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Sábado, 13/4/2002
Comentários
Leitores

Varanda mágica
Caro Alexandre Li ontem seu artigo. Hoje li-o e voltei a lê-lo. Acho que não é prato para comer com pressa. Há ali sabores que eu quiz reter por mais tempo. Na leitura de hoje suou-me ora como música, ora como poesia. Lamento, mas nunca ouvi falar de Patrick O'Brian que você nos apresentou e nunca vi o "Master and Commander", mas, nêste instante, não tenho receio de parecer tolo em dizer que, a lê-lo, prefiro a música e poesia do seu resumo. Devo também dizer-lhe que estou um pouco inclinado a suspeitar que essa poesia e música que lhe são inerentes e que exalam de alguns de seus textos, mesmo quando neles se mostra de mal com o mundo, talvez sejam inspiradas e até ampliadas pelo desfrute de uma varanda e do que dela se possa ver às quatro da madrugada, nela passeando, para trás e para a frente, descalço, ouvindo o silêncio da cidade e vendo-lhes suas já diminuídas luzes ao longe, gozando da companhia de sua Lolita que o espera, e entretanto lendo Patrick O'Brian. Quantos de nós gostaríamos de nos sentir nesse "deck"... De qualquer forma, e de onde quer que esteja, acho que Patrick O'Brian lhe fica devendo essa. Por oportuno, e sem nenhum desdouro para com os ingleses, quero dizer que acho que compreendo que ele se tenha preferido irlandês...

[Sobre "Na varanda"]

por Valentim Carval
13/4/2002 às
21h52

A paz e sociedade civil
Nunca vi ninguém convencer ninguém em política. De qualquer jeito, o debate faz bem. De minha parte, reitero o que escrevi num outro comentário no Digestivo Cultural: em conflitos armados não existem mocinhos. Não há elegância na guerra, de parte a parte. Pelo relato do Eliahu, me convenço de que a humanidade estaria mais a salvo se as sociedades civis tomassem a iniciativa da paz. Tenho certeza que existem tanto palestinos quanto israelenses que não aguentam mais o conflito, que desejam poder deitar a cabeça no travisseiro com suas famílias e ter uma noite de real paz e tranquilidade, sem o ruído de tiros e explosões à distância - e às vezes nem tão longe... Você que vive em Israel, me diga se não é esse o sentimento, Eliahu? Vejo entrevistas pela CNN e BBC com palestinos e israelenses, pessoas normais como qualquer um de nós aqui, chorando e tremendo porque não sabem como será o amanhã. Eles querem uma vida normal, trabalhar, estar com a família etc. O que está acontecendo é um horror para os dois lados. Não sei se podemos dizer que um lado está ganhando e o outro perdendo. Na tragédia não se lucra. Mas aqui vai uma dica para os internautas que lêem inglês e que desejam ver iniciativas de paz de verdade entre Israel e Palestina, de pessoas e grupos não-governamentais. Vejam os seguintes sites abaixo, onde encontrarão outros links de israelenses/judeus e palestinos a favor da paz. Em especial, vejam o último site, do "Jews for Justice in the Middle East" (Judeus a favor da Justiça no Oriente Médio). Estes são os sites: www.ariga.com/ www.gush-shalom.org/ www.cactus48.com/truth.html Abraços e shalom, Antonio Oliveira.

[Sobre "O injustificável"]

por Antonio Oliveira
13/4/2002 às
22h20

Iniciativas de paz de verdade
Para os internautas que leiam inglês e que desejam ver iniciativas de paz de verdade entre Israel e Palestina, vejam os seguintes sites abaixo, onde encontrarão outros links de israelenses/judeus e palestinos a favor da paz. Em especial, vejam o último site, do "Jews for Justice in the Middle East" (Judeus a favor da Justiça no Oriente Médio) onde encontrarão um detalhado relato dos fatos sobre toda a questão. É um texto definitivo. mas é só para quem quiser se informar de verdade. Estes são os sites: www.ariga.com/ www.gush-shalom.org/ www.cactus48.com/truth.html Abraços e shalom.

