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Sexta-feira, 23/5/2008
Digestivo nº 368
Julio Daio Borges
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Literatura >>> Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum
Milton Hatoum está no auge. O leitor do presente talvez não saiba o que é isso. A literatura brasileira esteve no seu auge entre o fim do século XIX, início do século XX, com Machado de Assis e Euclides da Cunha; depois, em algum momento, entre os anos 30, a partir da Segunda Geração Modernista, passando pela Geração de 45, e os anos 60, com João Cabral e Guimarães Rosa (antes da invasão do audiovisual). E depois? Nunca mais? Sem uma resposta que não ofenda as gerações de 70, 80 e até 90, a literatura brasileira vive outro grande momento agora, com Milton Hatoum. Depois de ler Dois Irmãos (2000), Cinzas do Norte (2005) e, neste instante, Órfãos do Eldorado (2008) é impossível não situar a produção de Milton Hatoum na melhor tradição da literatura brasileira. Lemos Órfãos do Eldorado e temos a sensação, raríssima, de que a literatura brasileira fala, novamente, conosco. Repetindo: isso não acontece todos os anos; nem, às vezes, todas as décadas — mas só algumas vezes, a cada século... Órfãos do Eldorado faz parte da Coleção Mitos da Companhia das Letras, provando que é possível também produzir obras-primas sob encomenda. Milton Hatoum funde os mitos do Eldorado, do título, com o da Cidade Encantada, no seu cenário preferido, Manaus e a região amazônica. Condensando alguns elementos que aprendeu a dominar, Milton Hatoum escreveu suas Memórias do Subsolo, costurando uma história de sobrevivência, um grande amor, o poder, o lirismo, a poesia e a decadência. Através de uma linguagem que é sua marca registrada, dando voz a uma civilização renegada por nossos homens de letras, no Norte do Brasil. Num País sério, como diria Paulo Francis, Milton Hatoum mereceria honras de chefe de estado — e todo o nosso respeito devido ao grande escritor. [2 Comentário(s)]
>>> Órfãos do Eldorado
 



Música >>> Cantos de Trabalho, Cia. Cabelo de Maria
O feminismo às vezes acha que inventou as mulheres que trabalham ou as mulheres no mercado de trabalho, mas, não. Uma prova recente é o CD Cantos de Trabalho, da Cia. Cabelo de Maria, com as participações de Ceumar e Destaladeiras de Fumo de Arapiraca, pelo Selo Sesc. Resultado da pesquisa da musicóloga Renata Mattar, o disco reúne cantos de mulheres do Brasil no ambiente de trabalho. Não, obviamente, uma tradição urbana, pós-revolução industrial, mas uma tradição mais ligada ao Brasil profundo, retomando até os estudos musicais de Mário de Andrade, e sua célebre jornada 50 anos atrás... Numa demonstração de rara habilidade, músicos como Gustavo Finkler, arranjador, conseguiram aliar a espontaneidade das verdadeiras cantoras in loco com intérpretes profissionais, como Ceumar, num todo homogêneo, harmônico e, sobretudo, interessante. Com o violino de Felipe Dias, que muitas vezes lembra uma rabeca (pelo seu uso), os ritmos predominantes são do Norte e Nordeste do Brasil, com uma queda especial para o repente, o coco, uma dança às vezes forrozeira e longos lamúrios lembrando uma reza de procissão. Os temas passam, claro, pelo casamento, pelos namoros, pela mulher em suas várias fases, pelas disputas amorosas, pelo lugar social, pelas expectativas e pela resignação. Ao contrário da atitude orgulhosa dos homens, no trabalho e na vida pessoal, as mulheres sempre exerceram uma força tão transformadora quanto, só que mais sutil, na sociedade. Cantos de Trabalho alterna a reflexão da lida, serena ou exasperada, com momentos de pura alegria — como se a mulher tivesse, ao mesmo tempo, de mover e de encantar o mundo. [Comente esta Nota]
>>> Cantos de Trabalho | Cia. Cabelo de Maria | Trabalhar e cantar
 



Além do Mais >>> Coleção Por que ler, da Editora Globo
Quando, em 2001, Harold Bloom publicou Como e por que ler, soou até como um insulto, a ponto de alguém comentar: "Não sabemos nem ler mais". De lá pra cá, mesmo com a internet (ou, segundo alguns, apesar dela), a idéia de que perdemos contato com a grande literatura não mais soa estranha — nem insultuosa. O próprio Kindle, da Amazon, pode ser visto como uma tentativa de "conectar" leitores da telinha com a grande tradição do livro — afinal, Jeff Bezos é um leitor orgulhoso. (Já Steve Jobs, do iPod, é cético — para ele, lemos cada vez menos, e pior...) Independentemente de haver um consenso sobre a leitura no futuro, as próprias editoras estão tomando a iniciativa de abordar o "cânone", a exemplo do que fez Bloom. Nesse espírito, a Globo Livros acaba de lançar a coleção apropriadamente denominada "Por que ler...". Cada volume, com aproximadamente 100 páginas, enfoca um único autor clássico. Nos primeiros três livros, encontramos: Shakespeare, por Barbara Heliodora; Dante, por Eduardo Sterzi; e Borges, por Ana Cecilia Olmos. Internamente, a divisão das páginas se faz entre "Um Retrato do Artista" (com um ensaio biográfico); "Cronologia"; "Ensaio de Leitura" (com alguma interpretação); "Entre Aspas" (com trechos); e "Estante" (com uma boa bibliografia). O tom é modesto, e módico, mesmo entre especialistas. Como se o potencial leitor não pudesse ser assustado, desistindo, a qualquer tropeço, da empreitada da literatura... Será que a humanidade vai despertar do seu sono (de décadas) de imagens? Será que vai saltar da televisão direto para os monitores, deixando a tradição do livro para mais um século? No baile das palavras eletrônicas, a Editora Globo convida o leitor para mais uma dança... [Comente esta Nota]
>>> Por que ler... Shakespeare | Dante | Borges
 

 
Julio Daio Borges
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