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Sexta-feira, 11/2/2005
O livro de mercado

Julio Daio Borges




Digestivo nº 214 >>> É interminável a discussão sobre a validade ou não dos best-sellers. Eles estimulam a leitura? Que tipo de leitura? Um leitor de best-sellers estará para sempre preso a esse nicho? Ou conseguirá superá-lo (extrapolá-lo)? Ou, então, nem é necessário que o faça? Na internet a discussão ganhou novo impulso com os artigos de Luis Eduardo Matta, aqui e no site Paralelos. Na revista eletrônica de Augusto Sales, LEM, como é também conhecido, foi acusado de “matar” a literatura brasileira, ao fundar a LPB: Literatura Popular Brasileira. Uma literatura de entretenimento, que ele mesmo pratica em seus livros, a exemplo do que fez a MPB pela música no Brasil. Luis Eduardo, que deflagrou o movimento em 2003, foi seguido por Paulo Roberto Pires, em 2004. No site no mínimo, um de seus editores proclamava, no ano passado, a importância da mesma “literatura de entretenimento”, num país onde leitores, em vez de escritores, têm de ser “fabricados” com urgência. Recentemente, engrossou esse coro M.L. Wilson, a autora de Com quem está falando Marie Louise? (Editora Komedi). Por trás desse pseudônimo, ela comanda o site Mineiro Cultural, direto da Suíça, e – além de se propor a discutir a cultura dos best-sellers, principalmente dos norte-americanos – se dispõe a corajosamente iniciar novos escritores no mundo das letras. Assim como LEM e Paulo Roberto Pires, descarta as pretensões intelectuais da maioria dos nossos escrevinhadores e lamenta que grande parte dos “mentores” atuais se desgaste em meio a regras de português e muito pouca técnica para contar uma história de maneira envolvente. São três vozes aparentemente desconectadas, mas que se fizeram ouvir em pontos espalhados da World Wide Web. E, independentemente do valor dos famigerados best-sellers, já levantaram uma onda considerável de poeira.
>>> Luis Eduardo Matta | Paulo Roberto Pires | M.L. Wilson
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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