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Sábado,
18/4/2015
Beatriz Milhazes no Espaço Cultural Unifor
Marcio Acselrad
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Círculos, círculos e mais círculos. De todas as cores e tamanhos. Algumas retas que quebram tanta circularidade. De vez em quando, uma fruta ou flor para nos lembrar que é do mundo que se trata. Figuras geométricas perfeitamente imperfeitas. Decalques e serigrafias. Tudo isso transportado em gigantescas caixas de madeira, penduradas em paredes lisas para a apreciação de quem se deixar levar, de quem quiser apreciar. O nome disso é arte e ninguém é capaz de dizer exatamente de onde vem, para onde vai ou para que serve. O dom de Beatriz Milhazes e evidente. Gostando ou não de sua obra, é patente que ela sabe fazer o que faz. Mas de onde vem este dom? O dom é de Deus? Pode ser que sim, mas nesse caso, que divina injustiça! Por que ele abençoa alguns com tamanho talento e outros, reles mortais, precisam se contentar com o dom de apreciar? E por que outros ainda sequer são dotados deste último? Prefiro pensar que o dom de criar e o de fruir são humanos. Demasiado humanos. É o homem excessivo, que transborda de si, transmutando-se em obra e em júbilo. Esta é sua única função. É isso que faz com que Beatriz, em infinita paciência, cubra a tela de camadas e mais camadas, "vista" a tela nua com finos brocados e rendas feitas de tinta, borde na tela os finos abainhados de saias que valsam em requintados salões na nossa imaginação. Ou então que simplesmente viajemos em seu mundo de formas e cores, sem procurar nenhum destino humano, nenhuma forma reconhecível, nenhum traço do já visto. Em todo caso, é experiência mais que necessária em um mundo tão impregnado de cotidiano, de senso comum, de repetição. É o novo invadindo as retinas para que não nos cansemos nunca do mundo e que possamos ve-lo sempre novo, como a criança que, ao nascer, sentisse que nasceu deveras.
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Postado por Marcio Acselrad
Em
18/4/2015 às 12h07
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