Blog | Digestivo Cultural

busca | avançada
52363 visitas/dia
2,0 milhões/mês
Mais Recentes
>>> “DESIGN versus DESIGUALDADES: Projetar um mundo melhor”
>>> “O Tempo, O Feminino, A Palavra” terá visita guiada no Sérgio Porto
>>> Marés EIN – Encontros Instrumentais | Lançamento Selo Sesc
>>> renanrenan e Os Amanticidas
>>> Ekena canta Elis
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Stalking monetizado
>>> A eutanásia do sentido, a poesia de Ronald Polito
>>> Folia de Reis
>>> Mario Vargas Llosa (1936-2025)
>>> A vida, a morte e a burocracia
>>> O nome da Roza
>>> Dinamite Pura, vinil de Bernardo Pellegrini
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
>>> A Espada da Justiça, de Kleiton Ferreira
>>> Left Lovers, de Pedro Castilho: poesia-melancolia
Colunistas
Últimos Posts
>>> Ilya Sutskever na Universidade de Toronto
>>> Vibe Coding, um guia da Y Combinator
>>> Microsoft Build 2025
>>> Claude Code by Boris Cherny
>>> Behind the Tech com Sam Altman (2019)
>>> Sergey Brin, do Google, no All-In
>>> Claude 4 com Mike Krieger, do Instagram
>>> NotebookLM
>>> Jony Ive, designer do iPhone, se junta à OpenAI
>>> Luiz Schwarcz no Roda Viva
Últimos Posts
>>> O Drama
>>> Encontro em Ipanema (e outras histórias)
>>> Jurado número 2, quando a incerteza é a lei
>>> Nosferatu, a sombra que não esconde mais
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
>>> Transforme histórias em experiências lucrativas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Europeus salvaram o cinema em 2006
>>> Deus fala em Caps Lock
>>> O fim do editor de livros
>>> Quem é Daniel Lopes
>>> Um harmonizador por força da intuição
>>> Alguns Jesus em 10 anos
>>> Deus: uma invenção?, de René Girard
>>> Apresentação
>>> O cérebro espiritual, de Mario Beauregard
>>> Rejeição
Mais Recentes
>>> Barbie Butterfly E A Princesa Fairy de Elise Allen pela Ciranda Cultural (2014)
>>> Revista Internacional Setembro n 05 1982 + 18 de Revista Internacional pela Loveland (1982)
>>> O Milagre Da Manha de Hal Elrod pela Best Seller (2019)
>>> Art Espanyol per a la fi de Segle de Teclasala pela Teclasala (1997)
>>> Duzinda - Audiobook de Clotilde Chaparro Rocha pela audiotech Thesauros (2010)
>>> Nobre Alcorão - Livro de Bolso de Helmi Nasr pela Ctrs (2020)
>>> Revista Playboy Rosemary n 116 1985 de Revista Playboy pela Abril (1985)
>>> Revista Sports Car International Tom Matano on The Coupe Aug- Set 1996 de Revista Sports Car International pela Revista Sports Car International (1996)
>>> Revista Playboy - Cindy Crawford n 278 Setembro 1998 de Revista Playboy pela Abril (1998)
>>> Revista Playboy Paula Burlamaqui n 250 Maio 1996 de Revista Playboy pela Abril (1996)
>>> Revista Playboy Adriane Galisteu n 241 Ed de Aniversário Agosto 1995 de Revista Playboy pela Abril (1995)
>>> Revista Playboy Yona Magalhaes n 127 1986 de Revista Playboy pela Abril (1986)
>>> Revista Playboy Leila Lopes n 260 Março 1997 de Revista Playboy pela Abril (2025)
>>> Revista Playboy n 132 Sonia Braga Julho 1986 de Revista Playboy pela Abril (1986)
>>> Revista Playboy Alessandra Negrini n 297 Abril 2000 de Revista Playboy pela Abril (2000)
>>> Revista Playboy n 296 Tiazinha Março 2000 de Revista Playboy pela Abril (2000)
>>> Revista Playboy n 76 Lucelia Santos Novembro 1981 de Revista Playboy pela Abril (1981)
>>> Poeminhas Da Terra de Márcia Leite e Tatiana Moés pela Pulo Do Gato (2016)
>>> As Valkirias - Colecão Paulo Coelho de Paulo Coelho pela Gold Editora (2002)
>>> Revista Playboy n 141 Sonia Lima de Revista Playboy pela Abril (1987)
>>> O Zahir - Colecao Paulo Coelho de Paulo Coelho pela Novo Seculo (2005)
>>> Revista Playboy n 140 Claudia Alencar 1987 de Revista Playboy pela Abril (1987)
>>> Homem, Pecado e Salvação de Gabriel de Oliveira Porto pela Gop Publicações (2017)
>>> Os Fatos Sobre As Religioes Mundiais de John Ankerberg pela Actual (2010)
>>> Assembléia Escolar: Um Caminho Para A Resolução de Conflitos de Ulisses F. Araújo pela Moderna (2004)
BLOG

