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Quarta-feira, 24/1/2007
Um presente para Luís XIV

Julio Daio Borges




Digestivo nº 313 >>> Maurício de Nassau – pai da invasão holandesa no Brasil do século XVII – teve, em 2006, um bom ano para si, com o lançamento do bastante elogiado perfil, por Evaldo Cabral de Mello, dentro daquela coleção da Companhia das Letras. E a entourage de Nassau recebeu, também, uma homenagem à altura, mais especificamente o pintor Frans Post, com seu primeiro catálogo raisonné (volume único com sua obra completa), pela editora Capivara, de Bia e Pedro Corrêa do Lago. Apesar do termo “invasão”, é sabido e notório que os holandeses, nas décadas em que ocuparam o Nordeste do País, realizaram uma contribuição cultural sem precedentes, a ponto de seu legado ser estudado, justificadamente, até hoje. Esse Frans Post (1612-1680): obra completa é uma amostra exuberante da sensibilidade de Nassau, que, com sua iniciativa de registrar as paisagens brasileiras, produziu, justamente, o primeiro registro que se tem das Américas desde a sua descoberta. Impossível não se deixar transportar para Recife, Olinda, a ilha de Itamaracá e o rio São Francisco, entre outras lindas paisagens, nos 1600s, graças às reproduções e às explicações pormenorizadas dos autores. Além dos Corrêa do Lago, foram convidados Frederik J. Duparc, diretor da Casa de Maurício de Nassau em Haia, para falar de pintura holandesa do século XVII, e George Gordon, diretor da Sotherby’s de Londres, para analisar tecnicamente a pintura de Frans Post. Esse catálogo, além de ser um feito de importância artística mundial, é um acontecimento em matéria de história da arte brasileira, até para lembrar que, sim, o Brasil inspirou (e ainda inspira) grandes homens a grandes realizações.
>>> Frans Post (1612-1680): obra completa
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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