Digestivo nº 35 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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Quarta-feira, 6/6/2001
Digestivo nº 35
Julio Daio Borges
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Imprensa >>> Meu Pequeno Púcaro Búlgaro
Muitos comentários e muito falatório em torno da decisão de Diogo Mainardi em expor seu drama pessoal em Veja. Há muito tempo que Diogo Mainardi é um escritor respeitável e um articulista de grande habilidade. Tem estilo próprio e domina a língua como poucos literatos e jornalistas atualmente. De repente, porém, assumiu uma fraqueza, um drama, uma impotência e foi ovacionado como "ser humano" de extrema sensibilidade e talento para as letras. É lamentável que seja assim. Quer dizer, se não é possível acompanhar Diogo Mainardi nos seus momentos de força e ímpeto, adere-se a ele nos seus momentos de fraqueza e falibilidade. A questão de discutir (ou não) problemas de ordem privada, em esfera pública, é secundária e só diz respeito ao próprio Diogo Mainardi. Ainda assim, essa iniciativa, junto a todas as repercussões que ela provoca, insere-se no contexto contemporâneo de abordar "assuntos íntimos" com uma riqueza de detalhes quase confessional, beirando o sentimentalismo e apelando para uma certa "compaixão coletiva". Dizem que isso começou com Balzac que, ao inventar o gênero romance, desnudou a bourgeoisie do século XIX. Diogo Mainardi tem todo o direito de desvelar-se em público, pois, como todo grande artista, transforma tudo em arte. Mas ele é, certamente, uma exceção. E hoje, infelizmente, impera a regra. [Comente esta Nota]
>>> Veja
 



Internet >>> Alguma coisa de sensacional para se ler no trem
Bem-vindo ao mundo dos "blogs", diários virtuais em que os internautas se abrem e palpitam sobre os acontecimentos. Mas o que vem a ser um "diário virtual", se a beleza dessa prática adolescente está justamente em se revelar para um caderno que ninguém vai ler? A mídia, e o desejo iminente de conquistá-la, subjugou até mesmo os antigos rebeldes, que se esparramavam em sentimentos fortes e agudos o suficiente para querê-los escondidos da platéia. A urgência da tecnologia, e da internet, vai acabar de acabar com essas iniciativas que só têm importância (como leitura, como "produto") quando apreciadas depois de um certo tempo. Um diário - de verdade - só tem sentido para quem o escreveu; ou, então (se o sujeito for um escritor mesmo), para uma audiência literária, depois que ele morrer. Mas nem só de pretensões elevadas (ou volúveis) vivem os "blogs". A internet abriu espaço para um tremendo exercício de diletantismo, como nunca houve. Quase que só amadores derramam-se em pontos-de-vista e opiniões, em HTML, como se fizessem pronunciamentos para um Maracanã lotado. Talentos vêm despontando, e o gosto pela leitura, aumentando - espera-se. Mas permanece, todavia, o enigma: o que significa ter um leitor que interage (em tempo real), e quais são implicações disso para a boa e velha Literatura? [Comente esta Nota]
>>> http://www.blogger.com
 



Música >>> Quem sabe eu ainda sou uma garotinha
Diferentemente da torrente de acústicos que assola o mercado, Cássia Eller veio para delimitar seu território. Por uma certa antipatia do público, e pela própria contundência de que não abre mão, Cássia Eller ficou relegada a um círculo de admiradores tímidos, ou então a meninos e meninas com intenções estritamente viris. Esse disco vem para desfazer essa imagem e conquistar outros horizontes, afinal ela se lança com Non, Je Ne Regrette Rien (standard de Edith Piaf), Partido Alto (de Chico Buarque), Vá Morar com o Diabo (de Riachão), Queremos Saber (de Gilberto Gil), e Top Top (dos Mutantes). É também responsável, por essa guinada, Nando Reis, o mais novo "darling" das intérpretes consagradas no final dos anos 80, início dos anos 90. Ele assina, junto com Luiz Brasil, a direção musical do álbum. Acerta também um dívida com a cantora que, a exemplo de Marisa Monte, deu voz e valor ao titã em peças como E.C.T. ("Levo o mundo e não vou lá"), Luz dos Olhos ("Ponho os olhos em você, se você está"), Relicário ("O que está acontecendo? O mundo está ao contrário e ninguém reparou") e O Segundo Sol ("Quando o segundo sol chegar / Para realinhar as órbitas dos planetas"). Completam o quadro, os violões poderosos do próprio Luiz Brasil, de Walter Villaça e o baixolão de Fernando Nunes. E, claro, as mui apropriadas menções a Renato Russo, Frejat e Cazuza. [Comente esta Nota]
>>> Cássia Eller
 



