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Segunda-feira, 10/7/2006
Memórias Alheias

Julio Daio Borges




Digestivo nº 287 >>> O mar não está pra peixe, quando se trata de publicações em papel. Ainda mais, novas. “Hoje todo mundo só quer coisas que se possa ‘baixar’ pela internet”, deixou escapar Leonardo, na entrevista que ele, Allan Sieber e Arnaldo Branco realizaram com Fausto Wolff. O bate-papo – com farpas de Wolff disparadas para todos os lados – foi publicado na quarta edição da revista F., dirigida pelo trio e agora com o apoio da editora Conrad. Além de ganhar naturalmente em matéria de distribuição (embora a editora não tenha sido muito bem sucedida com outros títulos de humor, como a Crocodilo), a F. ficou com menos cara de publicação alternativa (geralmente um híbrido entre revista e jornal), e com mais jeito de publicação de imprensa constituída. Saltou, digamos, de uma Mosh para uma Bundas. Wolff, aliás, chamou Ziraldo de “editor de m.”, classificou Diogo Mainardi (o entrevistado da F.#3) de “filhinho de papai” e praguejou contra Jaguar por conta de a antologia do Pasquim ter sido, em sua visão, desfavorável a Nataniel Jebão... Ganhou destaque, fora o desbocado Wolff, o “I e Único Salão de Humor Engraçado”, uma iniciativa da própria F. E, definitivamente, revelou gente talentosa, como Daniell Rezende, brincando com a Legião Estrangeira, Armando Mariotto, na linha do humor negro, e Kleber Batista, fazendo uso do contexto político. A produção de Allan Sieber, Leonardo e Arnaldo Branco já é conhecida e, ainda que nem sempre seja brilhante, não decepciona. O modelo Casseta&Planeta, pós-Pasquim, ainda sufoca o humor carioca. A F., quem sabe agora editada em São Paulo, talvez consiga se liberar dessas amarras.
>>> F. - Conrad
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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