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Segunda-feira, 29/6/2009
Benjamin Button, com Brad Pitt e Cate Blanchet

Julio Daio Borges




Digestivo nº 422 >>> Nem só de adaptações de HQs e games, vive o cinema de hoje. Também de adaptações da velha e boa literatura! Com resultados ligeiramente superiores, diga-se de passagem. Tome-se o caso desse Benjamin Button, agora em DVD, com Brad Pitt e Cate Blanchet. Não é a atualmente "batida" trajetória do herói: decadência, aposentadoria ou afastamento do cenário de origem; retomada e superação das dificuldades ou dos obstáculos (ainda longe de "casa"); vitória, retumbante, no final (com direito a "retorno", claro, triunfal). Assim o último Batman e o Homem de Ferro, para ficar em apenas dois blockbusters. Podendo-se estender a fórmula a remakes como o último Indiana Jones e até a "novidades" como Carros (!).Benjamin Button atinge outro patamar em termos de drama humano, principalmente porque vai beber na inspiração de um dos maiores ficcionistas americanos do século XX, F. Scott Fitzgerald. Tradução: um conto de Fitzgerald consegue ser mais profundo do que décadas de produção quadrinística de gente como Stan Lee; do que décadas de ficção científica de gente como George Lucas; e do que décadas de computação gráfica de gente como... Steve Jobs? O gênio da Apple não é exatamente um gênio em matéria de contar histórias (tudo bem, não é mesmo a sua ambição...). O fato é que esse Benjamin Button é uma bela realização, com uma história poderosa, um amor além-fronteiras (espaço-tempo) e uma pequena epopeia (sim, da decadência à ascensão, à queda). Hollywood ainda vive. E pode, ainda, propagar fábulas. E mitos. Por que esse tipo de cinema, de repente, desistiu de viver? Ou foi o público, que nunca mais respondeu a ele?
>>> O Curioso Caso de Benjamin Button
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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