Segunda-feira, 13/2/2006
Blog
Redação
 
Desordem

Na poesia eu não posso fazer como numa crônica que tenho data para entregar. Na poesia eu não decido quando. Porque o motor gerador da poesia está fora de mim, fora do meu controle. De repente a poesia vem. É uma coisa que Manuel Bandeira dizia: o poema escolhe o momento de nascer. É verdade, escolhe. Acho que fazer poesia é aprender a fazer poesia, permanentemente. E quando você sabe demais tem que desaprender. Porque a poesia é o erro e a superação do erro. Não se pode estar seguro. Atualmente escrevo com mais dificuldade do que eu escrevia antes. Por exemplo, eu escrevi um poema chamado "Desordem". Depois eu fui reler este poema, na forma que parecia final. Quando o estava relendo, começaram a surgir na minha cabeça idéias que não estavam expressas nele, mas que diziam respeito a ele. Aí eu escrevi uma espécie de adendo ao poema. Isto nasceu de modo imprevisível, da leitura do próprio poema. Certa noite, saía da casa da Claudia [Ahimsa, companheira do poeta]. E quando atravesso o jardim havia ali um jasmineiro lançando perfume no ar. Fiquei louco. Arranquei umas flores do jasmineiro e saí cheirando aquilo, aspirando aquilo que senti como um veneno. É que o cheiro do jasmim parece suave de longe. Quando você aspira ele se torna selvagem. Aquilo me envenenou. Entrei no meu carro doidão porque havia tomado um porre de jasmim e vim embora para casa. Aí, quando cheguei em casa, dormi e no dia seguinte escrevi um poema sobre aquele barato. E aquele jasmineiro está lá há anos e nunca me provocara tal sensação e de repente naquela noite provocou. Ou seja, é uma coisa que não tem controle. Eu jamais escreverei um poema pela simples idéia de que faz tempo que não escrevo um poema. E acho que ninguém escreve assim. Se escrever, não dá certo. Não estou falando de inspiração, mas é um acontecimento de caráter psicológico ou existencial que provoca um relâmpago, um curto-circuito. Na verdade, eu vou te dizer uma coisa: você não escreve a verdade do jasmim. Você inventa uma verdade para o jasmim. Porque a vida é uma invenção. O homem inventa a si mesmo permanentemente. E inventa a vida dele. Então o poema não é o registro da experiência do poeta. Não. A experiência da vida provoca uma invenção. E você cria um artefato que passa a ser a expressão verbal da experiência mas que não é ela.

Ferreira Gullar, em bela entrevista a Paulo Polzonoff Jr.

[Comente este Post]

Postado por Julio Daio Borges
13/2/2006 às 15h47

 
Are Newspapers Doomed?

"The public's consumption of news and opinion used to be like sucking on a straw; now it's like being sprayed by a fire hose."

Joseph Epstein, citando Richard A. Posner, num dos melhores ensaios sobre o fim dos jornais...

[Comente este Post]

Postado por Julio Daio Borges
10/2/2006 às 10h03

 
Matias na cidade

Eu já conhecia Alexandre Vidal Porto de nome, mas, vim a conhecê-lo melhor através de uma entrevista exibida na Globo News. De cara, cometi o erro de negligenciá-lo, de minimizá-lo. Embora ele seja uma figura simpática e sabidamente culta, não parecia que aquele diplomata de carreira realmente pudesse escrever um bom livro. Mas ele o fez.

