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Quarta-feira, 11/5/2005
Comentários
Leitores

Talvez
Talvez, uma resposta seja que todos querem mesmo é o familiar. E da mesma maneira imaginam o papel do crítico como sendo o do colega que vai receitar algo familiar. O crítico também tem um segundo papel neste tipo de pensamento: o homem que será o objeto de tudo que achamos ridículo e discordamos... Afinal, nada melhor do que ter um nome associado a coisas que não queremos saber, entender ou discutir. Alie isso a boa quantidade de críticos que agem como torcida em arquibancada, e você tem uma plausível receita para explicar o que está acontecendo... Duas questões tostines: Se os críticos são tão irrelevantes porque as pessoas ainda os leem antes ou depois de ir ao cinema? E o pior, porque alguém deixaria de ir ou iria a um filme devido a opinião de um único indivíduo, mesmo que seja mais qualificado? Acho que para você desenvolver seu próprio gosto, tem que assistir muitas coisas diferentes, e no processo quem sabe descobre como apreciar um filme... Viajando um pouco, acho que é o mal dos dias de hoje: tudo tem que ser perfeito, não basta apreciar o que cada coisa oferece de bom....

[Sobre "A falta de paciência com o cinema"]

por Ram
11/5/2005 às
15h48

Sociedades perdidas...
Gostei muito do texto, mas será que o tema que você discute não é simplesmente uma característica inerente do homem? Na maior parte das situações não existe uma dicotomia clara entre o bem e o mal. Na verdade, sempre depende de contexto, cultura e informação. A maior parte das pessoas em qualquer sociedade quer ser respeitada como sendo moral e justa. Mas são raríssimos aqueles que vivem o seu senso de justiça quando este impõe perda ou sacrifício para si próprio. Eu fico imaginando uns séculos atrás, quando a escravidão populava todos os cantos do globo, e países europeus iam colonizando até outras nações que já possuiam cultura elevada e história. Não estou nem comentando a situação dos indígenas que os europeus consideravam selvagens... Mas sim China, Índia, Indonésia,... Será que a sociedade daquela época não via a condição do homem escravo como sendo deprimente? Uma sub-humanização? A crença cristã já estava estabelecida, e nas palavras de Cristo se viam claras a condenação ao tratamento de homens como sendo sub-humanos... Ou seja, haviam elementos necessários para este tipo de justiça. No entanto, por séculos as economias se beneficiaram da exploração inescrupulosa alheia. Ou será que portugueses, espanhóis e ingleses ignoravam o que era escravidão, exploração de colônias e tudo mais? No fundo talvez o grande problema seja que a sociedade se indispõe com o indivíduo que decide pensar por si próprio, sem fazer parte de corrente alguma... A seleção natural acaba relegando estas pessoas a poeira ou a algumas prateleiras da biblioteca. Mas pouco se manifesta a verdadeira contribuição: pensem sozinhos e sem preconceito! Quanto ao nazismo, a coisa mais horripilante ainda é saber que Hitler foi tão calculado que no início do regime procurou facções zionistas que estivessem dispostas a denunciar outros judeus. E estas facções denunciaram até que o horror chegou ao apogeu. Talvez o que Hitler fez foi materializar a crueldade. É um ato difícil, plástico, e obviamente terrível. Ter algo palpável como um campo de concentração para demonstrar a fé em suas crenças. Muitos outros líderes não fizeram isso historicamente, ou faziam escondido, e talvez por isso seja mais fácil perdoar e esquecer inconsistências históricas... Se cada líder e sociedade hoje materializasse os seus preconceitos e inconsistências, garanto que seria caos... Apesar das imagens hoje estarem um pouco banalizadas... Talvez seja outro fator a se considerar: a banalização da informação.

[Sobre "A queda"]

por Ram
11/5/2005 às
14h28

entre o homem e a arte
Se é consolo saber, Marcelo, não é só nos domínios do cinema que falta paciência. Já experimentou ler as críticas de teatro nos jornais? A distância entre o crítico e o público é cada vez maior porque a distância entre o homem e a arte é muito grande. O papel do crítico é atuar como uma ponte entre a obra e o público, oferecendo referências para a fruição sem invadir o espaço opinativo do leitor. Mas como ser ponte, quando não há o que ligar? O artista fala uma língua diferente do chamado "homem médio".

[Sobre "A falta de paciência com o cinema"]

por Evandro Medeiros
10/5/2005 às
16h53

Jô, o bonzão
Realmente o Jô é uma mala gorda. Seu único mérito foi ter nascido em família rica que o fez viajar pelo mundo e aprender a falar alguns idiomas. Mas tem muito marinheiro do cais do porto que tb fala. Mas a pseudocultura embasada em ponto eletrônico é mesmo de amargar. Não tem graça, é chato, é arrogante, se acha o bom da bocada. Só imagino se fosse mesmo inteligente. E se fosse bonito, então? Faz várias coisas pra esconder que que faz tudo mal. O David Letterman tb é chato (mas nem tanto) mas pelo menos é o original. Assistir à cópia-carbono é perda de tempo. Gostaria de ver o Jô entrevistar alguém realmente inteligente, com cultura e sem medo de dizer o que pensa. Melhor ainda seria se o ponto eletrônico falhasse. Acho que a maior parte dos neurônios e da cultura do gordo localiza-se dentro de uma das orelhas.

