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Segunda-feira, 26/3/2007
Várzea

Julio Daio Borges




Digestivo nº 322 >>> As revistas estão numa indefinição lascada. Aquelas feitas para serem em papel, com projeto gráfico e tal, se são cobradas, ninguém compra; se são eletrônicas, tornam-se lentas ou até rápidas mas perdendo todo o charme. As manifestações artísticas em forma de revista talvez sejam as que melhor sobrevivem – porque não estão pensando em sobrevivência econômica apenas (hoje um sonho impossível), estão pensando em, de repente, resistir, em comunicar algo e contam com algum apoio “ex machina” para sair em papel, ponto. Parece ser assim o caso da PKdoZine, do Coletive0508, que sai, aparentemente, a cada estação, e sem muita explicação. Eminentemente gráfica, o que talvez funcione melhor do que na internet, a edição deste Verão 2007 apresenta o núcleo BijaRI, entrevista Judith Lauand, a artista mais longeva do Concretismo, fala de street art (meio “anos 80”, mas tudo bem), inclui um caderno sobre a exposição Atos Paralelos I e até dicas como a da revista Colors sobre a Amazônia (essa meio “anos 90”, mas tudo bom também). O pessoal das letras se entrosou muito fácil com a Web, nestes anos 2000, porque a internet, até a banda larga, era eminentemente texto. O pessoal do áudio ganha agora uma nova pele, em formato podcast, e o pessoal do vídeo recebeu uma injeção de ânimo com o YouTube. Apesar das galerias virtuais e das “peças” publicitárias brasileiras (que ganham prêmios em todo o mundo), os artistas “plásticos” pareciam meio tímidos na Rede Mundial de Computadores – e publicações como a PKdoZine talvez indiquem que o suporte físico, e não só o “écran”, lhes seja ainda primordial.
>>> PKdoZine
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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