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Sexta-feira, 16/6/2006
Quarteto, pentágono ou hexágono?

Julio Daio Borges




Digestivo nº 283 >>> Se o jornalismo esportivo brasileiro às vezes parece se arrastando de tão velho, e se o pessoal de televisão acha que é só despejar os jogos na internet para fazer cobertura on-line, nesta Copa existem iniciativas que produzem, para variar, algum alento. Como a publicação da Trivela, dedicada a “o maior espetáculo da Terra”, com destaque para Mauro Beting, uma estrela em ascensão. A publicação é mensal e vem, de certa forma, preencher o vazio deixado pela Revista 10 (editora Conrad) – a melhor revista de futebol dos últimos anos. Copa ’06 consegue, por exemplo, o feito de extrair uma meia dúzia de declarações interessantes (e sensatas) de Parreira. Ou, então, consegue revisitar o mito da seleção da Copa de 82, mas de uma maneira objetiva e sem apelar para o tom de sempre, o “Meninos, eu vi...”. A cada edição, reserva uma parte das suas pouco mais de sessenta páginas para analisar, seleção a seleção, os países participantes. Mas sem aquelas curiosidades tolas, aquelas piadinhas étnicas que não levam a nada e, sobretudo, sem aquele olhar enviesado (de cabotinice, de pretensão?) – todos típicos da televisão. É, o futebol revela, ao mesmo tempo, o melhor e o pior do Brasil. Copa ’06 é, acima de tudo, bem escrita, num tempo de tanto blablablá infundado, e séria – com projeto –, num momento em que a emoção fala mais alto, em que o improviso reina absoluto e em que o jornalismo mais se aproxima da conversa de bar e da opinião política do taxista. A iniciativa da Trivela mostra que, de vez em quando, os jornalistas esportivos podem ser melhor do que tudo isso – mesmo tratando de uma “paixão nacional”. E olha que já tiveram capas com a Argentina, com Ronaldinho (the first) e com Felipão...
>>> Copa ’06 - Trivela
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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