Ontem assisti ao Rede Mídia, na Rede Minas. Valeu a pena porque o filósofo convidado estava ótimo, consistente e valente diante daquela moça que tentava, aos tremores, se segurar no velho modo de fazer jornalismo. Ahá! A discussão (inclusive no Twitter) sobre o blog da Petrobrás vale a pena pelas entrelinhas dela, mais do que por qualquer outra coisa. E o papo de que o diploma de jornalismo caiu? Será que vão todos migrar para a Publicidade? Será que os jornais (em qualquer meio) vão melhorar? Será o Benedito? Não sou jornalista diplomada e sempre senti a força da reserva de mercado. Será que sentirei menos? José Eduardo Gonçalves, ao final do programa, disse tudo: "a coisa mudou, gente". Não foi bem com estas palavras, mas era isso. As aspas são sacanagem minha, assumo. A coisa mudou, gente. No entanto, é necessário esclarecer: não é porque está mudando que o que é ruim ficará bom. A melhora do jornalismo não se restringe à contratação de técnicos em informática, ok? Nem a abrir uma conta no Twitter, que é a bola da vez. Ser bom jornalista é muito mais. E mesmo quando as faculdades de jornalismo eram necessárias para emitir diplomas, formar bons jornalistas ultrapassava muito o que se oferecia lá, como em qualquer outra profissão. O que é formar bons médicos? Bons professores? Bons engenheiros? Bons nutrólogos? É muito mais, muito mais dedicação, de quem forma e de quem é formado. Bacana ver essa discussão assim tão acesa. Bom sinal. Quando as pessoas nem se incomodam é que é osso.
O Grupo Abril informou que a Revista da Semana deixará de circular a partir do dia 25/06. A publicação, lançada em agosto de 2007, oferecia uma compilação dos principais acontecimentos da semana. De acordo com a empresa, o encerramento da revista foi motivado pela atual crise econômica mundial.
"Já sabíamos que não seria uma experiência fácil, porém acreditávamos que ele poderia se firmar, mesmo em face da alta competitividade dos meios digitais. Durante quase dois anos, a publicação foi conquistando seu espaço, mas com a crise econômica e consequente retração e incerteza do mercado, a continuidade do projeto foi inviabilizada", esclarece Jairo Mendes Leal, presidente executivo da Editora Abril, em comunicado oficial.