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Quarta-feira, 13/3/2013
Como tirar proveito de seus inimigos, de Plutarco
Julio Daio Borges
+ de 10400 Acessos




Digestivo nº 489 >>> Na era das redes sociais, a amizade é quase uma obrigação. Uma competição? Ou se é "amigo", ou não se é nada. Ser "amigo" é existir; não ser "amigo" é, simplesmente, não ser. Na aritmética dos grandes números da internet, só a adição conta. O "gostar" é computado; já o "desgostar"... nem é contabilizado. No mundo encantado do Facebook, onde só existem "amigos" e o "gostar" é quase uma regra, como admitir uma palavra como... "inimigo"? Depois de ter um milhão de "amigos", um único e escasso "inimigo" ainda é concebível? Nesse sentido, Plutarco soa meio fora de moda: quem "tira proveito" de seus inimigos é porque tem inimigos, ou não? Mas... "inimigo"... isso ainda existe? Plutarco, apoiando-se no "sábio" Quílon ― um dos biografados por Diógenes Laércio ―, alerta que só não tem inimigos quem não tem... amigos! Mas o "amigo", para Plutarco, não é aquele da citação mordaz de Oscar Wilde ("Um amigo nunca te dará uma facada pelas costas ― só pela frente"). Uma pessoa sem inimigos é tão rara quanto... um país sem animais ferozes, Plutarco analisa. Se você já sentiu os efeitos da inveja alheia, já foi alvo de ataques de ciúme (alheio) e já despertou a concorrência... é porque... provocou inimizade(s). (Mesmo que sem querer.) O conselho de Plutarco, nesse livro, é no sentido de "tirar proveito" desses sentimentos negativos, dessas situações ruins. Mas como? Ele recorre ao exemplo da água salgada: "A água do mar é pouco potável e tem mau gosto; mas sustenta os peixes, favorece os trajetos em todos os sentidos, é uma via de acesso e um veículo para aqueles que a utilizam". Inimigos, explica Plutarco, incentivam a "viver com cautela". Também "a prestar atenção em si". Ainda: "a nada dizer (ou fazer) irrefletidamente". O inimigo "útil" inspira cuidado e vontade de viver "de maneira virtuosa e irrepreensível". Quer dizer que o inimigo é um aliado da virtude? (Como assim?) Oscar Wilde, agora, nos socorre: "Escolho meus amigos pela beleza; meus inimigos, pelo caráter; e meus inimigos... pela inteligência". Plutarco conta que, "quando pensavam e diziam que o poderio romano estava fora de perigo (após a destruição de Cartago e a sujeição da Grécia)", Nasica, político de então, advertiu: "Pois bem, é agora que estamos em perigo! Porque não sobraram rivais... que possam nos inspirar vergonha ou medo". Volta Diógenes Laércio, a quem indagaram, certa vez: "Como me defenderei contra meu inimigo?". Ele foi taxativo: "Tornando-te tu próprio virtuoso". A dica é: "deter-se menos na má intenção que o (inimigo) nos dirige" e mais no "serviço real" prestado por ele. César, ao reerguer as estatuas triunfais de Pompeu, recebeu de Cícero o seguinte elogio: "Reerguendo as estátuas de Pompeu, consolidaste as tuas". Assim escreve Plutarco. "Os insensatos maltratam suas amizades... enquanto os sensatos... sabem dirigir para seu proveito mesmo as inimizades" (grifo nosso). E Xenofonte: "É próprio de um homem ponderado tirar proveito [até] de seus inimigos". Logo: da próxima vez em que for, virtualmente, "desfazer uma amizade", (re)considere a sua "utilidade" ― apesar do "desgosto" que ela lhe provoque.
>>> Como tirar proveito de seus inimigos
 
Julio Daio Borges
Editor
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