"Aos 101 anos, Oscar Niemeyer desponta como uma das promessas da nova arquitetura brasileira. 'É um alento contar com uma pessoa dessas para desenhar projetos inviáveis que são sucesso de crítica', apontou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que acaba de contratar o arquiteto para esboçar o Município da Música. A obra, baseada nos desenhos da Pampulha, será construída sobre as ruínas da antiga Cidade da Música, abandonada por Paes justamente por não ter sido projetada pelo arquiteto-revelação. A filosofia de Paes é endossada pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, que acaba de fechar com Niemeyer um pacote de 152 novos projetos, dentre os quais a construção de um novo Distrito Federal (baseado nos desenhos da Pampulha). Procurado pela redação, Niemeyer agradeceu os elogios mas foi breve, pois está atarefado com o desenvolvimento de um novo projeto (baseado na Pampulha): 'Quero redesenhar o Maracanã para a Copa de 2014. Penso em me inspirar na Pampulha', disse."
É indiscutível como o triunfo do telefone, do avião, do automóvel. Há aliás toda uma correspondência viva e direta entre as artes de hoje e o nosso tempo tão diverso dos tempos idos.(...)
Sempre que posso, testo alguns programas voltados à creative writing (escrita criativa), uma vez que os processadores de texto normais, a princípio, não possuem como usuários alvo os escritores e roteiristas. Em geral, editores de texto comuns têm a pretensão de ser utéis a toda e qualquer pessoa, a toda e qualquer função, desde a redação de receitas de bolo até a escritura de um romance. Claro, é bom ter um processador de textos comum ― e eu tenho dois: o Writer (editor do OpenOffice) e o EditPlus (útil para editar scripts em PHP, HTML, etc.). Mas não é destes que quero tratar. Senti a necessidade de um processador voltado à "escrita criativa" quando notei a quantidade de arquivos paralelos e secundários que vou criando enquanto escrevo meu romance: um com a descrição dos personagens, outro com ideias para a trama, outro com informações surgidas no processo mesmo da escrita ― as quais não devo esquecer de forma alguma ―, outro com dados de pesquisas feitas sobre temas relevantes, e assim por diante. No correr das semanas e dos meses, me vi afogado por dezenas de arquivos em DOC, TXT, RTF e HTML, nos quais, para meu desespero, encontrei dados repetidos e redundantes. Enfim, um processador de textos comum já não me satisfazia. Como eu já utilizava editores voltados à criação de roteiros de cinema e vídeo, decidi encontrar algum útil à escritura de romances, novelas e contos. Quero falar de ao menos três.
O primeiro, e o que me pareceu mais interessante e objetivo, é o WriteItNow. É ideal para romancistas e novelistas. Com ele, você cria um projeto no qual é possível definir, em abas separadas, o perfil dos personagens, ideias gerais, anotações referentes ao andamento da trama, eventos importantes, locações e, claro, a subdivisão do trabalho em capítulos e cenas. Há ainda gráficos que mapeiam a interação dos personagens e também a ordem cronológica dos eventos e acontecimentos mais significativos. O programa é capaz de exportar o livro completo ou os capítulos individuais para arquivos RTF, TXT, HTML e PDF. É possível ainda, na versão mais recente do programa, estabelecer metas e prazos para a finalização da obra, através da escolha de um número de palavras a ser escrito diariamente. Possui até mesmo uma instância cuja função é organizar e monitorar as cópias enviadas para editoras, com datas de envio, de aprovação, de negativa etc. A interface é simples, bonita e bastante intuitiva. O programa não é gratuito, mas vale o preço.
Outro bom programa é o yWriter 5. Embora a interface não seja tão atraente e intuitiva, possui praticamente as mesmas funções do WriteItNow. Sua maior vantagem é ser gratuito e ter sido desenvolvido por um escritor de romances satíricos que também é programador ― o que significa que seu criador realmente conhece as necessidades de um autor de ficção. Sua função de becape via FTP é uma mão na roda. Na sua próxima atualização virá com a interface em português traduzida por mim.
Devido a seu minimalismo, o terceiro é o contrário dos anteriores: Dark Room. É ideal para escritores que não necessitam senão de uma tela em branco. Ou, o que é padrão neste processador, de uma tela negra com texto em "fósforo verde", uma coisa meio Matrix. Digamos que é um Notepad metido à besta. Também é gratuito. Indicado para quem escreve contos e não deseja distrações. Eu gostei.