O óbvio final de Belíssima | Digestivo Cultural

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Sábado, 8/7/2006
O óbvio final de Belíssima
+ de 28100 Acessos
+ 11 Comentário(s)

A novela Belíssima chegou ao fim neste final de semana, após muito suspense e uma enorme celeuma em torno de dois enigmas: o nome do "grande vilão" que estaria por trás do golpe desfechado contra Julia (Glória Pires) e a identidade do filho de Bia Falcão (Fernanda Montenegro) e Murat (Lima Duarte), abandonado pela mãe ainda bebê.

Foi, no mínimo, frustrante assistir ao último capítulo, transmitido na sexta-feira, dia 7/7, e constatar que o autor, Silvio de Abreu, apelou para as soluções mais simplórias, fazendo de Bia a vilã misteriosa que levou Julia à ruína e de Vitória (Claudia Abreu), a filha renegada por Bia e desaparecida há mais de trinta anos. A impressão que ficou foi a de que faltou criatividade e que, após oito meses de trabalho, Silvio de Abreu estava cansado e decidido a pôr um ponto final na história de qualquer maneira. Um thriller seja ele um livro, um filme, um seriado ou uma novela de televisão não pode, de forma alguma, terminar de maneira tão óbvia e previsível, ainda mais depois de gerar tanto mistério. O ideal seria que o filho de Bia e Murat fosse também o grande vilão e tivesse arquitetado o golpe com o intuito de ajustar contas com o próprio passado. E que fosse alguém totalmente insuspeito, capaz de causar surpresa e espanto entre os telespectadores quando sua identidade e seu plano maquiavélico fossem, enfim, revelados.

Sob esse aspecto, Belíssima se assemelha menos a A Próxima Vítima, novela policial escrita pelo próprio Silvio de Abreu em 1995 e cujo desfecho surpreendente para os crimes em série praticados ao longo da trama entrou para a História da televisão brasileira, e mais a O Astro, de Janete Clair, grande sucesso de 1978 e que, assim como Belíssima teve um final decepcionante, após meses de suspense intenso. Nele, Janete escolhia como o assassino de Salomão Hayalla (Dionísio Azevedo), o personagem Felipe (Edwin Luisi), que era amante de sua mulher e fora desde sempre o maior suspeito. Pelo visto, ainda está para surgir um escritor de thrillers realmente competente na televisão brasileira e que não traia os seus telespectadores com tramas em que predominem o anticlímax e a falta de criatividade na solução dos mistérios.


Postado por Luis Eduardo Matta
Em 8/7/2006 às 08h45

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Observações:
COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
9/7/2006
16h01min
Respeito sua opinião, mas não concordo. Se bem que não acompanhei a novela. Acho que o Sílvio de Abreu terminou bem a novela pelo seguinte: ele fez com que todos procurassem pelo culpado, sendo que a Bia estava por trás de tudo mesmo. Acho que dizer que ele apelou ao mais simples não é justo, pois ele desenvolveu bem toda a trama - se não tivesse desenvolvido, ninguém estaria tentando descobrir o culpado ou quem seria o filho de Bia - e, segundo a imprensa, gravou mais de um final ou escreveu mais de um final. Pode não ter sido um final à altura de "A próxima vítima", talvez a última novela que eu tenha acompanhado, mas não foi um final tão ruim como eu já ouvi muita gente dizer. Abraços!
[Leia outros Comentários de Rafael Rodrigues]
10/7/2006
09h49min
Creio que ninguém esperava um final como esse. Talvez seja esse mesmo o mais surpreendente da trama. Todos esperavam um final como o de "A Próxima Vítima" e, então, Sílvio de Abreu usou muito bem sua liberdade de autor e encerrou "Belíssima" da melhor forma: sem surrealismo. Parabéns por mais um sucesso, Sílvio de Abreu.
[Leia outros Comentários de Sergio Capozzielli]
10/7/2006
18h24min
Olá, LEM! Além do final ter sido óbvio e sem surpresas, fiquei bastante chocada em ver que também nas novelas reina a impunidade!!! Bia Falcão, livre em Paris, copiou demais a vida real (adoraria ver justiça: nem que fosse só num final de novela...).
[Leia outros Comentários de Luisa del Monte]
10/7/2006
18h28min
Concordo em gênero, número e grau, depois de meses de rodeios, mistérios e artimanhas de propaganda, o final foi, no mínimo, acachapante. Talvez para não afrontar o senso comum ou, talvez, porque até mesmo o gosto do telespectador tenha piorado. Enfim, foi um fiasco de final!
[Leia outros Comentários de Leonardo]
10/7/2006
18h31min
Concordo com o Luis Eduardo. Achei o final de Belíssima muito fraco e fiquei muito decepcionada. Fizeram muita fumaça para pouco fogo. Depois de tanto suspense, a novela merecia um final melhor. E ainda tiveram umas incongruências, como o caráter dúbio do André, que era bonzinho, virou vilão e depois bonzinho de novo, que, sinceramente, não deu pra engolir nem com muito boa vontade.
[Leia outros Comentários de Debora Soares]
11/7/2006
10h40min
Concordo plenamente, LEM, e não vou fazer maiores comentários porque vc e a Debora Soares já disseram tudo o que eu tinha a dizer.
[Leia outros Comentários de Janethe Fontes]
11/7/2006
14h19min
O autor mostrou para a grande massa brasileira que o crime compensa. Deveria ter mais responsabilidade considerando a grande penetração da novela na população mais pobre e locais onde existe maior incidência de crimes. Ivo Samel
[Leia outros Comentários de Ivo Samel]
11/7/2006
16h24min
Também esperava que o vilão fosse o filho bastardo, mas talvez este fosse um final também previsível. O problema das novelas é que são sempre feitos vários finais e com isso perde-se a lógica. "A próxima vítima" teve dois finais: o que passou no Brasil e outro em Portugal. Essa elasticidade na trama é que não deixa uma novela ser tão bem engendrada como um filme por exemplo, onde o público não tem como influenciar o autor. Em "O astro", dizem que o culpado era pra ser o irmão da vítima, mas como eles eram judeus, a comunidade judaica reclamou. Daí o desfecho ter sido mal recebido, e não tanto pela obviedade do assassino. Em "Belíssima", parece que o autor quis fazer uma tragédia grega, já que a Grécia foi um dos temas da novela. Seria perfeito, senão tivesse faltado mais ousadia e, ao contrário da tia casar-se com o sobrinho, feito com que irmãos se casassem. Quanto ao final de Bia, achei ótimo. Não via um final tão realista desde a banana dada pelo personagem de Reginaldo Faria em "Vale tudo".
[Leia outros Comentários de Aline Ponce]
11/7/2006
19h44min
Concordo com vc plenamente. Adorei o título do Leonardo: "tristíssima".
[Leia outros Comentários de Bernardo]
14/8/2006
15h26min
Concordo plenamente, LEM! O final de Belíssima foi não menos que ridículo. Não queria acreditar que estava vendo aquilo. E além do mais, na sinopse da novela, a trama devia girar em torno de Julia Assumpção, uma empresária que não pertencia ao padrão estereotipado imposto pela avó, e que ficava entre dois amores, Nikos e André. O ator mudou todo o roteiro e conseguiu arruinar o horário nobre da Rede Globo!
[Leia outros Comentários de MCarrera]
31/8/2006
12h05min
Na minha opinião, foi um fim injusto, porque a Bia Falcão não teve o fim merecido. Deveria ter sido presa!
[Leia outros Comentários de ileia machado]
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