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Quinta-feira, 15/11/2001
O Jovem e o Mar

Julio Daio Borges




Digestivo nº 57 >>> Uma caixa azul escura: a metade de cima é tomada por uma “revoada” de golfinhos; a metade de baixo é preenchida pela luz da lua. Estamos falando do DVD de Imensidão Azul, em versão estendida, com quase três horas de proezas de Jacques Mayhol. O filme fascinou toda uma geração de adolescentes em 1988 que, nos anos seguintes, dedicou-se à prática ou, ao menos, à experiência do mergulho. Conta a saga (não-verossímil) do menino francês que, com um fôlego sobre-humano, apegou-se às profundezas e aos seres aquáticos, afastando-se do convívio dos entes humanos para, posteriormente, conquistar o recorde de submersão: 400 pés sem cilindro, sem respirar. Ivo Pitanguy disse, uma vez em entrevista, que se sentia voltando ao útero sempre que passeava pelo fundo do mar. De fato, ainda que claustrofóbica para algumas pessoas, a convivência debaixo d’água é extremamente natural, mesmo para animais terrestres como o homem. A integração com a natureza é total, e facilita a aceitação de que somos apenas mais uma espécie (ou raça) dentro de um universo muito maior e mais importante do que “nós”. É mais ou menos esse sentimento que o longa de Luc Besson tenta passar. Há também espaço para a competição e o companheirismo, destacando Jean Reno, que se consagraria como ator a partir de então. Sem contar o romantismo superficial de Rosanna Arquette, que não evoluiu nada desde essa época, mas que seguiu sua trilha de loira burra. Em resumo: mais uma diversão leve, com belezas incomparáveis da Sicília e da Grécia, e uma mensagem edificante de amor ao mar.
>>> Le Grand bleu
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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