Teatro >>> De pernas tortas, de pernas fracas, trôpego
Cambaio é o nome do novo musical de Chico Buarque e Edu Lobo, com intervenções de Lenine, Adriana e João Falcão. Nada daqueles temas bucólicos, daquela alegria circense, daquele lirismo poético. Cambaio é uma pancada sonora, tão grande, que as letras e harmonias ficam quase perdidas em meio a baterias, percussões, teclados, DJs e guitarras distorcidas. Não fosse um verso pescado aqui e ali, e uma canção cantada (ao invés de berrada), poder-se-ia afirmar tratar-se de um mero espetáculo de vanguarda, com músicos e atores tecnicamente habilitados - e só. A estrutura dramática praticamente inexiste, a história gira em torno do próprio texto, que vai e volta no tempo, em retomadas cansativas e desnecessárias. Sem muita criatividade, o protagonista encontra-se consigo mesmo em sonho, em realidade e em imaginação. No fundo, é até compreensível que Chico Buarque e Edu Lobo queiram se lançar nas possibilidades futurísticas da música moderna: pulsante, contundente, eletrônica. O fato é que não combinam com ela. Quer queria, quer não, ambos se fizeram na tradição da sutileza, do apuro, da meticulosidade. Em Cambaio, acabam sufocados pela massa sonora. E, no balanço, a crítica especializada morre de medo de apontar um mínimo defeito na performance. Espera-se que o CD possa explicar o que é que eles foram fazer lá. [Comente esta Nota]
>>> Cambaio
 



Gastronomia >>> O Conselheiro também come (e bebe)
O Panino Giusto, da Rua Augusta, passou por recente reforma. O salão de entrada adquiriu cores vivas e linhas retas, seguindo o padrão dos estabelecimentos mais "descolados" da temporada. Já o salão do fundo contrasta com a modernidade da entrada, ao optar por um mobiliário mais sóbrio, por um verde mais presente, e por um acessório fundamental nas noites frias de inverno: a lareira. O fogo fascinou Heráclito, que explicou o mundo pelo viés da "mudança", permanente e eterna. (Sua filosofia terminou como uma das mais resistentes em toda a História.) Enquanto isso, em São Paulo, derretem-se queijos, carnes e chocolates, em "fondues" diversos, que - apesar do nome francês - existem desde os tempos romanos de Asterix. O Panino Giusto oferece também massas e carnes, com o mesmo apuro de muitos restaurantes de grife na cidade, mas não cobra tão caro. Mesmo assim, é preciso atenção: uma salada de folhas triviais, arranjada de certa forma sofisticada, pode custar o mesmo que um suculento prato de alimentos mais sólidos e, por que não dizer, mais saborosos. Saladas, frutas e outras iguarias que já vem prontas da Mãe Natureza deveriam ser encaradas como "commodities". Mas, se nem a água é vista dessa maneira, o que esperar de frutos e folhagens? Paga-se pelo serviço, pelo estilo, pelo ambiente. Paga-se, enfim, por um microcosmo, que, apesar de tudo, vale. [Comente esta Nota]
>>> Panino Giusto - Rua Augusta, 2963 - Tel: 3064-9992
 
>>> MINHA PÁTRIA É MINHA LÍNGUA
"Às vezes, as pessoas colocam uma energia de inveja nim você."
 
Julio Daio Borges
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