A primeira coisa que me chamou a atenção em Matias na cidade (Editora Record, 2005, 159 páginas) é o início da crítica presente na contra-capa do livro, escrita por William McPherson, vencedor do Pulitzer. "A linguagem de Alexandre Vidal Porto é clara e brilhante como a luz de certas tardes de outono". Sinceramente, que tipo de crítica é essa? Beira o ridículo, na minha opinião. Até me fez lembrar Ariano Suassuna falando que mesmo os mais talentosos na arte da escrita às vezes escrevem frases idiotas. Essa é uma delas, é a típica crítica que não serve para nada, um ar poético para seduzir os menos avisados. Foi sob esse olhar que abri o livro e iniciei sua leitura.

Matias na cidade é um livro delicioso. Embora razoavelmente complexo em sua temática, a leitura é fácil e agradável, o estilo do escritor é direto, sem rodeios e sem complicações. Porém, as reflexões que poderá causar não são nada simples. Embora o autor não se concentre em explorar a dor dos personagens, certamente, ela está lá, a quem quiser alcançá-la. É como se ele apenas contasse a história, sem tomar partido, sem se aprofundar nos sentimentos, sem enraizar sua narrativa nas questões psicológicas dos participantes. Esse é o ponto forte do livro, deixar ao leitor decidir, e pensar, se quiser fazê-lo.

Matias, um quarentão mulherengo e bem sucedido profissionalmente é visivelmente infeliz. Sua esposa, também. Suas vidas são comuns, cheias de tragédias do dia-a-dia. São ocas, são profundas. O autor soube explorar muito bem esse clima de infelicidade pessoal, mesmo entre pessoas que tinham tudo para serem felizes, mas, não o são, o que deu errado? Matias na cidade é um livro atual sobre algo eterno.

[Comente este Post]

Postado por Marcelo Maroldi
9/2/2006 às 10h41

 
The Bear Case

No one else is writing this piece, so it will have to be me. I should say upfront that I'm not predicting that this will happen (yet), and I'm certainly not making a recommendation. I'm just laying out a scenario that could kneecap Google and take its stock back to, say, $100 a share.(...)

Henry Blodget, prevendo que o Google pode descer a rampa - em termos do preço da ação - como desceram Yahoo, AOL e outros...

[Comente este Post]

Postado por Julio Daio Borges
9/2/2006 às 09h28

 
Putting The Screws To Google

"(...) even though Old Media's fortunes are waning, it can still put some hurt on the new guys."

Jon Fine, na BusinessWeek, sobre uma possível resposta da indústria ao Google...

[Comente este Post]

Postado por Julio Daio Borges
8/2/2006 às 09h09

 
a read and write mechanism

[(...) Is there a bubble now in Web 2.0?] I don't know. (...) Things are different. The public isn't paying the price. In the late 1990s companies were going public on Nasdaq. Now, they're getting acquired by Google, AOL, Yahoo and Microsoft. As long as that happens, venture capitalists keep investing. (...) How long will that continue? It may depend on whether market valuations of Google and others continue to rise. Their appetite might be based on their market capitalization.(...)

Michael Arrington, do TechCrunch, especializado em Web 2.0 (porque eu acredito numa nova bolha...)

[Comente este Post]

Postado por Julio Daio Borges
7/2/2006 às 17h41

 
On being on television

Television is such a strange enterprise! I don't really know how else to put it. I get an e-mail in the afternoon from Tim Levell at Sky News saying that they're looking for someone vaguely clued-up to talk about weblogs that evening. I ask a few questions and get a bit nervous, and chat to a couple of friends and then decide that sure - even though I'm scared to death by the whole idea of live television, it's not exactly an opportunity you get every day. So I have a shower, find a shirt that doesn't look too bad, and scrabble around for a sweater that isn't still damp from the wash and wait patiently for the doorbell to ring.(...)

Tom Coates, do Plasticbag.org (porque, lá na Britânia, eles já estão levando os blogueiros para a televisão...)

[Comente este Post]

Postado por Julio Daio Borges
6/2/2006 às 17h32

 
Six month report

Look, the tech industry is and always will be fucked up. They still somehow manage to make a semi-usable product every once in a while. My Mac is slow as a dog, even though it has two CPUs and cost $5000, but I use it anyway because it's prettier and slightly more fun than the crap Microsoft and Dell ship. But give me a reason to switch, even a small one, and I'm outta here.

Dave Winer - um dos mais influentes blogueiros dos EUA -, entre Bill Gates, Steve Jobs e Michael Dell (porque ele não tem papas na língua...)

