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Segunda-feira, 11/1/2010
Cinema em 2009

Julio Daio Borges




Digestivo nº 449 >>> Também no mundo dos DVDs, blockbusters a partir de heróis das histórias em quadrinhos continuaram reinando como Batman, em O Cavaleiro das Trevas. Outros blockbusters de qualidade superaram sua versões originais, como Anjos e Demônios, que se revelou, surpreendentemente, um ótimo filme (mesmo para quem não gostou de O Código Da Vinci, nem embarcou na onda Dan Brown). Na outra ponta, Sean Penn continuou brilhando, como o melhor ator (e diretor?) de sua geração, em Milk, de Gus Van Sant, e Na Natureza Selvagem, sobre a bonita (e trágica) história de Christopher McCandless. Ainda Ron Howard trouxe, provavelmente, o melhor filme político, e sobre mídia, de 2009: Frost/Nixon, cheio das revelações de um ex-presidente, graças a um homem de televisão que resolveu arriscar tudo. No universo do documentário, Marisa Monte voltou às raízes, de anos, em O Mistério do Samba, nosso Buena Vista Social Club (sobre a Velha Guarda da Portela). Enquanto João Moreira Salles retomou um pouco da história de sua própria família, a partir da personagem Santiago, o mordomo. Em 2009, até o marido de Angelina Jolie emplacou tanto na seara dos blockbusters, ao lado de Cate Blanchett, em Benjamin Button (a partir de um conto de F. Scott Fitzgerald), quanto no experimentalismo dos Irmãos Cohen, que não resistiram em enquadrá-lo como um abobalhado professor de ginástica (em Queime depois de ler, ao lado de George Clooney). Clint Eastwood — mantendo a tradição — fez, novamente, o papel de si mesmo, em Gran Torino. E o livro de Jean-Dominique Bauby, em sua versão cinematográfica, foi, mais uma vez, celebrado em 2009. Saindo da França, em direção a outras cinematografias, uma grata surpresa foi Caramelo, de Nadine Labaki. E decepções foram: o aparentemente unânime Ensaio sobre a Cegueira, de Fernando Meirelles; e o superficial Estômago, desperdiçando a estreia solo de João Miguel. (Ainda Che, tão esperando com Benicio Del Toro, foi um fracasso retumbante.) Veremos se, em 2010, o cinema sai da encruzilhada entre as crianças e os adolescentes para ser, como na época da sétima arte, novamente adulto.
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