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Segunda-feira, 23/7/2012
O mercado de ebooks no Brasil
+ de 4600 Acessos
+ 2 Comentário(s)

Preciso repetir sempre: desde 2000, ano em que criei meus primeiros ebooks para o pré-histórico Rocket eBook - fiz até mesmo uma versão em .RB e em EbookEditPro para o Caderno Rosa de Lori Lamby, de Hilda Hilst, de quem era então secretário -, enfim, desde 2000, não canso de me espantar com a inércia bovina e com a impressionante falta de visão do mercado (isto é, dos produtores, distribuidores e consumidores brasileiros) diante dessa fantástica inovação tecnológica. Talvez esse meu espanto não passe de uma reação colateral a um trabalho que escrevi na UnB, nos anos 1990, sobre a história do livro, desde as placas de argila, passando pelos papiros e palimpsestos até os códices e brochuras atuais. (Atuais?) Qualquer faraó, qualquer escriba persa, qualquer monge copista ficaria embasbacado ao deparar-se com uma placa... placa de quê? parece cerâmica... mas é muito leve... e tem um... espelho? Não, não reflete, muito fosco... Nossa, apareceu um texto nela!!! Que mágica, as páginas desaparecem e reaparecem no mesmo lugar! O quê?!! Há mais de mil pergaminhos dentro dele?!! É uma biblioteca de Alexandria ambulante?! De onde saiu isso?! Ah, meu senhor, não faço ideia, deve ter vindo do Céu, muito provavelmente os deuses o trouxeram...

Um excelente artigo de C. S. Soares, Diretor-Executivo da Obliq Press, publicado no site Musa Rara, dá detalhes desse nosso atraso, o qual muito se assemelha a nossas estradas esburacadas em comparação às autobahns alemãs.

Leia um trecho:
(...) Segundo dados da Nielsen BookScan, a queda nas vendas dos livros impressos nos Estados Unidos dobrou em dois anos (sendo que a maior redução foi em ficção - 7,2% em 2010 e 18% em 2011). No Reino Unido, nas primeiras quatro semanas de 2012, a redução nas vendas de livros físicos foi de 12% no geral e de 26% apenas em ficção. O mesmo ocorre na Espanha. Na Itália, a exceção, as vendas de ficção ainda crescem.

No Brasil, onde a cada ano que passa as grandes editoras reduzem a quantidade de títulos publicados, inusitadamente, o mercado editorial festeja os índices apresentados no recente levantamento "Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro", realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (FIPE/USP). Os resultaos mostraram um crescimento de 7,2% nas vendas do setor literário no Brasil. Dos 438 milhões de exemplares vendidos em 2010, foram vendidos 469,5 milhões em 2011.

É importante lembrar que a análise da FIPE/USP, que apura dados nos segmentos que sustentam a cadeia produtiva do livro, ou seja, o mercado (livrarias e outros pontos de venda) e o governo (que compra das editoras por meio de programas como Plano Nacional do Livro Didático - PNLD), avalia o preço médio do livro, que não corresponde ao que é pago pelo consumidor, e sim às vendas (com descontos) das editoras ao mercado e ao governo. Ainda segundo o levantamento da FIPE, os títulos digitais ainda não têm influência significativa na elevação ou queda do preço médio do livro, mas começam a fazer presença no panorama editorial, com mais de 5.200 títulos lançados em 2011. O número equivale a aproximadamente 9% dos mais de 58 mil títulos totais lançados em 2011. Em relação às vendas, o total corresponde a um faturamento de cerca de R$ 870 mil. Enfim, muito pouco, quase nada.

Enquanto isso, nos EUA, segundo relatório recentemente divulgado pela Association of American Publishers (AAP), os livros digitais já trazem maior faturamento aos editores americanos do que os tradicionais livros de capa dura. Além disso, no seguimento de livros para adultos, entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012, as vendas de e-books cresceram cerca de 50%. Já no seguimento de livros infantis, o crescimento do faturamento foi de 475% no mesmo período!

Resumindo, a situação é a seguinte: no mercado brasileiro, celebra-se o "crescimento" das vendas de livros impressos e nos EUA, o faturamento, cada vez maior, ano a ano, na venda dos e-books. Pergunto a você, prezado leitor, qual das duas situações deveria, digamos, ser mais celebrada?

