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Segunda-feira, 29/12/2008
Little Joy, o disco

Julio Daio Borges


Digestivo nº 396 >>> Marcelo Camelo saiu na frente com seu Sou, mas Rodrigo Amarante não ficou para trás com seu Little Joy, o álbum da banda de mesmo nome, com Fabrizio Moretti, baterista brasileiro dos Strokes, e Binki Shapiro, sua namorada cantora. Na contramão do aspecto de demo tape do registro de Camelo, o disco do Little Joy tem produção bem cuidada em todas as faixas e, embora aposte igualmente no "novo folk", assume que foi gravado num estúdio e não numa garagem ou mesmo num quarto. A evolução de Amarante, que já era impressionante desde a banda com Camelo, continuou adiante e, se no início em 1999 ele não tocava quase nenhum instrumento, agora, além de empunhar guitarra e violão, canta em inglês com desenvoltura, ora fazendo coro com Binki, ora com Fabrizio. "No One's Better Sake" (clipe com Devendra Banhart na percussão) é puro Bob Marley, uma influência não identificável na época dos Hermanos. "Don't Watch Me Dancing" pode soar como uma resposta ao romance de Camelo com Mallu Magalhães, a não ser pelo fato de que Binki Shapiro canta muito melhor e pode, inclusive — como no caso de Astrud Gilberto —, ser o tiro que saiu pela culatra. "Evaporar" é para matar a saudade de Amarante cantando em português — poderia ter feito parte de 4 (2005), assim como "Keep Me In Mind" poderia estar em Ventura (2003) ou num registro dos Strokes (é a semelhança mais próxima a que o Litlle Joy ameaça chegar). As fotos de divulgação sugerem um triângulo, algo na moda desde Vicky Cristina Barcelona, mas, ao contrário de Mallu e Marcelo, não há assessorias querendo alimentar sites de fofoca. O trio desembarca no Brasil em janeiro... — como ficarão Amarante e Fabrizio interpretando clássicos contemporâneos como "Last Nite" e "Retrato pra Iaiá"?
>>> Little Joy | Little Joy, trechos ao vivo
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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