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Quarta-feira, 24/1/2001
Tudo o que tem a fazer é ficar parada com cara de estúpida

Julio Daio Borges




Digestivo nº 17 >>> Exame, a revista corporativa, resolveu esmiuçar a escalada e as conquistas das mulheres no trabalho desde 1970. Embora, logo de saída, não haja comparação possível entre uma trajetória de séculos (masculina) e uma de décadas (feminina), Exame procurou razões para explicar o seguinte paradoxo: se as mulheres estão sendo contratadas, desde a base, em pé de igualdade com os homens, por quê é que no topo elas continuam em minoria escassa? Há um tempo atrás, prevalecia a teoria de que esse mundo - com seu cartesianismo, com suas máquinas, com sua objetividade - era lugar para homens, biologicamente e historicamente mais equipados que as mulheres, pouco afeitas ao racionalismo, ao mecanicismo, à praticidade. Hoje, essa teoria caiu por terra: primeiro, porque as mulheres se adaptaram (e pilotam qualquer engenhoca); segundo, porque as mulheres mostraram-se dotadas de certos talentos (insuspeitados) que os homens não têm; terceiro, porque a humanidade caminha para a androginia, em que os sexos e suas disparidades tendem a se diluir, cada vez mais. Onde está a resposta para o paradoxo então? A resposta está no tempo, e no amadurecimento daqueles que ainda vivem o dualismo estanque entre os dois sexos.
>>> Exame
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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