A grande verdade, amigos, é que as editoras nacionais ainda não reconhecem a importância cada vez maior do conceito de inovação no mundo atual. Editoras concorrendo com empresas de tecnologia? Ora, só incorporando inovação e, claro, tecnologia nos seus processos. Existem ainda grandes editoras brasileiras (pasmem!) que não possuem intranet e não dão a devida atenção à gestão de seus ativos digitais. É nesse cenário hostil que as editoras precisarão lutar para sobreviver. Se querem ter melhores chances de sobrevivência, precisam, para começar, "tirar a venda" (que elas mesmas colocaram) dos olhos. É preciso fazer o trabalho de casa. Esquecer o passado e olhar (de forma positiva) para o futuro. A crise, acredito, pode ser oportunidade para ampliar (até) sua carteira de clientes e portfólio de produtos e serviços.

Livros e software são produtos do intelecto. Conhecimento recuperado, produzido, editado, empacotado e publicado. O que estamos observando é que a Amazon, Google e Apple (Microsoft, em breve) também se tornaram "editoras" e "livrarias" dos novos tempos. Elas apostam nos livros digitais, pois sabem que eles tendem a superar, por diversos motivos, a vendas dos livros impressos. Entretanto, as editoras em geral (e principalmente as brasileiras) insistem em enaltecer uma tecnologia do século XV (a prensa de Gutenberg), modelos de negócios do século XIX, achando que assim vão se estabelecer no século XXI. Ainda se ouve (acreditem!) entre muitos editores brasileiros a discussão sobre a "insuperável" supremacia do livro impresso sobre o digital. (...)
E então, gente? Vamos mudar de perspectiva?


Postado por Yuri Vieira
Em 23/7/2012 às 11h34

Quem leu este, também leu esse(s):
01. Jobs lançando o iPod em 2001 de Julio Daio Borges
02. Asia de volta ao mapa de Diogo Salles


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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
3/8/2012
04h58min
O Brasil está engatinhando ainda, e penso que ficará assim para sempre, ainda mais se compararmos a nossa realidade com a de outros países, principalmente com os Estados Unidos. Não são apenas as editoras que não valorizam o mundo digital. As empresas também! Mais de 50% sequer tem uma presença na internet e quando questionadas dizem que não precisam de um site. O Brasil está comemorando porque o ano passado a publicidade na internet gerou um faturamento de R$ 3.3 bilhões, enquanto a publicidade na internet norte-americana gerou um faturamento de US$ 31 bilhões. Ou seja, quando as editoras e as empresas de modo geral começarem a perceber o valor e as vantagens do universo digital, lá eles estarão em outro nível, muito mais avançados, que nós nem conseguimos imaginar. O brasileiro é arrogante, hipócrita, metido a sábio, resistente a mudanças e orgulhoso. Engana-se quem pensa que esse é um país liberal e quem dera, moderno em algum aspecto.
[Leia outros Comentários de K. P.]
4/8/2012
13h34min
Olha, bem difícil discordar de você, K.P. Se observarmos as coisas por aqui tais quais são - essa mania anti-empreendedorista da sociedade (todos atrás de concursos públicos), os altos impostos e taxas, o cipoal de regulamentações, os encargos trabalhistas absurdos inspirados em Mussolini - enfim, tudo nos leva a crer que você tem razão. Ora, o Estado torna tudo tão difícil para o empresário que mal sobra para ele investir e arriscar com "novidades". (Basta ver a diferença entre ter um site com domínio e hospedagem no exterior e outro site .br hospedado aqui para se ter uma clara noção da diferença.) No entanto, enquanto escritor, ainda tenho a esperança de, futuramente, vender meus ebooks numa quantidade razoável. Quem sabe com a chegada da Amazon? Meus primeiros livros já estão à venda lá. Ou seja, ela ainda não chegou ao Brasil mas já estou vendendo. Veremos como será quando aceitarem não apenas cartões de crédito internacional. Ah, sim, este não é mesmo um país liberal. É estatista
[Leia outros Comentários de Yuri Vieira]
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