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Quarta-feira, 7/3/2001
O tigre e o dragão

Julio Daio Borges




Digestivo nº 22 >>> Quase todas as tentativas ocidentais de retratar o Oriente resultaram em simplificações e em falsificações de culturas milenares. Não foi diferente com o filme de Ang Lee. Embora taiwanês, o celebrizado diretor não fez mais que reduzir à pantomima e à filosofia de almanaque algumas das lendas populares que há séculos circulam pela China. Atacado pela síndrome de Roberto Benigni, tratou de empacotar suas tradições de modo a satisfazer as platéias de Hollywood e de Cannes, resumindo uma saga e uma busca existencial ao dualismo mocinho-bandido e aos efeitos de videogame. Ainda que disponha de belas paisagens e dos ases que montaram Matrix, Ang Lee apostou suas fichas no evidente e no óbvio, carregando no sentimentalismo e pintando a mulher oriental como uma figura submissa, ou então como uma rebelde desorientada que, sem o seu homem, está condenada a uma existência vazia.
>>> O Tigre e o Dragão
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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