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Segunda-feira, 11/9/2006
11 de Setembro: 5 anos depois
Julio Daio Borges

No dia 11 de setembro de 2001, eu estava contando, pela primeira vez, a história do Digestivo Cultural, quando minha família me telefonou para avisar que Nova York estava "under attack". Aqui no site foi o nosso primeiro grande teste jornalístico: abandonamos por um momento as pautas de cultura e montamos um Especial inteiro de improviso. Agora, você lê os "melhores momentos". Como aquela realidade continua bem presente, pensamos que relembrar o 11 de Setembro, com depoimentos "a quente", ainda faz bastante sentido... – JDB

Eram onze da manhã em Rochester, que fica a uma hora de vôo de Nova York. Todo mundo parou em volta de tevês. As notícias iam caindo como os aviões: Washington! Pittsburgh! O que virá depois? O país me pareceu extremamente frágil sob o céu aberto e devassado: quantos aviões ainda estão no ar? Eu havia acabado de dar aula. Discutíamos as falhas da arquitetura modernista. Liguei o computador. Tudo mudou. O aluno, a explicação e o livro sumiram.
por Daniela Sandler
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Não tenho a pretensão de ter emoções ou observações mais originais que as das outras pessoas. Como todo mundo, fiquei chocada. As pessoas, incrédulas, não sabem muito bem como lidar com a situação. Percebem que os limites estão se expandindo cada vez mais, que em breve não haverá mais nada que nos proteja, ou princípios que sejam válidos. Mais tarde, quando tiver filhos, vou querer contar a eles a verdade, e não as mentiras que aparecem nos livros de História.
por Adriana Baggio
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Meu amigo e colaborador deste site, Marcelo Brisac, viu pessoas se jogando do alto das Torres. Caminhou por entre cadáveres. Como os encanamentos dos prédios em lower Manhattan estão explodindo, as pessoas foram retiradas. O apartamento dele teve os vidros quebrados e foi coberto por poeira e pedaços de cimento. Brisac teve cinco minutos para pegar suas roupas; foi encaminhado de barco a New Jersey e alojado num acampamento militar, com direito a dois minutos de ligação telefônica diários.
por Fabio Danesi Rossi
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Nenhuma ideologia ou religião, sob qualquer justificativa, explica a morte de inocentes. Os ataques terroristas realizados nos Estados Unidos, sob a bandeira do anti-imperialismo, da anti-globalização, da resistência islâmica, são a marca de uma guerra que em muito extrapola o que se pode considerar "civilização". A guerra sempre fez parte da história da humanidade. Mas um ataque não pode ser desferido sem uma declaração formal de guerra.
por Paulo Polzonoff Jr
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Diante do horror dos acontecimentos, vejo as imagens de refugiados palestinos no Líbano, comemorando freneticamente as explosões e mortes. É revoltante. Deveriam ser eles os mortos, deveriam ser aqueles bigodudos oferecendo tortas e cumprimentando-se, aquelas estúpidas crianças e seus sorrisos imbecis, aquela mulher horripilantemente feia, com seus dentes e óculos gigantescos envoltos por uma túnica negra. E não os inocentes que jamais desejaram mal a ninguém.
por Rafael Azevedo
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Precisamos considerar que, para conduzir um avião para a morte, é necessário uma visão de mundo e de vida completamente diferente da nossa. É uma cultura sem a ética ocidental, sem compaixão, sem apego à própria vida. Nesse momento, não importa se foi "errado" ou "inadmissível". Para os autores do crime, missão cumprida. É muito fácil julgar qualquer fundamentalista como vilão. Difícil é praticar um pouco de alteridade.
por Yara Mitsuishi
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Essa guerra, da convivência entre opostos, do cotidiano civilizado, parece que já está perdida. Não que estivesse mais perto de ser ganha, mas o estado de paz armada na Guerra Fria, ou de Pax Americana depois, enganava muito bem com sua impressão de segurança, contanto que certos limites fossem respeitados. Mas os assaltantes estão nos sinais, os canibais estão na sala de jantar, e os terroristas já derrubam os maiores prédios do mundo. É quando se olha para o abismo, e o abismo olha de volta.
por Rafael Lima
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O povo americano alienado e sem culpa – nem mesmo nas eleições de Bush, eleito pelos colégios eleitorais e não pelo voto direto – não faz idéia das atrocidades cometidas por seu país para atingir a confortável posição de império. Como bem disse um palestino em NYC: "As ruas eram uma versão exata de Kashmira, Kuwait, Teerã, Vietnã... pela primeira vez os americanos puderam ver em sua casa as atrocidades que cometem há décadas."
por André Pires
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Julio Daio Borges
Segunda-feira, 11/9/2006

 

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