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Segunda-feira, 19/5/2008
Coleção Por que ler, da Editora Globo

Julio Daio Borges




Digestivo nº 368 >>> Quando, em 2001, Harold Bloom publicou Como e por que ler, soou até como um insulto, a ponto de alguém comentar: "Não sabemos nem ler mais". De lá pra cá, mesmo com a internet (ou, segundo alguns, apesar dela), a idéia de que perdemos contato com a grande literatura não mais soa estranha — nem insultuosa. O próprio Kindle, da Amazon, pode ser visto como uma tentativa de "conectar" leitores da telinha com a grande tradição do livro — afinal, Jeff Bezos é um leitor orgulhoso. (Já Steve Jobs, do iPod, é cético — para ele, lemos cada vez menos, e pior...) Independentemente de haver um consenso sobre a leitura no futuro, as próprias editoras estão tomando a iniciativa de abordar o "cânone", a exemplo do que fez Bloom. Nesse espírito, a Globo Livros acaba de lançar a coleção apropriadamente denominada "Por que ler...". Cada volume, com aproximadamente 100 páginas, enfoca um único autor clássico. Nos primeiros três livros, encontramos: Shakespeare, por Barbara Heliodora; Dante, por Eduardo Sterzi; e Borges, por Ana Cecilia Olmos. Internamente, a divisão das páginas se faz entre "Um Retrato do Artista" (com um ensaio biográfico); "Cronologia"; "Ensaio de Leitura" (com alguma interpretação); "Entre Aspas" (com trechos); e "Estante" (com uma boa bibliografia). O tom é modesto, e módico, mesmo entre especialistas. Como se o potencial leitor não pudesse ser assustado, desistindo, a qualquer tropeço, da empreitada da literatura... Será que a humanidade vai despertar do seu sono (de décadas) de imagens? Será que vai saltar da televisão direto para os monitores, deixando a tradição do livro para mais um século? No baile das palavras eletrônicas, a Editora Globo convida o leitor para mais uma dança...
>>> Por que ler... Shakespeare | Dante | Borges
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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