[Sobre "O Conflito do Oriente Médio"]

por Antonio Oliveira
13/4/2002 às
21h43

Lavoura Arcaica: tédio
Daniela Sandler, O assunto talvez já tenha esfriado... mas como só agora pude assistir ao "Lavoura Arcaica", resolvi comentar os comentários que vc fez ao filme. Em primeiro lugar: concordo em quase tudo com o que vc disse. Concordo com a força da cena da capela (sem duvida o melhor momento de Selton Melo), assim como concordo com a observação ao talento de Raul Cortez e com a beleza da música. Mas, diferentemente de vc, não acho que "as virtudes compensem os excessos". A artificialidade do texto (que vc atribui ao "teatralismo" das falas) me entediou profundamente. Quase deixei o filme em sua primeira metade. O que me fez ficar e vencer o tédio? Certamente a interpretação da Spoladore (e, confesso, a tentação de saber no que dariam os desejos incestuosos). Acho que o diretor confundiu as duas linguagens, digo, a cinematográfica e a literária. Pecou por não adaptar o texto para cinema. Ficou forçado e artificial. A crítica do sul do país, quase que sem excessões, "amou" o filme, que se tranformou rapidamente em baluarte e redentor de todos os nossos fracassos fílmicos. Talvez se eu não tivesse sabido de tanta empolgação, tivesse fruido melhor o filme. Nah! O filme é chato mesmo! Um abraço, Eduardo Luedy ps. Gostei muito de seu texto. Vou tentar ler mais coisas suas.

[Sobre "Virtudes e pecados (lavoura arcaica)"]

por Eduardo Luedy
13/4/2002 às
21h50

artigo tendencioso
O Senhor Heitor de Paola (se for esse seu verdadeiro nome, o que muito me surpreenderia) enxerga o mundo sob a ótica sionista (não diria nem judaica, pois há muitos judeus de bom senso, contrários ao absurdo que é o sionismo). Chamar seu artigo de tendencioso, senhor de Paola, é até uma gentileza que lhe faço. O que você escreveu, salta aos olhos, é pura e rasteira propaganda, que constrasta negativamente com o bom nível deste normalmente equilibrado Digestivo Cultural.

[Sobre "O Conflito do Oriente Médio"]

por Toni
13/4/2002 às
17h16

A FAVOR DO LATIM!
Não só as missas em Latim, mas também aquelas composições litúrgicas que, paralelamente a um sermão bem proferido, ajudavam a elevar a alma do fiel (Vá ouvir lobo de Mesquita na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Ouro Preto, que você entende o que eu falo) Foras os violões! Fora as Ministras de Eucaristia! Fora os leigos que pedem um aparte na liturgia! (Você nunca viu isso? Não sabe o quanto você é feliz ...) Fora os que acompanham o padre no caminho até o altar, com maozinhas cruzadas no peito e olhar de falsa piedade!

[Sobre "Reação"]

por Ricardo
13/4/2002 às
15h58

Que saudade daquele tempo..
Encontrei essa reportagem sobre ANOS INCRÍVEIS por acaso e juro que deixei de fazer tudo que eu estava fazendo para apenas ler um pouco mais e sentir de novo a maravilhosa sensação de saudade e um pequeno aperto no coração que sinto ao lembra de Kevin se dando mal, de Winie com aquele nariz arrebitado, de Paul com aquela sua ingenuidade e amizade... como eu sofria a cada final de episodio... Passei anos vendo essa série ma TV Educativa. Será que hoje na era do CD, DVD, e sei lá mais o que naum existe alguma obra gravada inteira sobre a série. Se alguém conhece e vir esse apelo meu por favor me mande resposta pelo meu email.

[Sobre "Anos Incríveis"]