[Comente este Post]

Postado por Julio Daio Borges
3/2/2006 às 17h28

 
Cavernas e Concubinas

Está escrito na contra-capa do livro do Cardoso: o Cardoso (autor) do livro (e do blog Tripa nelas tudo) aparece antes do FHC no google, em uma busca por "Cardoso". É verdade mesmo, fiz o teste. Não que isso signifique algo, mas, é verdade! Ah, a propósito, o livro se chama Cavernas e Concubinas (2005, 177 págs.), da editora DBA.

Bem, que a literatura feita na internet já está migrando com sucesso para a impressa, isso todo mundo já sabe. Eu só gostaria de entender, entretanto, qual é essa literatura e pra que veio. Há 20 anos, Cavernas e Concubinas jamais teria sido publicado. O Cardoso escreve bem, escreve histórias interessantíssimas, sabe contar uma história como ninguém. Nos 41 contos do seu livro, tem-se a sensação que se está com ele numa mesa de bar, e ele contando tudo aquilo para a gente. E, de repente, isso vira literatura... O próprio livro diz que o Cardoso está agora ali (naquelas páginas), mas sem o desconforto de ter que lê-lo no monitor (do computador). Um texto de internet tem a mesma "força" quando em livro? E, tem o mesmo objetivo?, o mesmo público?, aceita a mesma forma?, a mesma dinâmica? Pode ser simplesmente tirado de um desses lugares e colocado no outro?

Deixando de lado essa discussão sobre a literatura feita na internet, cabe dizer que o livro é divertidíssimo, bem humorado, inteligente. Mas, infelizmente, não agradará qualquer pessoa. Aliás, o público que o livro atinge é mínimo, ouso dizer. Com um texto idêntico ao que se lê em blogs, Cardoso conta causos e faz reflexões sobre os mais variados temas. Quase sempre, claro, abusa de expressões e cenas pornográficas, referências a drogas, lugares, pessoas, etc. Além disso, procura minimizar a distância entre a língua por ele falada e a literatura que faz, então, não é raro encontramos palavras e vocábulos novos, mistura de palavras, de expressões, citações, comparações. Cardoso é um contador de histórias da internet..., agora em livro.

Para quem gostar desse tipo de literatura (de internet), Cardoso é o que há de melhor, sem dúvida.

[1 Comentário(s)]

Postado por Marcelo Maroldi
3/2/2006 às 13h01

 
Promoción del libro

Internet representa el principal desafío de las editoriales (...) a la hora de definir sus estrategias de comunicación con el fin de atraer a nuevos lectores que no leen la prensa escrita tradicional. Las nuevas tecnologías están modificando notablemente el modo en que las editoriales se comunican e interactúan con sus públicos (lectores, librerías, críticos literarios, suplementos culturales, etc.). En definitiva, buena parte del futuro del sector editorial (...) depende en buena medida de su capacidad de crecimiento y despliegue en el terreno de las nuevas tecnologías.

Sobre o estudo "El papel de la Comunicación en la promoción del libro" (porque, na Espanha, a ficha já caiu... e aqui no Brasil?)

[Comente este Post]

Postado por Julio Daio Borges
2/2/2006 às 17h16

Mais Posts >>>

Julio Daio Borges
Editor

Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Novo Websters - Dicionário Universitário - Inglês - Português - 5 Ed.
Antônio Houaiss & Ismael Cardim
Record
(2005)



Curso de Direito Penal - Parte Especial
Rogério Greco
Impetus
(2007)



Livro de bolso Poesia Libertinagem Estrela da Manhã
Manuel Bandeira
Nova Fronteira



Curso de Iniciaçao Logosofica
Carlos Bernardo Gpnzales Pecotche
Ed Logosofica
(2009)



O Senhor March
Geraldine Brooks
Ediouro
(2009)



Geração Canguru: Ninho Cheio
Mariana Figueiredo
Nversos
(2012)



As Cavernas de Aço-o Sol Desvelado-os Robos da Alvorada-robos Imperio
Isaac Asimov
Aleph
(2022)



Marley & Eu
John Grogan
Prestigio
(2006)



Caderno de Leituras Orientações para o Trabalho Em Sala de Aula
Companhia da letrinhas
Companhia da letrinhas
(2013)



Monte Alverne Pregador Imperial
Frei Roberto B. Lopes
Vozes
(1958)





busca | avançada
52363 visitas/dia
2,0 milhões/mês