[Sobre "Anti-Jô Soares"]

por Walter P. Carpes Jr.
10/5/2005 às
16h28

Li e gostei
Penso e ajo da mesma forma que você. Obrigada.

[Sobre "A síndrome da rejeição via internet"]

por Raydália
10/5/2005 às
13h46

Da'-lhe Bortolotto
Ainda bem que o Brasil nao "veta" autores, atores e diretores que vão mostrar a inteligência e a criatividade em pátrias do Primeiro Mundo... Da'-lhe BORTOLOTTO neles...ainda bem que temos um Italiano na França e no Brasil...

[Sobre "Ainda bem que existe a França"]

por Pedrinho Renzi
10/5/2005 às
12h59

Apenas uma ressalva
Ótimo, Marcelo. Apenas uma ressalva: se "ela" achou o pior filme da vida dela um filme que agradou a você, a conclusão não poderia ser que ela viu poucos filmes na vida, mas sim que ela viu excelentes filmes na vida, a ponto de um bom filme ser o pior... Valeu! André.

[Sobre "A falta de paciência com o cinema"]

por André Pires
10/5/2005 às
11h51

uma bunda em close...
Acredito que o cinema hoje em dia tem sido interpretado pelas pessoas da mesma forma como elas interpretam a TV cotidiana. As pessoas avaliam se um filme é bom (ou não) através da quantidade de cenas banais ofertadas: um tiro certeiro, uma bunda em close... e é só! As pessoas estão perdendo a paciência e a capacidade de refletir sobre cenas mais bem trabalhadas do que somente isso. Não têm "paciência" pra assistir uma boa produção ("Má educação", de Pedro Almodóvar, por exemplo), um filme introspectivo ("Moça do Brinco de Pérola", de Peter Webber, outro magnífico exemplo). Essa falta de paciência e sensibilidade esbarra no maior problema do mundo atual: a velocidade de informação! Cabe a nós, sensíveis pelo mundo das artes, despertar, ao menos em nosso meio, a curiosidade da descoberta por esse mundo onde o tempo está a nosso favor, onde um minuto pode até definir a vida de um personagem, mas venha cá, isso acontece de forma tão bem programada que esse um minuto se torna uma eternidade... e a impaciência, se quiser, por favor, que assente ao nosso lado e espere passar um desse eterno minuto por que o filme ainda está no "ar"... Marcelo, parabéns por continuar nos incitando a curiosidade pela sétima arte. E aos outros, paciência!

[Sobre "A falta de paciência com o cinema"]

por Maurícia M. Cocate
10/5/2005 às
10h36

Que maravilha!
É um prazer enorme poder ter lido um texto tão bem estruturado com este. Na atual conjuntura, poder ter esse tipo de prazer, ao falarmos de cultura e, principalmente de cinema, é raro. Raro, porque cada vez mais pessoas falam e escrevem o que querem, sem embasamento ou certeza alguma. E você, caro Marcelo, como sempre, nos dá o prazer de ótimos textos, recheados de críticas e sensibilidades ímpares. Mais uma vez, parabéns! Sucesso! E que possamos ter o prazer de suas colunas espalhando-se pelo mundo, talvez aculturado e carente de colunistas competentes como você.

[Sobre "A falta de paciência com o cinema"]

por Carol Piva
10/5/2005 às
08h38

inveja é o elogio que azedou
Parece-me haver um certo prazer em críticas que tendem ao menosprezo. Acredito que esse tipo de crítica baseia-se em inveja mal contida cuja tradução que muito me agrada é a seguinte: inveja é o elogio que azedou. Espinafrar o Código da Vinci só pode ser mesmo por pura inveja e por não ser capaz de produzir uma obra de tanto sucesso. O que lhes resta? Espinafrar! O livro pode não ser perfeito e conter alguns pecadinhos que não alteram o prazer de o ler. Quanto ao Papa Bento XVI ser tachado de nazista, acho ridículo visto que na época em que foi obrigado a se alistar mal sabia o que significava o nazismo, aliás, como a maioria dos adolescentes que ingressaram nas fileiras da Juventude Hiltlerista. Causa desconfiança, sim, o silêncio do Papa Pio XII, se não me engano, chamado Papa de Hitler. Esse, sim, omitiu-se e preferiu não tomar partido ainda que estivesse bem informado do que acontecia nos famigerados campos de concentração nazistas. Apesar de não ser católica, torço para que o novo Papa seja menos conservador do que o anterior mas tenha tanto carisma quanto o outro, para o bem dos católicos e para que não se sintam tão culpados ao trangredir determinadas proibições sem cabimento na atual conjuntura. Espero e desejo que o Papa Bento XVI volte-se, inteiramente, a uma luta em favor da paz no mundo e continue o belo trabalho de seu antecessor buscando o entendimento entre as várias religiões que brigam e se matam em nome de Deus. abçs, gina

[Sobre "O primeiro código de Brown"]

por Regina Mas
10/5/2005 à
00h57

Julio Daio Borges
Editor

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