representadas. E “Marquinhos”, o protagonista, é uma mistura, física, entre o primeiro e o segundo Ronaldinhos. Passa(m) como uma nuvem, sem importância. Em Boleiros 2, chama a atenção, ainda, a presença de caras novas (finalmente) e de algumas situações inusitadas. Fernanda D’Umbra – que até tem um blog onde registrou o teste para o longa, aparece impagável –, como uma típica repórter da Folha: cabelo na testa, meio descolada, um pouco desorientada e com um ar permanente de intelectual. (Com muitas idéias próprias, sobre seu trabalho.) Já Lavínia Pannunzio – que está sendo reconhecida e que participou, inclusive, da última montagem do Godot – faz a advogada do irmão presidiário, que vive extorquindo o empresário do jogador famoso. Giorgetti é dono de uma percepção rara, inegável. Pena que nem sempre seus filmes emplaquem. [Comente esta Nota]
>>> Boleiros 2 (entrevista)
 
>>> EVENTOS QUE O DIGESTIVO RECOMENDA



>>> Palestras
* Futebol e sociedade: Itália e Brasil se confrontam
Beppe Severgnini, Xico Sá e Ugo Georgetti
(Qua., 26/04, 19h30, CN)

>>> Noites de Autógrafos
* Brasil – Primeiro Tempo - Aloizio Mercadante
(Seg., 24/04, 19h00, CN)
* Histórias que o dinheiro conta
Renato Torelli e André Cintra
(Ter., 25/04, 18h30, CN)
* Cooperativas - Alessandra Scapin
(Qua., 26/04, 18h30, VL)
* Águas doces no Brasil
Benedito Braga, José Galizia Tundisi, Aldo da Cunha Rebouças
(Qua., 26/04, 19h00, CN)
* Compreender e aplicar Sun Tzu - Pierre Fayard
(Qui., 27/04, 19h30, CN)

>>> Shows
* Tom no Villa - Trio Câmara
(Seg., 24/04, 20h00, VL)
* Traditional Jazz Band – 40 anos - Traditional Jazz Band
(Sex., 28/04, 20h00, VL)

* Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos (VL): Av. Nações Unidas, nº 4777
** Livraria Cultura Conjunto Nacional (CN): Av. Paulista, nº 2073
*** a Livraria Cultura é parceira do Digestivo Cultural

 
Julio Daio Borges
Editor
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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
20/4/2006
13h09min
Magda Tagliaferro merece todas as homenagens, pois foi uma pianista que formou uma geração de pianistas. Sempre em busca da perfeita interpretação das obras, dedicou sua vida à música.
[Leia outros Comentários de Clovis Ribeiro]

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