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Terça-feira,
11/8/2015
E se tivesse dado certo?
Raul Almeida
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Serge Voronoff,(1866/1951) médico nascido na Rússia e formado pela Escola de Medicina de Paris, antecipou a técnica dos transplantes de órgãos, em ousadas experiências com carneiros. O Dr. Voronoff transplantava os testículos de animais jovens em outros da mesma espécie muito mais velhos, é claro... Parece que teve êxito em algumas experiências.
Tentou repetir a façanha com humanos, mas não encontrou nenhum doador, nem morto. O tempo passou e o Viagra e & cia., apareceram, ajudando aos velhinhos mais entusiasmados e muitos moços sem entusiasmo, a encontrarem uma solução para suas carências ou deficiências.
A medicina moderna vem realizando feitos maravilhosos, como os transplantes de órgãos, claro que entre humanos, cirurgias reparadoras de todos os tipos, implantes de ossos e próteses fantásticas. Ciborg é quase uma realidade. Frankenstein idem.
Com o marketing inventando necessidades e padrões de consumo, beleza, comportamento etc, assistimos ao endurecimento de bundas outrora lamentáveis, ao soerguimento de seios absolutamente derrubados, e a reconstrução de faces, pescoços, ventres e panturrilhas.
A moda manda! O que era feio, hoje pode ser indispensável: O botulismo que causava horror e morte, agora em versões dominadas pela técnica estética, é produto de consumo, desde lábios grossos a rostos sem expressão por conta do botox... Definitivamente magra, definitivamente elegante, definitivamente jovem. Que loucura. As mãos dos cirurgiões plásticos realizam milagres. Afinam septos, criam bochechas, reduzem cinturas, renovam cabeleiras, atuam sobre o corpo e a mente de quem se acha feio, velho, superado.
Felizmente, a natureza que o Dr. Voronof não dominou, prevaleceu e, mesmo com os recursos mais recentes, o transplante de pedaços de animais em humanos não prospera. Imagine só se tivesse dado certo. Os burricos, asnos e jegues, seriam implacavelmente desarmados. As cabritas e as ovelhas coitadas, iriam pelo mesmo caminho. E os lutadores,com biceps e peitorais de gorilas?
Talvez algum benefício, apesar do sacrifício dos pobres animais, seria o transplante de cérebros dos chipanzés africanos para o crânio de alguns políticos, notadamente brasileiros, e até para algum ministro, do tipo que manda o País relaxar e trepar pois a vida continua ou que a inflação é uma quimera, que está tudo bem, que vamos ganhar todas as medalhas nas próximas olimpíadas.
O Dr. Voronoff visitou o Brasil no dia 20 de julho de 1928. Esteve no Rio e em São Paulo, recebeu homenagens e fez discursos. Foi embora e nunca mais foi convidado a voltar. Suas observações e estudos sobre disfunções hormonais tiveram grande repercussão. Morreu muito tempo depois de tentar, sem êxito, transplantar os dotes de um macaco, num milionário americano.
RA
Postado por Raul Almeida
Em
11/8/2015 às 14h19
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