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Quarta-feira, 19/10/2011
Amélia de Beauvoir
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Sartre insistiu, com argumentação existencial, que experimentasse o lesbianismo. Simone, sentindo repulsa, obedeceu. Sartre deixou de ter relações sexuais com ela quando Simone tinha 25 anos... Há cartas de Simone implorando que ele lhe dê uns minutos de atenção... Que deixe de lado, por um tempo, suas femmelettes, como chamava o harém. Na carta mais patética, agradece que Sartre tenha beijado seus rosto velho. Simone tinha 39 anos. Nunca tinha tido um orgasmo com Sartre. Foi o escritor americano Nelson Algren que fez com que ela experimentasse essa consumação sexual, aos 39 anos... O segundo sexo, o livro, foi prescrito por Sartre a Beauvoir, como terapia sexual. Ele se cansou momentaneamente das femmelettes e resolveu se casar. Beauvoir queria se suicidar. Sartre consegui dissuadi-la e convencê-la de que devia escrever um livro sobre o potencial de independência da mulher. Beauvoir escreveu O segundo sexo, e feminismo em nosso tempo ganhou o seu Corão, seu Capital, sua Bíblia. Mais surpreendente ainda é que Sartre não estava sendo hipócrita. Ante uma Simone prostrada a seus pés, ele pregava sobre a autonomia e o poder de expressão da mulher. Há um indício claro, freudiano, inconsciente, de que se ressentia do seu donjuanismo, da maneira que mesmo mulheres subservientes têm de infernizar a vida dos homens. Sua melhor peça, Huis-clos, representa o inferno como um homem atormentado por duas mulheres. Sartre era um espírito livre. Ganhou milhões de dólares, como escritor, e deu tudo. No fim da vida, quase cego, bêbado e drogado, andava pelo Quartier Latin de chinelos porque não lhe sobrara dinheiro para comprar sapatos. Beauvoir, talentosa, talvez tenha escrito, ou, ao menos, completado, boa parte dos livros de Sartre. Ele passava a ela os manuscritos inacabados para que finalizasse. Há a suspeita de que tenha sido ela quem escreveu a obra-prima literário-existencial de Sartre, A náusea, sobre notas dele. E nunca sequer lhe passou pela cabeça pedir reconhecimento ou dinheiro. Sartre era o homem dela, por quem uma mulher de verdade sacrifica tudo. Amélia de Beauvoir.

Paulo Francis, em Waaal (porque eu me lembrei desse trecho quando ouvi falar da nova peça da Fernanda Montenegro...)


Postado por Julio Daio Borges
Em 19/10/2011 à 00h35

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