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Quinta-feira,
28/11/2002
Um ano sem fumar
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Pior do que o camarada que fuma muito, só aquele que está sempre parando de fumar. Pior do que os dois, aquele que parou de fumar. Incluo-me na primeira e segunda categoria. Fumei demais, parei de fumar, nunca havia tentado parar de fumar antes.
Se eu tivesse de resumir os motivos que me levaram a fumar, teria que dizer que, em primeiro lugar, era culpa do cinema e de ver todos os adultos em torno de mim fumando adoidados.
No dia 21 de novembro do ano passado, eu resolvi parar de fumar. Cansei. Parei. Sem remédio, esparadrapo ou goma de mascar com nicotina. Nada. No peito, na raça e na valentia, conforme se dizia quando passei a me dedicar ao vício com seriedade.
Mais não digo para não ser um chato. Não prego sermão, não me recuso a ficar no mesmo recinto onde outros fumam. Passei a ser apenas o que era de início: um chato. Só que sem cigarro.
Ivan Lessa em "Um ano sem fumar"
Postado por Julio Daio Borges
Em
28/11/2002 às 19h29
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