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Quarta-feira, 31/1/2001
Estou para publicar, podem morrer

Julio Daio Borges




Digestivo nº 18 >>> Mário Covas está morrendo há três anos na imprensa. Ainda causa rebuliço, contudo, a maneira com que se expõe, e o pouco caso com que trata a própria doença. Leva-nos a refletir sobre a morte, e os seus significados, numa sociedade tão pouco espiritualizada quanto essa em que vivemos. Chamam Covas de herói, porque ele resiste à morte, porque ele a combate, porque ela é o inimigo maior contra o qual lutamos desde que nascemos. Esquecem-se, porém, de que morrer é tão natural quanto nascer, de que a morte está dentro da vida, de que o ato de morrer é só mais um ato dentre os tantos outros que, inescapavelmente, teremos de viver. Não existe, portanto, vergonha ou covardia em aceitar a morte resignadamente. Quem sabe haja até muito mais heroísmo do que no desejo vão de querer colocar-se acima das leis que regem a vida dos homens desde o início dos tempos.
>>> Observatório da Imprensa
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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