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Sexta-feira, 26/7/2002
O Brasil da inovação

Julio Daio Borges




Digestivo nº 92 >>> A prática de spam, ou o envio de e-mail não-solicitado, é uma das maiores pragas que ameaçam a internet. Herdeiro das malas-diretas postais, mas de custo quase zero e alcance praticamente ilimitado, surgiu para promover sites, embrenhou-se nas malhas do e-commerce e atualmente é instrumento de ramos cada vez mais insuspeitados, como a propaganda política. O que faria um candidato acreditar que o usuário de correio eletrônico votaria nele caso recebesse uma mensagem sua? Acontece que, conforme atestam as tentativas desesperadas de políticos nanicos em chamar a atenção na mídia, o e-mail se transformou em mais uma ferramenta da máquina partidária, para desespero dos usuários de computador. Então, como já desperdiçam em panfletos, bandeiras e adereços os mais inventivos, não custaria nada (literalmente) bombardear a caixa postal de internautas desprevenidos, do Oiapoque ao Chuí. É um mistério como se elegem certos nomes no Brasil. Os habitantes de Lilipute, no cenário político brasileiro, vivem de repetir generalidades e de recauchutar programas de governo. Fazem igual no e-mail: prometem aumentar o emprego; elevar o "mínimo"; garantir a segurança; investir em saúde; focar na educação; construir moradias; e incentivar a previdência. Ou seja, ruminam o blablablá populista que se arrasta desde tempos imemoriais. O que será necessário para deter os candidatos "spammers"? Apocalípticos do universo virtual prevêem a derrocada do e-mail, numa época em que as mensagens invasivas serão em número muito superior àquelas solicitadas efetivamente. Como se não bastasse a imposição de arcaísmos como o horário eleitoral gratuito, ainda temos de driblar "unabombers" da política nacional em defesa da nossa privacidade.
>>> Spam eleitoral irrita californianos
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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