por Fabíola Mozine
13/4/2002 às
14h21

Pimenta nos olhos alheios é ..
Estamos testemunhando nesta lista de discussão o microcosmo da realidade sobre o problema em questão. Dentro de cada perspectiva pessoal adotada justificam-se as atitudes, num plano mais realista, um resolve se explodir no meio de pessoas inocentes outros resolvem humilhar e ameaçar a vida, se é que podemos chamar de vida, de uma legião de pobres coitados. Curioso e ao mesmo tempo aterrorizante, não consigo sofrer com algo que não me diz respeito, longe de minhas origens, de meu país, mas consigo imaginar pedaços de pessoas sendo lançados longe numa explosão, ou uma criança acuada vendo seu pai morrer com tiros sem ao menos poder correr ou gritar. Fatos que justificariam qualquer uma das partes a adotarem posições radicais e unilaterais. E quando me pego a quilômetros de distância lendo todas essas opinões a respeito, encontro um discurso velado e incipiente demonstrando que em outras esferas os lados teriam atitudes semelhantes. Ou seja, fazer sua vontade e opinião valer a qualquer custo. “EU TENHO RAZÃO”!. Não cabe aqui discursos demagógicos ou do tipo “paz e amor”, trata-se de questões muito mais complexas, envolvendo a história e cultura da civilização humana. Há quantos milhares de anos os Hebreus reivindicam aquele pedaço árido de chão? E há quantos milhares de anos os Palestinos povoam a região? Até o Bush chegar acreditávamos que todas as fronteiras políticas seriam rompidas por força da nova ordem mundial, com isso talvez aboliríamos os preconceitos e diferenças e compartilharíamos das diferenças entre as culturas para distribuir melhor riqueza e desenvolvimento. Tínhamos afinal que reconhecer a vitória da ordem capitalista sobre a Terra. Mas e agora? O ambiente hostil e vingativo reina no nosso planeta favorecendo toda a forma de imposição de força por parte dos EUA e de seus aliados. Que exemplo foi dado para a humanidade...alguém derrubou nossas torres....alguém tem que pagar! Israel copiou o discurso, somou isto a sua utopia cultural e histórica de terra prometida, alimentou a raiva do “vizinho”, que por sua vez deu razão a um exercito de fundamentalistas traficantes e machistas afoitos por guerras e que a qualquer hora explodem uma bomba nuclear na cabeça de inocentes. É isso ai, o teatro está montado, vamos esperar para assistir, afinal é mais confortável criticar a peça, e esquecer que estamos assistindo-a de cima do palco.

[Sobre "Nas garras do Iluminismo fácil "]

por Eduardo Vianna
13/4/2002 às
13h41

Informações
Moro em Israel há mais de nove anos. Lendo comentários feitos por Raphael Boaventura e por Rogério, penso que as vezes as pessoas têm opiniões interessantes do ponto de vista cômico, mas sem base em nenhum conhecimento do Oriente Médio atual ou histórico. Prefiro não jogar um monte de fatos sobre o atual processo de "paz", já que meu pai o fez com louvor (vide o comentário de Eliahu Feldman). Só quero dizer uma coisa: em 1948, quando da decalração de independência Israel, havia na parte da Palestina Britânica dada aos judeus pela ONU: Cristãos, Muçulmanos, Druzos, Beduínos e outros. É interessante notar que tanto Druzos quanto Beduínos, são árabes, os últimos muçulmanos nômades (daí a diferença entre Muçulmano e Beduíno). Os Druzos e Muçulmanos resoveram fazer parte de Israel e até hoje servem o exército de Israel, inclusive na Cisjordânia. A maioria dos beduínos, habitantes naturais do deserto, servem como rastreadores. Os Druzos são a maioria da Polícia de Fronteira (Mishmar HaGvul), unidade que praticamente só serve nos territórios, já que árabe é sua lingua mãe. Cristãos e Muçulmanos decidiram não aceitar Israel. Quem é mais "palestino", um Druzo, um Muçulmano, um Beduíno ou um Cristão, todos árabes? Meus caros brasileiros, como dizia o samba "quem não se comunica se trumbica". Que tal se informarem antes de tomar partido?

[Sobre "O injustificável"]

por Daniel Feldman
13/4/2002 às
13h07

O injustificável
Meus mais sinceros agradecimentos ao José Pereira e Eliahu pelos elogios, e a todos os demais pelos comentários. Rogério, não acho que o presidente deveria proibir nada, pois isso seria uma atitude no mínimo ditatorial, e que prejudicaria o candidato do governo nas eleições. Acho que deveria haver uma regulamentação melhor sobre o que se pode dizer e fazer nas campanhas, independentemente de quem fosse o presidente; por isso disse que a nação, e não o presidente, deveria proibir. Continuo firme nessa posição,e daqui não arredo pé. Quanto às fragilidades do sistema eleitoral brasileiro, e aos currais eleitorais, nesta mesma coluna tiro sarro delas - só que acho que elas estão mais a serviço de partidos tradicionalistas e "conservadores" como PFL do que a favor do PSDB ou de Fernando Henrique... quanto ao governo ter de regulamentar as campanhas eleitorais, mantenho o que disse. É absurdo que se continue nesse vale-tudo, com esses comunistinhas de meia-tigela esculhambando tudo e todos sem qualquer limite, à deriva na impunidade que reina por essas plagas. Mudando de assunto, só mais uma coisa: gostaria de deixar claro: NÃO APÓIO A POLÍTICA DO SHARON!!! Aos que querem me ofender, procurem fazê-lo pelo menos por coisas que eu disse. Um abraço a todos, Rafael.

[Sobre "O injustificável"]

por Rafael Azevedo
13/4/2002 às
12h09

Julio Daio Borges
Editor

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